Pede-me, e te darei as nações como herança e os confins da
terra como tua propriedade. (Sl 2.8)
Duas vezes Jesus ouviu a promessa: “Te darei as nações”. A primeira aparece no
livro dos Salmos (2.8) e a segunda aparece na história da tentação de Jesus (Mt
4.8).
Na primeira é Deus quem promete: “Pede-me, e te darei as nações como herança”.
Na segunda é o diabo quem promete: “Todos os reinos do mundo e o seu esplendor
te darei, se te prostrares e me adorares”.
No caso da primeira promessa, Jesus precisaria apenas pedir. No caso da segunda
promessa, Jesus precisaria pôr o rosto no chão diante de Satanás e o adorar. O
que há no Salmo 2 é uma promessa.
O que há na passagem de Mateus é uma tentação, uma tentação absurda.
Assim como Jesus, todos estamos entre o “Eu te darei” de Deus e o “Eu te darei”
do diabo. O que Deus dá não tem mistério, não tem cilada, não tem perigo. O que
o diabo dá é muito complicado, é muito arriscado, é muito enganoso. Pode criar
situações dificílimas e irreversíveis. A Abraão Deus prometeu dar um filho
nascido de Sara e não de Hagar. Ismael foi resultado de uma precipitação não
idealizada nem sugerida por Deus.
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