domingo, 9 de agosto de 2015

3 marcas de um pai piedoso - final




Marca 3: Ele retoma sua caminhada rumo a Deus, confiando em Deus para orientar seu filho a segui-lo, dizendo com isso: "Acredito em você!"

O pai piedoso não passa o tempo todo ouvindo o filho. Nosso Grande Sumo Sacerdote pode fazer isso, mas o pai humano não - e nem deve. Se ele ouvir demais ou se envolver demais nas preocupações do filho, oferecerá ajuda demais ou se tornará desanimado, cínico ou zangado. Ele pode mandar o dinheiro que livraria o filho de uma oportunidade difícil de crescimento, ou, frustrado, daria conselhos que levariam a uma luta pelo poder: "É melhor você fazer o que estou dizendo, ou realmente vai bagunçar as coisas!"
  Pais piedosos tem coisa mais importante para fazer do que ouvir seus filhos. Por breves temporadas, ouvir pode tornar-se uma prioridade principal. Mas, o padrão da vida do pai precisa refletir seu compromisso de permanecer no caminho estreito, quer o filho o esteja seguindo ou não.

Lembro-me de ter dito a um de meus filhos, durante um período difícil: "Você pode partir o meu coração, mas não pode destruir a minha vida. Seguirei a Cristo independente do que você fizer. Minha vida está escondida em Cristo. Você é importante mas não é poderoso."


Quando o pai piedoso retoma a sua caminhada e faz dessa caminhada um padrão característico, ele coloca o filho no devido lugar. Ele tira o filho da posição insuportável de ser o centro de sua (pai) vida. Então, liberto de um fardo que não pode administrar e do qual, eventualmente, se ressente, o filho, estará melhor capacitado a dar alegremente ao pai, aquilo que possui e é capaz de dar.

 Extraído do livro “O silêncio de Adão” – Larry Crabb


sábado, 8 de agosto de 2015

3 marcas de um pai piedoso - parte 2



Marca 2: De vez em quando ele se volta e olha para o filho, para fazer-lhe saber: “Você não está sozinho!”.

O pai piedoso trilha o bom caminho, sabendo que seu filho está caminhando trinta anos atrás de si. O filho observa por trás e, sem dialogar com o pai, ouve a mensagem: isto pode ser feito.

De quando em quando, num cronograma que parece frustrantemente aleatório e totalmente imprevisível, o bom pai pára, volta-se, e fita seu filho. Até que se volte, o filho sente a distância entre ele e o pai, não uma distância fria, árida, mas, mesmo assim, uma distância. Ele anela por ouvir mais do pai do que a mensagem dada por seu exemplo, a mensagem de que realmente é possível permanecer fiel ao chamado que recebeu como homem. Ele quer se sentir ligado, ouvido, levado em conta. Ele anseia por saber que o homem que o aplaudiu na competição de judô na adolescência e que se levantou orgulhosamente para aplaudir, na sua formatura de faculdade, ainda está envolvido, ainda está interessado, ainda traz o filho no coração. Significa muito para o filho adulto perceber que o pai está de joelhos diante do trono, mencionando o nome do filho e saber que o pai sente a dor de toda a luta – e o gozo de toda vitória – na vida do filho.
 
Quando o pai se volta, o filho recebe um olhar que apaga toda dúvida: “Papai ainda se importa. Não estou sozinho!”. O pai piedoso se volta para o filho – talvez numa carta, num telefonema, numa visita – não para instruir ou admoestar. Há uma hora e um lugar para esse tipo de comunicação, mas o propósito central do pai é ouvir. Quando se volta, ele não fala, convida. Mesmo aquelas cartas nas quais o pai não consegue resistir a uma palavra de conselho oferecem mais do que impõem recomendação. Ele respeita o enorme direito e responsabilidade do filho de fazer suas próprias escolhas.”
 
 
Extraído do livro “O silêncio de Adão” – Larry Crabb

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

3 marcas de um pai piedoso - parte 1




(texto publicado em 2010)

Ano passado li um livro intitulado “O silencio de Adão” de Larry Crabb, livro este que recomendo a todos; pois bem, neste livro um texto tocou-me mais que outros. Em parte tocou-me porque sou pai duas vezes, Erick com 5 anos e Níckolas com 1 ano, e dentro deste contexto percebi que não nos preparamos e não somos preparados para a vida como deveríamos. Como conseqüência, não preparamos nossos filhos para a vida, gerando um círculo vicioso catastrófico.


Colocamos nossos filhos (quando possível) nas melhores escolas, buscamos os “melhores cursos”, aqueles que rendem mais financeiramente... pressionamos para que se destaquem no mercado de trabalho... porém, não preparamos o emocional deles para os confrontos que virão, para as inevitáveis tempestades que a vida nos proporciona. Precisamos romper esse círculo, transformando-o em círculo virtuoso, onde os pais preparam o emocional dos filhos, que prepararão os netos, de geração a geração!

Para meus filhos Érick e Níckolas... que Deus me ensine e me ajude a ser pai... e um pai piedoso. Que isto seja parte do meu legado como pai.
 
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“Um pai piedoso transmite três mensagens ao filho:
 
1. Isso pode ser feito!
2. Você não está sozinho!
3. Acredito em você!

A maioria dos homens em nossa geração jamais recebeu nenhuma dessas mensagens de seus pais. Há algo faltando nas almas dos homens sem pais.

Marca 1: Ele trilha um bom caminho à vista do filho, para fazer com que este saiba: “Isto pode ser feito!”
 
Não há senso de exibição, nenhuma pose assumida, para impressionar o filho. Ele simplesmente trilha o caminho que Deus estabelece para ele, porque confia em Deus. Mesmo quando não há nenhuma evidência para respaldar essa crença, ele se agarra ao que sabe ser verdade sobre Deus. Ele ouviu Deus falar, através de Sua Palavra, e acredita no que Deus disse.
 
O pai piedoso é um homem de fé cujas tristezas, embora profundas e permanentes, não eliminam a alegria (pelo menos não por muito tempo); cujos fracassos, nunca são usados para justificar a agressividade; cujas lutas, que o tentam a desistir, nunca o dominam. Sem ele saber, o semblante do pai piedoso brilha de vez em quando. Não são muitos os que vêem isso, mas, alguns, ficam fascinados pelo brilho de sua paixão por Cristo, uma paixão que reduz os que observam a respeito e temor.”
 

Extraído do livro “O silêncio de Adão” – Larry Crabb