segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Evangelho X Egoismo


  "Se você crê somente no que gosta do evangelho e rejeita o que não gosta, não é no evangelho que você crê, mas sim em si mesmo."
  Agostinho

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Intimidade



Quando há intimidade há transformação de dentro para fora

“A intimidade do Senhor é para os que o temem, aos quais ele fará conhecer a sua aliança.” (Salmos 25.14)

A intimidade é o elemento espiritual fundamental que todo o cristão deve buscar, pois se trata de um relacionamento profundo com Deus. Porém,  infelizmente, o Corpo de Cristo não tem dado o devido valor.

É interessante observar a definição da palavra “intimidade”, segundo o Dicionário Aurélio: “Vida íntima; vida particular”; “Que está muito dentro; Que atua no interior; Muito cordial, afetuoso; Estreitamente ligado por afeição e confiança”. Ressalta-se aqui a definição que diz que o íntimo “atua no interior”.

Ser íntimo de alguém requer tempo e esforço para conhecer e ser conhecido por esse alguém como você realmente é.

Intimidade é conhecer o outro profundamente. É conhecer os anseios, os desejos e os segredos do coração do outro, assim é a intimidade com Deus: é conhecê-lo profundamente, atendendo aos desejos do Seu coração.

Quando há intimidade há transformação de dentro para fora, porque você está em Deus e Ele está em você. Assim como no casamento, se o relacionamento não for trabalhado, cultivado, o amor esfria, empobrece, você não conhece mais o outro e, assim, passa a se sentir sem identidade: “O que eu fiz?”; “Por que o Senhor não está feliz comigo?”.

Intimidade com Deus é um tesouro escondido e a ser explorado. Embora sabemos que a salvação é de graça, a intimidade tem um preço que nem todos estão dispostos a pagar. É o preço da disposição de tempo, de negar as coisas do mundo, de por um momento parar tudo para sentir e ouvir o que Deus tem a dizer.

Intimidade não é orar mecanicamente. É gastar tempo de diálogo com Deus como está escrito nos Salmos 139; é tempo de qualidade. Intimidade é para os que temem ao Senhor (Salmos 25.14), pois o temor é o primeiro passo para ter acesso à intimidade do Senhor, aos segredos do Seu coração.

Os que temem ao Senhor são atraídos por conhecê-lo, deixando-o agir em suas vidas não de forma limitada, mas em todas as áreas. Na intimidade Deus é participante e livre para agir em qualquer área ou circunstância da vida de alguém. Na intimidade Deus faz o que Ele quer e quando quer, no tempo determinado por Ele.

A intimidade tem alguns elementos importantes que descrevem sua definição:

Intimidade é sacrifício – de tempo, seja apropriado ou não, vivendo como imitadores de Cristo (Ef 5.1-2).

Intimidade é privilégio de poucos – Para os que o temem (Sl 25.14.), para os dispostos (Jr 33.3) e para os sinceros, retos (Pv 3.32).

Intimidade é desafio – quem está disposto? Novamente para os que o temem (Sl 25.14); para os que o buscam e o buscam de coração (Is 55.6 e Jr 29.13-14) e desafio para aquele que é limpo de mãos e puro de coração (Sl 24.3-5).

Intimidade é oferta – é o desejo de estar com Deus ofertando todo o seu ser em busca da presença Dele (Sl 27.8). Buscar a presença do Senhor é uma escolha, um ato de oferta.

Intimidade é amor e anelo pela presença com Deus – Sl 27.4; Sl 63. É amando-o sobre todas as coisas, honrando-o não apenas em oração, mas, principalmente, em atitudes. Honrando-o com o próprio corpo como templo do Espírito Santo (1Co 6.19). Nosso corpo como templo, tem que estar purificado para habitar o Deus Aba-Pai. O templo precisa estar reparado para que flua essa intimidade com Deus.

Portanto, meditemos e arrependamo-nos. Não fiquemos acomodados e busquemos a presença de Deus enquanto é tempo.

Reflita:
Você tem tido intimidade com Deus? Até que ponto?
Você realmente conhece a Deus?
Até que ponto você tem deixado Deus ser seu amigo íntimo atuante nas áreas da sua vida?
O que você precisa reparar nesta noite para ter essa intimidade com o Pai?
Ore, arrependa-se e repare seu altar, sua vida diante de Deus para que sua intimidade, sua presença flua entre nós.
  
Jaqueline Santos
Ministra de Louvor da Igreja Batista Ministerial da Família (IBMF).
Colaboradora do portal Lagoinha.com.
jackprearo@hotmail.com

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Gratidão



"Em tudo dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco." (I Tss.5.18).

O ser humano tem a tendência de focalizar apenas as coisas negativas. Por exemplo, se alguém fala do governo, normalmente só se lembra de mencionar o que não foi realizado e o que deu errado na administração. Se falamos do tempo, é para reclamar do calor, do frio, da chuva, ou da falta dela. Estamos sempre enfatizando aquilo que falta em nossas vidas. Assim, tornamo-nos pessoas que só reclamam, murmuram e lamentam. Aliás, a murmuração foi um dos pecados cometidos pelo povo de Israel no deserto que mais ofenderam a Deus. O Senhor enviava o maná todos os dias, mas o povo não agradecia. Pelo contrário, reclamava de tudo, até das bençãos que Deus dava.

A palavra de Deus nos incentiva a termos em nossos lábios o louvor e a gratidão ao Senhor. Você pode fazer isso? Mas, pelo quê poderíamos agradecer? Talvez, num primeiro instante, pode parecer que não existem motivos. Porém, se pensarmos um pouco, logo nos lembraremos de inúmeras razões de agradecimento. Experimente fazer uma lista de tudo o que há de bom em sua vida: seus bens, seu emprego, seu salário, sua saúde, o alimento, os entes queridos, etc. De repente, você vai ver que, enquanto pensava naquilo que falta, estava se esquecendo de agradecer a Deus por aquilo que ele já lhe concedeu. Se, ao fazer essa análise, você constatar que não tem nada para agradecer, lembre-se que você tem o dom da vida, que é um milagre de Deus. As pessoas podem fazer muito por você, mas sua vida só Deus pode manter ou tirar. Sua vida representa a oportunidade máxima para toda e qualquer realização ou aquisição que você possa conseguir. Agradeça a Deus por isso.

Talvez você pense que recebeu tão pouco e, por isso, é insatisfeito. Certa vez, Jesus contou uma parábola a respeito de um senhor que deu cinco talentos a um servo, dois talentos para outro, e um talento para o terceiro. Os dois primeiros servos trabalharam com aquele dinheiro e o multiplicaram, enquanto que aquele que recebeu um talento ficou magoado e ressentido contra o seu senhor. Aquele homem foi ingrato, não trabalhou com o dinheiro recebido e, por fim, perdeu o talento e ainda foi castigado. Qual será a nossa situação? Achamos que recebemos pouco? Sejamos gratos ao Senhor. Vamos trabalhar para que aquilo que o Senhor nos deu seja multiplicado. Esta palavra não é um incentivo ao comodismo, mas uma admoestação para que a ingratidão não tenha lugar em nossa vida.

Não nos esqueçamos de agradecer. Um dia, Jesus curou dez leprosos. Apenas um voltou para agradecer. Aí então, recebeu uma benção maior. Jesus lhe disse: "Vai em paz. A tua fé te salvou." Na hora de pedir, forma-se uma grande multidão. Na hora do agradecimento, poucos aparecem. Que estejamos no meio deste pequeno grupo que não perde a oportunidade de olhar para o céu e dizer: Senhor, muito obrigado!



Anísio Renato de Andrade
anisiorenato@ig.com.br

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Deus o irá restaurar



Deus o irá restaurar para que você seja uma testemunha ao mundo do poder dEle


        Em todo o capítulo 7 de deuteronômio, Moisés instrui os israelitas enquanto eles se preparavam para atravessar o Jordão rumo a terra prometida. A geração anterior havia morrido no deserto por causa da desobediência. No versículo 6, Moisés confirma a declaração divina de que os israelitas são um povo escolhido e especial para Deus.
        Assim como escolheu os israelitas, separou-os e os abençoou acima de todas as nações da terra, Deus também nos escolheu. Somos o Israel espiritual de Deus.
        O judeu hoje, conforme indica o texto bíblico, não é circuncidado na carne, mas no coração pelo Espírito Santo depois que foi derramado o sangue de Jesus na Nova Aliança.
        Deus nos separou e nos abençoará mais que a todas as nações da terra, a fim de que sejamos uma testemunha poderosa dele. A despeito das guerras, da fome, das crises financeiras e da confusão que proliferam no mundo ou das coisas que ainda acontecerão, não temos absolutamente nada a temer. A mão de Deus está sobre nós. O mundo verá a sua proteção, o seu poder e as suas bênçãos sobre a nossa vida.
        Ainda que tudo ao redor esteja desmoronando, permaneceremos firmes e irremovíveis em nossa fé porque o nosso fundamento é inabalável – a Palavra de Deus invulnerável e infalível.
        Com a restauração, obteremos uma reputação semelhante a dos israelitas. Quando os inimigos souberam que eles estavam chegando, disseram: “Vejam! Eis o povo que serve a um Deus operador de milagres”. (Leia 1 Samuel 4.7,8). O mundo soube que Deus tinha um povo escolhido.
        Durante a restauração, o poder miraculoso de Deus e os dons do Espírito fluirão pelo seu povo com tamanho poder e a glória de Deus será tão grande sobre nós que o mundo será capaz de distinguir claramente os escolhidos – os filhos separados por Deus. Por que? Porque Deus está trazendo restauração aos seus filhos – a VOCÊ! – a fim de que sejam testemunhas diante do mundo. Quando tudo estiver desmoronando, o mundo buscará o povo escolhido de Deus, porque saberá, pelo testemunho deles, que Deus é tudo que Ele diz ser.


Bíblia de estudos – Editora Central Gospel – pág. 257

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Encontrando conforto




 Não estou pedindo nada além de que as pessoas encarem os fatos e compreendam as questões para os quais o cristianismo afirma ter a resposta. Tratam-se de fatos bem aterradores. Gostaria até de ser capaz de dizer algo mais agradável, mas sou obrigado a dizer que sei ser a verdade. É claro que eu concordo que a religião cristã seja, a longo prazo, algo que proporciona um conforto que não tem palavras para expressar. Mas ela não começa pelo seguir em direção a esse conforto, sem passar antes pela experiência do espanto. Na religião, da mesma forma como na guerra e tudo o mais, satisfação é uma das coisas impossíveis de se conquistar enquanto procuramos por ela. Mas quando você busca a satisfação, não conquistará nem a satisfação nem a verdade – só o que encontrará será um sabão escorregadio e falsas esperanças. Enfim, encontrará apenas desespero.

C S Lewis – Cristianismo Puro e Simples

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Honrando ao Senhor com nossos bens - V




Honra com bens que não chegam ao Reino

A Bíblia fala de outras ofertas que não produzem diferença no caixa e contabilidade da igreja: “O que se compadece do pobre empresta ao Senhor, que lhe retribuirá o benefício.” (Pv 19.17)

Há ocasiões em que seremos levados a exercer misericórdia e dar esmolas. Este dinheiro não vai fazer diferença no caixa e contabilidade da igreja, mas Deus o recebe como se fosse para ele. E recompensa aquele que se preocupa com o que é importante para ele.

No chamado Sermão da Montanha, Jesus nos ensinou a ter uma atitude de não brigar por causa dos bens materiais. Há momentos em que a melhor atitude é abrir mão do que temos: “E ao que quiser pleitear contigo, e tirar-te a túnica, larga-lhe também a capa.” (Mt 5.40)

Paulo ensinou o mesmo princípio aos irmãos de Corinto: “Então, se tiverdes negócios em juízo, pertencentes a esta vida, constituís como juízes deles os que são de menos estima na igreja? Para vos envergonhar o digo. Será que não há entre vós sequer um sábio, que possa julgar entre seus irmãos? Mas vai um irmão a juízo contra outro irmão, e isto perante incrédulos? Na verdade já é uma completa derrota para vós o terdes demandas uns contra os outros. Por que não sofreis antes a injustiça? Por que não sofreis antes a fraude?” (1Co 6.4-6)

Quando deixamos de lado uma causa que é nosso direito, simplesmente para evitar um escândalo ou mau testemunho, e fazemos isto de coração, para que o Senhor seja honrado, mesmo sem que o dinheiro vá para o “caixa” do Reino de Deus, o Senhor o recebe como se tivesse ofertado na igreja. Isto também é honrar ao Senhor com nossos bens!

A Bíblia ainda nos fala de Jó, a quem o diabo roubou todos os bens (Jó 1.12), mas que manteve uma atitude correta diante das perdas. Sua mulher lhe disse para amaldiçoar seu Deus e morrer, mas ele demonstrou crer que seu Redentor vivia e mudaria sua condição. E, por fim, não vemos o diabo devolvendo o que roubou, mas Deus lhe dando em dobro tudo o que possuía! (Jó 42.10).

Acredito que até mesmo se mantivermos uma atitude correta diante das perdas, mesmo sem ofertarmos, só de agirmos corretamente, que Deus recebe isto como honra, a ponto de restituir as perdas causadas pelo diabo.

Precisamos aprender a honrar ao Senhor com nossos bens e atitude em relação a eles, porque este é um caminho que, além de agradar a Deus, nos levará a usufruir as suas abundantes bênçãos.



 

 
Luciano P. Subirá. Pastor da Comunidade Evangélica Alcance

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Honrando ao Senhor com nossos bens - IV



Como Deus vê nossas ofertas?

O Senhor vê nossas ofertas de modo diferente do que costumamos ver. Observe: “E sentando-se Jesus defronte do cofre das ofertas, observava como a multidão lançava dinheiro no cofre; e muitos ricos deitavam muito. Vindo, porém, uma pobre viúva, lançou dois leptos, que valiam um quadrante. E chamando ele os seus discípulos, disse-lhes: Em verdade vos digo que esta pobre viúva deu mais do que todos os que deitavam ofertas no cofre; porque todos deram daquilo que lhes sobrava; mas esta, da sua pobreza, deu tudo o que tinha para seu sustento.” (Mc 12.41-44)
Assim como no dízimo Deus estabeleceu uma proporção (ou fatia) do orçamento a ser devolvida para ele, também no que diz respeito às ofertas ele considera a possibilidade de cada um. Este texto bíblico nos revela que uma viúva pobre deu mais do que os ricos que lançavam muito dinheiro. Para eles, aquelas grandes quantias eram troco, mas para a viúva, significava tudo o que ela possuía para viver.

Quem mais honrou a Deus com sua oferta? Certamente foi a viúva que deu tudo, e não os ricos. Ela demonstrou amor genuíno, os outros só cumpriram com sua obrigação... mas infelizmente temos a mania de achar que a oferta só tem sentido quando faz diferença no caixa da igreja. Da mesma forma como com a mulher que quebrou o vaso de alabastro, esta viúva também não fez diferença para o caixa da igreja. Mas demonstrou honra, e isto é o que importa.

Luciano P. Subirá. Pastor da Comunidade Evangélica Alcance

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Honrando ao Senhor com nossos bens - III



A Bíblia é clara em nos revelar que o dinheiro é um concorrente ao senhorio de Cristo em nossa vida: “Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar a um e amar o outro, ou há de dedicar-se a um e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas.” (Mt 6.24)

Paulo chamou a avareza de idolatria (Cl 3.5). Jesus disse que o que é elevado entre os homens perante Deus é abominação (Lc 16.13-15); e ele falava acerca da ganância dos fariseus quando fez esta afirmação.

No livro “O Seu Dinheiro” (Bless Editora), Howard Dayton afirma que “há na Bíblia quinhentos versículos sobre oração, menos de quinhentos sobre a fé, porém, mais de dois mil trezentos e cinqüenta sobre dinheiro e posses”. Este não é um assunto sem importância. As Escrituras falam mais dele do que sobre muitos outros temas que julgamos vitais para uma vida cristã sadia.

O dinheiro em si não é problema. A Palavra declara que “o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males” (1Tm 6.10). Alguém pode amar o dinheiro sem tê-lo, e alguém pode ter dinheiro sem amá-lo. O salmista declarou: “Se as vossas riquezas aumentam, não ponhais nelas o coração” (Sl 62.10). Ninguém precisa jogar o dinheiro fora; o problema não é o crente ter dinheiro, e sim o dinheiro ter o crente!

Já vimos que Deus não está interessado em nosso dinheiro, e sim na honra que lhe conferimos. Mas porque Deus deseja justamente ser honrado com nossas finanças? Quando conseguimos honrar ao Senhor justamente nesta área que mais domina e prende nosso coração, estamos cumprindo o verdadeiro sentido da palavra honra: fazer distinção e colocá-lo acima dos nossos maiores valores.

Precisamos aprender a dar porque amamos mais a Deus do que nossos bens, e não só pela utilidade da oferta em si. Fico pensando qual seria minha reação se visse algum irmão da nossa igreja queimar alguns maços de notas de cem reais no culto de adoração... o que a aquela mulher fez foi algo parecido.

Ela não deixou aproveitar nem o vaso! Não acredito que devemos cultivar uma atitude de desperdício, mas que devemos aprender a dar mesmo se o dinheiro não se aproveitasse para nada.

Dar só para dizer a Deus que ele está acima do dinheiro em nossas vidas já seria motivação suficiente para honrá-lo. Contudo, o Senhor ainda permite que o dinheiro seja utilizado no avanço do seu Reino e que ainda redunde em bênçãos para aquele que o dá. Mas certamente precisamos mudar nossa mentalidade acerca deste assunto e assumir a ótica de Deus para nossas ofertas.

Luciano P. Subirá. Pastor da Comunidade Evangélica Alcance