Identifique o Inimigo
Deus deseja dar-nos uma revelação clara do poder e da autoridade que estará à nossa disposição, quando assumirmos o nosso lugar no Reino, e destruirmos as fortalezas do Inimigo. Para que tomemos o controle do Reino, devemos ajustar o foco de nossa visão espiritual, identificar o inimigo, amarrá-lo e dominar o território.
No entanto, como enfrentaremos o Inimigo se não formos capazes de identificá-lo? Ou como conseguiremos lutar contra alguém se achamos que não existe? Para aprender a respeito de nosso adversário, precisamos começar analisando a a criação do ser humano.
A Bíblia afirma que o homem foi criado a imagem de Deus. Essa imagem não diz respeito as nossas características físicas; é algo que está dentro de nós. Três coisas que Deus nunca desejou que experimentássemos são: o pecado, as doenças e a morte. No entanto, pelo fato de o homem ter sido formado de acordo com a imagem divina, Deus concedeu-lhe o direito de escolher. Infelizmente, o homem cometeu um erro. E, por causa desse pecado de Adão – a desobediência no Jardim do Edén, quando deu ouvidos a Satanás – o ser humano ficou sujeito às “recompensas” de Satanás: o pecado, a doença e a morte (Gn 2.17).
Adão não morreu no sentido físico naquele dia, e sim espiritualmente. Lemos que “em Adão todos morrem” (1Co 15.22). Entretanto, esse mesmo versículo nos informa que “em Cristo todos serão vivificados”. Portanto, renascemos espiritualmente em Jesus. A essência do ser humano não é o corpo físico. Este retorna ao pó. É o nosso espírito que vive eternamente.
O ser humano tem um espírito, e Deus é Espírito. Satanás também é um espírito. Portanto a primeira regra da batalha é: identifique o seu inimigo. Não estamos engajados em conflito natural com os problemas, as doenças, a ansiedade, os temores e as frustrações. Estamos em uma batalha no mundo espiritual, e essa é a causa de todos os nossos problemas.
Se procurarmos explicar e racionalizar os problemas que nos afligem, estaremos lidando apenas com o reino natural. Os resultados não serão permanentes. Entretanto, se enxergarmos a questão como ela realmente é, ou seja, um poder espiritual (de Satanás), então poderemos combater utilizando o poder de Deus e destruir o adversário, no nome de Jesus.
Com base no testemunho de Moisés, é possível detectar os espíritos malignos pelos quais Satanás, o príncipe deles, realiza a sua obra maligna. Na Lei, Moisés escreveu as palavras que Deus lhe transmitiu no monte Sinai, e nela encontramos uma advertência contra a atividade demoníaca na vida humana. Vemos a influência, o engano, a habilidade dos demônios de comunicarem-se com pessoas e controla-las por meio de práticas ocultistas. (...) O Senhor declara que esse envolvimento com o mal é “abominação”, o pior pecado que existe (DT 18.9-13).
Deus determinou que qualquer um que estivesse contaminado com os espíritos de abominação recebesse a pena de morte. (Obviamente, Cristo, na cruz, assumiu essa punição pelos pecados da humanidade. Se alguém estiver envolvido com esse pecado e arrepender-se, Deus o perdoará, e ele será salvo. Isso porque Cristo pagou a pena pelo pecado a favor de todos os que nele crêem).
Deus não nos daria leis para nos advertir contra perigos inexistentes. (...) Moisés era o único homem que falava com Deus face a face. Cristo, o Filho unigênito do Pai, sempre esteve diante de Deus no céu. Jesus e Moisés reconheciam e existência de Satanás e o detestavam. E ambos destruíram as obras malignas por meio do que realizaram enquanto viveram aqui na terra em obediência a Deus.
Bíblia de Estudo – Editora Central Gospel – páginas 1192 e 1193