quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Cuide da sua própria vinha.




Há uma linha tênue entre amar o próximo, se dar ao próximo, servir ao próximo e ao mesmo tempo amar-se a si mesmo. Deus deseja que tenhamos equilíbrio até mesmo quando o assunto é amor. Você precisa entender que sua vida é sua primeira responsabilidade. É muito comum assumirmos um falso senso de responsabilidade em relação àqueles que nos cercam ao mesmo tempo em que negligenciamos nosso próprio chamado na vida. Assim perdemos o equilíbrio. Não se trata aqui de ser egoísta ou nunca ajudar ninguém. Estou falando sobre você carregar um fardo que não lhe pertence. Não sei qual é a sua vocação, mas sei que não é ser o salvador do universo.

        O fato é que muitas vezes carregamos fardos que não devíamos carregar. Assumimos as conseqüências de más decisões que outros tomaram. Se você continuar assumindo os prejuízos toda vez que aquela pessoa fizer um mau negócio como se você fosse responsável, Você não estará ajudando esta pessoa. Você estará impedindo que ela cresça e assuma responsabilidade por seus próprios atos. Muitas vezes a melhor ajuda é não ajudar. Provérbios 19.19 diz que “se você não deixar a pessoa que tem pavio curto sofrer as conseqüências dos seus atos de nervosismo e descontrole emocional, você terá que livrá-la constantemente”. O mesmo se dá com o preguiçoso, com aquele que gasta compulsivamente e com aquele que está constantemente se metendo nos mesmos problemas.

Um verso das Escrituras que revela um pouco de amargura nas entrelinhas é Cânticos de Salomão 1.6 onde a Sulamita desabafa: “os filhos de minha mãe indignaram-se contra mim e me puseram para guardar vinhas; a minha própria vinha, porém, não guardei. Veja o ressentimento nas entrelinhas. Em outras palavras ela esta dizendo: “eu me preocupei com todo mundo, resolvi os problemas de todos ao meu redor; fiz de tudo para agradar meus irmãos ou meus pais, mas de mim mesmo eu não cuidei. Fiz tudo por todo mundo em detrimento dos meus próprios sonhos”.

Por favor, compreenda: Quando você estiver diante de Deus Ele não vai perguntar se você agradou todos a sua volta, ou se você resolveu os problemas de todo mundo. Ou se você correspondeu às expectativas que sua família tinha sobre você. Ou sua Igreja, seus amigos, seu Pastor...Não! Ele vai perguntar: O que você fez com a sua vinha?? O que você fez com o seu chamado? O que você fez com o sonho que Eu coloquei dentro do seu coração?

Você diz: “Paulo, eu não sei se concordo com você, pois minha Bíblia diz para levar as cargas uns dos outros”. Sim, levar as cargas uns dos outros é um mandamento de mutualidade. Você ajuda alguém que por sua vez ajuda outro que também ajuda outro. A chave aí é “uns aos outros”. Isso é muito saudável. Mas não é nada saudável levar a carga de todos enquanto eles ficam sem carga nenhuma para levar. Não é nada saudável viver num relacionamento de manipulação e controle.

“Paulo , eu nunca gostei de Direito mas o sonho dos meus pais é que eu seja um Advogado, eu não posso decepcioná-los”. Preste bem atenção! O sonho dos seus pais deveria ser que você fosse uma pessoa realizada e feliz. Nada pode ser mais frustrante do que desistir dos próprios sonhos para realizar o que os outros sonham para nós.

Eu ouvi algo sobre estas duas irmãs que moravam juntas. Os pais haviam morrido e havia uma espécie de acordo silencioso entre elas de se cuidarem mutuamente. Sempre que uma arrumava algum namorado a outra fazia com que esta se sentisse culpada de estar traindo aquele pacto. O resultado é que ambas envelheceram solteiras, frustradas e amarguradas. Uma impediu a outra de se libertar. Ou melhor, cada uma se permitiu controlar pela outra. Se você está num relacionamento de manipulação e controle, é sua responsabilidade se libertar. Muitas vezes a outra pessoa nem percebe o que ela está fazendo com você.

A Bíblia diz em I Coríntios 7.23 que o preço da sua redenção foi muito alto, portanto não seja escravo de homens. Em outras palavras não se deixe controlar por ninguém. Não permita que uma pessoa manipuladora faça com que você se sinta culpado toda vez que você não fizer tudo que ela deseja. “Minha esposa fica sem falar comigo por uma semana se eu não fizer exatamente o que ela deseja”. É claro que em todo relacionamento as vezes precisamos ceder. Mas uma coisa é ceder de vez em quando, outra coisa é entrar num jogo de manipulação em que você precisa deixar de ser você para agradar o outro. A vida é curta demais para se viver em amargura tentando corresponder a expectativa que todo mundo possa ter sobre você. Sua primeira responsabilidade é cumprir o seu chamado, a sua vocação, o seu sonho, o seu projeto.

Deus não deseja que você leve os fardos de todos ao seu redor. Principalmente aqueles fardos que são resultados de más escolhas que as pessoas fizeram. Pode ser que alguns de vocês estejam cansados, sobrecarregados, frustrados, irritadiços e vocês nem sabem conscientemente o por quê. Mas você está permitindo que alguém o faça infeliz. Talvez um amigo ou um parente, seu esposo, seu filho ou seu patrão. Pessoas vêem até você e descarregam seus problemas esperando que você tenha uma solução mágica para elas. Muita vezes sem que na verdade elas queiram a real mudança de que necessitam. A verdade é que muitas pessoa não querem mudar. Seus problemas são reais, mas elas gostam da atenção que seus problemas trazem. Há pessoas que gostam que você sinta pena delas e começam a depender emocionalmente de você. Você acaba ficando frustrado porque ainda que você gaste toda a sua energia e tempo com elas, você não enxerga nem uma mudança significativa. Você pode ajudá-la hoje, mas na próxima semana tudo vai se repetir. O fato é que se a pessoa sabe que você estará sempre disponível quando ela se meter em problemas, ou ficar descontrolada ou precisar de mais dinheiro ou ficar de mal com o mundo, ela nunca vai querer enfrentar a causa real do problema. Então esta situação vai se prolongar indefinidamente.

Infelizmente, muitas pessoas, não importa o que você faça por elas, não importa quão bom você seja, não importa quanto sacrifício você faça, quanto tempo e energia você gaste com elas, elas nunca estarão contentes. Estas pessoas tem questões profundas interiores que precisam ser tratadas no lugar certo, ou seja, dentro delas. Você não deve, portanto, assumir responsabilidade pelas decisões, escolhas e estilo de vida destas pessoas. Se você o fizer em pouco tempo você estará sendo controlado e manipulado por elas.

Para você discernir se de fato você está ajudando uma pessoa ou se a sua ajuda está sendo um impedimento para ela crescer, faça as seguintes perguntas:
1)                                  Qual é a minha principal motivação nesta relação? Insegurança? Medo da reação da pessoa se eu romper esta relação de dependência? Qualquer motivação negativa é um sinal de que o relacionamento não é saudável;
2)                                 A pessoa ajudada demonstra gratidão ou assume minha ajuda como garantida?
3)                                 Esta pessoa demonstra desejo de se tornar independente? Ou seja, ela está progredindo no sentido de não precisar mais da minha ajuda?

Você precisa compreender que como indivíduo sua primeira responsabilidade é desenvolver a Vida Abundante em Cristo Jesus. Em outras palavras isto significa viver plenamente a Vida que Deus tem para você. Isto implica em curar ou mesmo eliminar todas as áreas que estejam impedindo seu potencial de fluir. Porque você não começa hoje mesmo a fazer os ajustes necessários? Comece a trabalhar na sua própria vinha e que Deus possa usar você para despertar outros a cuidar de suas próprias vinhas também.


Paulo Costa

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Deus não tem pressa!



Posso remover montanhas. Pela fé. Palavras de Jesus: "Em verdade vos digo que se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: passa daqui para acolá - e há de passar, e nada vos será impossível." (Mateus 17.20).
Não preciso usar instrumento nenhum: basta falar, e o monte sai do lugar dando-me passagem. Como numa história das Mil e uma Noites.
A promessa de Jesus não é para ser entendida literalmente, o que pouco significaria; ela tem uma amplitude muito maior porque está a informar-nos que a fé é o acompanhante essencial da oração. Orar sem fé é orar em pura perda.
Se penso em pedir algo a Deus tenho que começar crendo nele. Crendo na sua Palavra, que me manda orar. Crendo na sua intervenção na ordem natural das coisas, ou seja, na sua providência. Crendo nas suas promessas - aqui vai mais uma, de Jesus:
"Pedi e dar-se-vos-á; buscai e encontrareis; batei e abrir-se-vos-á" (Mateus 7.7).
Mais de uma vez Jesus assegurou aos seus discípulos que as orações feitas em nome dele são orações respondidas, embora nem sempre de acordo com a nossa vontade.
É assim que quanto mais leio as Escrituras tanto mais me disponho a crer quando oro. E isso é muito importante - como posso pedir se não tenho esperança de receber?
A atitude mental de quem ora pode ser decisiva: mede-se a oração pela medida da fé com que ela é feita.
A fé não implica só em pedir, mas em esperar. Esperar pela resposta. Algumas vezes, a resposta é imediata; outras, não. Deus não tem pressa. Deus não se precipita. Não se impacienta. Se queremos frutos há de ser na estação própria: fruto temporão1 é fruto sensaborão2.
Mas custa esperar, principalmente em determinadas circunstâncias. Revolvemo-nos na cama, foge-nos o sono, querendo antecipar uma solução que Deus ainda não deu.
Pode até acontecer que cause revolta essa aparente displicência de Deus. Foi o que aconteceu com Marta e Maria, quando o irmão faleceu. Jesus fora prevenido a tempo, por um recado que elas lhe tinham enviado. "Senhor, eis que está enfermo aquele que tu amas" (João 11.3). Mas Jesus, que estava longe, demorou a atendê-las, ficando mais dois dias no lugar em que se encontrava. Quando resolveu partir, era tarde: Lázaro - esse era o nome do enfermo - estava morto. Morto e sepultado. Ao vê-lo chegar, Marta lhe disse com uma ponta de ressentimento:
"Senhor, se tu estivesses aqui, meu irmão não teria morrido" (João 11.21).
Faltou-lhe fé: porque a fé espera sempre; nunca desespera. E enquanto espera ela se fortalece e por isso Deus fá-la esperar. Para que se torne adulta, deixando de ser a criança que quer tudo imediatamente.
A caverna em que Lázaro fora sepultado era a montanha que Marta e Maria deviam esperar que Cristo removesse, mesmo que se tivessem passado 4 dias depois do enterro.
Para a fé o tempo não existe: tanto pode ser hoje como pode ser amanhã; tanto pode ser no tempo como pode ser na eternidade.
Foi assim que os patriarcas morreram. Morreram na fé.
"Todos estes morreram na fé, sem terem recebido as promessas; mas vendo-as de longe, e crendo-as, e abraçando-as, confessaram que eram peregrinos na terra" (Hebreus 11.13)


1 Temporão: Aquilo que acontece ou surge fora do tempo apropriado.
2 Sensaborão: Aquele que é extremamente sensabor, sem gosto.


Pastor Rubens Lopes.

Obs.: a meu pai Jair Tomaz... porque a fé em Deus tem norteado sua vida!

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Os Filhos do Evangelho



“E percorria Jesus toda a Galiléia, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do reino, e curando todas as doenças e enfermidades entre o povo.” (Mateus 4.23)

O chamado de Jesus nunca foi um chamado para algo que não fosse Ele mesmo. Sua mensagem era o evangelho do reino. Ele mesmo ensinou que este evangelho era mais acessível àqueles que estavam longe do que aos que se julgavam perto.

Também vos digo que muitos virão do oriente e do ocidente, e reclinar-se-ão à mesa de Abraão, Isaque e Jacó, no reino dos céus; (estes são os de longe) mas os filhos do reino serão lançados nas trevas exteriores; ali haverá choro e ranger de dentes (estes são os que se julgam perto) (Mateus 8.12)

Evangelho significa Boas Novas, mas este só chega como boas novas àqueles que existencialmente estão à procura de uma resposta de alívio para as cargas da vida. Quem está bem não o reconhece como Boas Novas, mas até mesmo como ofensa pela implícita alegação de que para receberem as Boas Novas devem antes considerarem-se doentes. Afinal Ele disse que os são não precisam de médico, mas sim os doentes.

Aqueles que se julgam sãos confiam em sua própria justiça, como o irmão mais velho do filho pródigo: “nunca transgredi um mandamento teu”. Ele se julgava filho por méritos. Trabalhava até tarde no campo. Não tinha tempo para festas. Por isso mesmo ele não compreendeu a graça do pai para com o irmão. Ele queria justiça, pois pretensiosamente ele pensava que se a justiça fosse feita ele sairia ileso e seu irmão seria punido. Este é o engano de muitos evangélicos hoje. Pensam que satisfizeram a justiça de Deus. São pretensiosos. Se julgam melhores que os outros. Mais santos, mais justos e mais dignos. Pensam que estão perto. São filhos da justiça própria.

Aqueles que se julgam doentes sabem que não tem nenhuma justiça para apresentar a deus. São os que desistiram de agradar a Deus na carne. Dependem sempre da aceitação incondicional do Pai. São como o filho pródigo: “não sou digno de ser chamado seu filho e nunca serei”. Mas ele aceitou o anel, o manto e a festa mesmo sem merecer e seu coração ficou em paz.

Como evangélicos somos tão viciados na justiça própria que vemos a atitude do pródigo de levantar-se e voltar para casa do pai como méritos que garantiram sua aceitação. Engano. Ele já havia sido aceito antes de voltar. Ele era aceito e esperado todos os dias, todas as horas, minutos e segundos. E assim é você diante do Pai. Ele já te aceitou em Cristo. Você diz: “Paulo, Deus não pode me aceitar. Você não sabe a vida que eu estou levando”. Não! Ele aceita você! E digo mais. Cada dia que você acorda com vida é graça de Deus te convidando para a festa de celebração do seu retorno para Deus. Venha com o seu coração para Ele. Torne-se um filho do Evangelho, um filho das Boas Novas. Talvez você seja filho da igreja, talvez filho de uma religião. Você guarda normas e regulamentos. Você pensa que é justo o suficiente para agradar a Deus. Não! Para se tornar um filho do Evangelho você tem que desistir de toda a sua justiça própria e confiar apenas na bondade do Pai.

Pr. Paulo Costa

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Veja e decida!

Resista aos ataques malignos contra a sua mente




I Pedro 1.13 “Portanto, estejam com a mente preparada, prontos para agir; estejam alertas e coloquem toda a esperança na graça que lhes será dada quando Jesus Cristo for revelado”.


         A dimensão da influência de Satanás sobre você é determinada pelo controle que ele exerce sobre os seus pensamentos.
         Agora que você conhece as características do inimigo, reconhece sua voz e sabe que a batalha ocorre em sua mente, estabeleça uma ESTRATÉGIA OFENSIVA contra os ataques do diabo. A SUA MENTE É O CAMPO DE BATALHA, O LUGAR ONDE VOCÊ DEVE VENCER SATANÁS!
         Deus lhe concedeu todas as armas de que você necessita para vencer essa guerra contra Satanás. Elas lhe ajudarão a conquistar a vitória, pois permitem que você se mantenha firme contra os ardis do inimigo. Entretanto, enquanto você não se der conta de que sua mente é o campo de batalha e não tomar armas para LUTAR contra Satanás, viverá em constante derrota.
         Enquanto você não aprender como vencer a batalha espiritual que ocorre em sua mente, jamais vencerá a guerra. Se não aprender a assumir o controle de todas as áreas de sua mente – que controla todas as outras partes de seu ser -, você viverá enganado.
         O primeiro passo na estratégia ofensiva é DETECTAR o inimigo. Pedro nos advertiu: “Estejam alertas e vigiem. O Diabo, o inimigo de vocês, anda ao redor como leão, rugindo e procurando a quem possa devorar. Resistam-lhe, permanecendo firmes na fé, sabendo que os irmãos que vocês tem em todo o mundo estão passando pelos mesmos sofrimentos” (I PE 5.8,9).
         O motivo de Satanás conquistar tanto território na vida dos cristãos é estes falharem em reconhecer os seus ataques ou preferirem ignorá-lo. Atribuem as causas naturais a ação e a influência do Diabo no mundo.
         Para vencer a guerra contra o Diabo, devemos ficar DE GUARDA ININTERRUPTAMENTE, buscando detectar o menor vestígio da presença do inimigo. Temos de orar e edificar-nos no Espírito Santo (Jd 20). Jesus advertiu: “Vigiem e orem para que não caiam em tentação” (MT 26.41). Temos de orar ANTES de cair na armadilha de Satanás. Assim o Espírito Santo nos revelará nos revelará as emboscadas do inimigo para nos desviar do caminho ou aprisionar-nos. Você deve agir no momento em que reconhecer o ataque de satanás sobre sua mente. Expulse-o juntamente com suas mentiras, no nome de Jesus. Você deve levar todos os seus pensamentos cativos a Cristo.
         O segundo passo em nossa estratégia ofensiva é a proteção. Deus lhe concedeu uma armadura espiritual que o torna invulnerável aos ataques de Satanás (Ef 6.11).
         É possível vencer o diabo, mas essa vitória não é instantânea. Deus lhe concedeu a armadura, e você deve vesti-la.
         Estudando detidamente cada peça de armadura, você perceberá que elas foram desenvolvidas para proteger a sua mente.
         O CINTO DA VERDADE
         O ESCUDO DA FÉ
         A COURAÇA DA JUSTIÇA
         O CAPACETE DA SALVAÇÃO
         O EVANGELHO DA PAZ
         A ESPADA DO ESPÍRITO
         Para ser invulnerável aos ataques de Satanás, você precisa vestir toda a armadura de Deus, colocando-a como cobertura sobre a sua mente.
         O terceiro passo nessa estratégia é ter uma atitude ofensiva. A batalha não se inicia enquanto não resistirmos aos ataques de Satanás. Não podemos permitir que ele tenha livre acesso à nossa mente. Para vencer a guerra contra o diabo, devemos adotar uma atitude ofensiva contra ele, sendo constantemente renovados.
         Para renovar a mente, temos de mantê-la o tempo todo ocupada com a Palavra de Deus. É por meio do “lavar da água mediante a palavra” que somos purificados (Ef 5.26).
         Para renovar a mente, devemos lutar constantemente contra Satanás, resistindo aos seus ataques e expulsando os pensamentos que ele tenta implantar em nossa mente. Precisamos também despir-nos de nossa natureza carnal, desprezando o egoísmo, o orgulho, o ciúme e outras atitudes pecaminosas.
         Não diga que é difícil demais, que você não consegue. Você pode fazer isso se usar as armas poderosas que Deus lhe concedeu (2Co 10.4,5).

         A batalha contra o Diabo não é mental, e sim espiritual. Não podemos vencê-lo com o poder do pensamento positivo nem mesmo com o poder da confissão. Vencemos a batalha contra Satanás em nossa mente com as poderosas armas espirituais que Deus nos entregou.


Fonte: biblia de estudo - pág. 1643 - editora Central Gospel

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Céu Sem Estrelas



Céu sem estrelas é noite triste. Sombria. Sem encanto. Sem beleza. Pois antes de Cristo era como se a humanidade vivesse dentro de uma noite espessa. Debaixo de um céu sem estrelas.
A palavra é do profeta Isaías: "O povo que andava em trevas viu uma grande luz e sobre os que habitavam na região da sombra da morte resplandeceu a luz" (Isaías 9:2).
Que trevas poderiam ser essas senão a ignorância espiritual?
O mundo não tinha Deus, não tinha fé, não tinha esperança. Sem rumo, os homens se desatinavam, tropeçando e vacilando no escuro. Tateando o ar. Um mundo sem janelas e respiradouros para o outro mundo. A vida regulada pelo instante dos anos, que nada representam dentro do tempo, como o tempo nada representa dentro da eternidade.
Dessa noite caliginosa1 surgiu outra, pior do que a primeira: a noite da morte. A sombra da morte: "e sobre os que habitavam na região da sombra da morte resplandeceu a luz" (Isaías 9:2).
Morte em plena vida: morte espiritual. A alma anemizada2. A consciência moral cauterizada. A sensibilidade espiritual embotada.
Mas com Cristo veio a luz. Uma grande luz, diz o texto. Uma luz resplandecente. Tão viva e tão intensa que deslumbrou na estrada de Damasco aquele que viria a ser o apóstolo Paulo. Luz do mundo:
"Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida" (João 8:12).
Cristo é luz porque desbasta3 as trevas, a caminho de Deus. Ele nos reconcilia com Deus. E Deus é tudo para o homem, como a água é tudo para a corça: "Como a corça suspira pelas correntes das águas assim a minha alma suspira por ti, ó Deus" (Salmos 42:1).
Assim era o mundo antes de Cristo: noite. Noite escura. Céu sem estrelas. E depois de Cristo, se estamos há 2.000 anos do seu nascimento?
É certo que ainda há trevas na terra. E sombra de morte.
Mas agora não é por falta de luz, mas por falta de visão. Gente que não quer ver a luz. Que odeia a luz. Que foge da luz. Que tem medo da luz: fotofobia.
Cristo fez uma advertência a propósito: "A luz veio ao mundo e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal aborrece a luz e não vem para a luz para que as suas obras não sejam argüidas" (João 3:19, 20).
Há homens que preferem ser notívagos, vivendo longe da luz que é Cristo. Se fecho os olhos não vejo o sol. Se me escondo do sol não posso vê-lo. Porque não quero. A cruz é uma chama que arde no Calvário há dois milênios. Se vivo no escuro é porque desvio os olhos daquele ponto alumbrador4.
Então pode acontecer a pior das noites: uma eternidade sem Deus tem que ser noite. Noite eterna. Sem Deus aquém, sem Deus além - essa é a grande tragédia.
O que dissemos cabe num resumo: antes de Cristo, trevas; com Cristo, luz; depois de Cristo, trevas outra vez, se vivermos sem Cristo.


1 Caliginoso: de uma escuridão densa, profunda; tenebroso.
2 Anemizado: Que está com anemia; enfraquecido.
3 Desbastar: Desgastar, reduzir o tamanho ou a densidade. 
4 Alumbrador: Iluminador; que clareia.

Rubens Lopes


segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Ame o seu inimigo

                                                
                                                           


Imagino que alguém dirá: “Bem, se nos é permitido condenar os atos dos nossos inimigos, punindo e matando-os, que diferença poderá haver entre a moralidade cristã e a perspectiva comum?” Acredito que toda a diferença do mundo! Lembre: nós cristãos acreditamos que o homem viverá para sempre. Portanto, o que importa realmente são aqueles pequenos marcos ou deformações do lado de dentro da alma que se reverterão, a longo prazo, em uma criatura ou celeste ou infernal. Devemos matar, se necessário, mas não devemos jamais odiar (os inimigos) ou ter prazer em odiá-los. Devemos punir, se necessário, mas não devemos sentir prazer em fazê-lo. Em outras palavras, o que é preciso matar é algo que está dentro de nós: a mágoa e o ressentimento, o desejo de querer conquistar-se a si mesmo de volta. Não quero dizer que algum de nós seja capaz de decidir, de uma hora para a outra, que nunca mais sentirá isso. Não é assim que as coisas acontecem. O que eu quero dizer é que, toda vez que isso nos passar pela cabeça, dia após dia, ano após ano, por toda a nossa vida, é preciso que façamos o que é certo. Trata-se de um trabalho pesado, mas a tentativa não é impossível. Mesmo quando matamos e punimos, temos que nos empenhar em ter o mesmo sentimento pelo inimigo que temos por nós mesmo – temos que torcer para que ele deixe de ser mau; esperar que ele seja curado quer seja neste mundo, quer no outro; temos que desejar sinceramente o melhor para ele, sem fazer de conta que somos seus fãs ou sem dizer que ele é legal quando não o é.

C S Lewis – Cristianismo Puro e Simples


  Que seja uma semana de grande intimidade com Deus!
  Bom dia!!
  Inté+
  Jair Tomaz
                                     

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

A dupla, o grupo e o abismo


Você e eu já ouvimos a mesma história: uma mãe aflita chora desesperada pelo filho, ou filha que está se perdendo por causa de um amigo, ou de uma amiga. Tudo começou sem problemas, parecia uma amizade inocente, mas agora está muito, muito ruim! As discussões constantes, a rebeldia, o abandono do lar.

Por mais que “o mundo moderno” diga que isso é um fato que devemos nos acostumar, não é nada fácil para esposas, mães, parentes aceitarem que alguém veio para o centro da intimidade familiar e desnorteou completamente a escala de valores e roubou um ente querido, levando-o para a mais terrível escuridão!

Às vezes foi alguém que chegou e influenciou o seu filho. Tornando-se a dupla da cerveja, da farra noturna, do futebol que acaba em orgias e traições. Ou, às vezes, é um grupo de amigos do serviço, da faculdade, do bairro que levou seu marido, sua esposa e seu irmão em Cristo.

Quando as primeiras discussões começam, acreditamos que com gritos, com castigos, com conselhos e até tratamento psicológico poderemos resolver as coisas. Mas a batalha se trava e se revela incrivelmente pesada e sofrida, com ferimentos na alma, sentimentos e corpo. O abismo tenta engolir tudo o que construímos.

Por mais que tudo possa parecer lógico e palpável, com a ciência discutindo comportamentos e explicando sistematicamente o porque das coisas, parece que certas situações são fora do normal. Coisas que mais parecem vindas do inferno. Comportamentos que antes de serem doentios, são diabólicos. Atitudes que fogem da personalidade original das pessoas. Parece que algo horrível está por traz, ditando as regras e influenciando tudo.

Não é preciso estar num meio religioso, ou espiritualista para perceber que algo sobrenatural está roubando nossas vidas e nossas famílias; tirando dos filhos, dos maridos e das esposas valores preciosos. Um número cada vez maior de pessoas, em todas as classes sociais, em qualquer tipo de religião e em qualquer parte do planeta, sabe que lutam e batalham contra algo maior que suas forças.

A Bíblia explica que o mal existe e possui uma organização espiritual distinta com meios, planos e objetivos de destruição. Mas a Bíblia explica, também, que Jesus quando morreu na cruz, pagou a nossa dívida e venceu completamente o reino espiritual da maldade. Portanto, somos vencedores quando usamos o nome de Cristo com poder contra nossos inimigos espirituais. Então por que ainda o mal parece vencer? Por que ainda continuamos perdendo? A resposta é clara: porque de alguma forma damos concessões. Porque deixamos que o mal ache caminhos e meios para penetrar. Quando isso acontece? Quando nos tornamos egoístas, cuidando mais da vida material e esquecendo da espiritual. Quando nos tornamos incrivelmente religiosos e ignoramos que o Diabo também crê que Deus existe. Quando não queremos abandonar nossos pecados, lançando sobre nossos filhos e família o peso da maldade e da maldição! Queremos nossas esposas de volta, nossos maridos, nossos parentes e filhos, mas não queremos dar a eles um ambiente de amor, retratação de culpa e arrependimento de nossas atitudes. E pior: enfrentamos o sobrenatural com armas judiciais, terrenas, armas científicas, tratamentos médicos e atitudes que não farão nenhum demônio temer e recuar.

Para o ódio existe o amor; para o desespero, esperança. Para os erros, perdão; para o Diabo, o nome poderoso de JESUS CRISTO, o Deus dos deuses, o nome que é sobre todo o nome! Nenhum abismo é escuro demais que não possa ser iluminado pela graça de Deus. Por mais tempo que leve, por mais incrível e impossível que possa parecer, use a fé em vez da lógica e a incessante oração como arma. Você verá voltar tudo o que lhe foi roubado e retirado. E sempre busque ajuda de pessoas mais experientes como conselheiros espirituais! Não lute sozinho quando perceber que algo está fora de seus próprios limites. É preciso unirmos contra tudo o que está acontecendo, não aceitando jamais.


 
Anderson Rogério de Souza
Membro da Igreja Batista do Barreiro – Contagem (MG).
Colaborador do portal Lagoinha.com.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

uma pequena oração.




Salmo 70





Livra-me, ó Deus!


Apressa-te, Senhor, a ajudar-me!


Sejam humilhados e frustrados os que procuram tirar-me a vida;


Retrocedem desprezados os que desejam a minha ruína.


Retrocedem em desgraça os que zombam de mim.


Mas regozijem-se e alegrem-se em ti todos os que te buscam;


Digam sempre os que amam a tua salvação:


“Como Deus é grande!”


Quanto a mim, sou pobre e necessitado; apressa-te, ó Deus.

Tu és o meu socorro e o meu libertador; Senhor, não te demores!

 
Uma pequena oração em um momento de dificuldade. Bom dia a todos!
  Inté+ Jair Tomaz

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Carater



“Preocupe-se mais com seu caráter do que com sua reputação. Caráter é aquilo que você é, reputação é apenas o que os outros pensam que você é”.

John Wooden

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Se Deus Quiser...



  Esta é uma das expressões mais usadas e também uma das mais desobedecidas. Falamos mas não fazemos. Dizemos que é Deus quem dirige todas as coisas, mas queremos nós mesmos ter nas mãos o projeto e o controle de tudo.
     Há uma expressão em latim, “Deo Volente”, que significa “se Deus quiser" e que foi muito usada pela igreja até a idade média, um tempo em que a igreja havia abandonado por completo a Palavra de Deus e se dirigia apenas pela tradição e a vontade humana. Esta contradição serve para nos mostrar que mesmo a igreja não está livre de fazer seus planos sem submetê-los a Deus. É preciso compreender muito bem que não basta dizer “se Deus quiser”, é preciso colocar em prática. Deus nos permite planejar, mas a direção, a provisão e a autorização devem vir somente Dele.
     Estamos nos aproximando do final de 2009 e com certeza muitos planos já estão sendo traçados para 2010, o que é legitimamente permitido pelo Senhor Deus, mas é preciso usar de verdade e sinceridade ao dizer: "se Deus quiser". Lembre-se do alerta bíblico: "Em seu coração o homem planeja o seu caminho, mas o Senhor determina os seus passos". Portanto, planeje, faça projetos, sonhe e lembre-se de que antes de ter os desejos do coração satisfeitos é preciso “agradar-se do Senhor” (Salmo 37:4).



     Faça planos e ore ao Deus que “determina os seus passos”, humilhe-se na presença Dele e confie, pois a Palavra garante que “o mais ele fará” (Salmo 37:5). Não devemos esquecer de que até mesmo Jesus, o Filho de Deus orou: “Pai, se queres, passa de mim este cálice; contudo, não se faça a minha vontade, e sim a tua” (Lucas 22:42) e também que, "Cristo sofreu no lugar de vocês, deixando-lhes exemplo, para que sigam os seus passos." (1 Pedro 2.21). Se Jesus agiu assim, por que não deveríamos fazer o mesmo?
     A Palavra de Deus nos alerta que a atitude certa daquele que confia no Senhor é a de estar sempre submisso à vontade e direção Dele para tudo na vida, por isso diz: “Atendei, agora, vós que dizeis: Hoje ou amanhã, iremos para a cidade tal, e lá passaremos um ano, e negociaremos, e teremos lucros. Vós não sabeis o que sucederá amanhã. Que é a vossa vida? Sois, apenas, como neblina que aparece por instante e logo se dissipa. Em vez disso, devíeis dizer: Se o Senhor quiser, não só viveremos como também faremos isto ou aquilo. Agora, entretanto, vos jactais das vossas arrogantes pretensões. Toda jactância semelhante a essa é maligna." (Tiago 4:13-16)




 Quando dizemos “se Deus quiser”, estamos declarando nossa submissão a Ele, pois ele é soberano. Confie ao Senhor o hoje, o amanhã e em todo o tempo, onde quer que você andar, saiba que é Ele quem determina tudo! Ele aponta a direção e garante a vitória, por isso, busque em primeiro lugar o seu reino e a sua justiça e descanse, "todas as outras coisas vos serão acrescentadas” (Mateus 6:33).
Ore sempre: “SE DEUS QUISER!”


Fonte: Rev. Jonas Cândido Ferreira - Igreja Presbiteriana Setor Sul - Uberlândia


http://ipss-udi.blogspot.com/2009/12/se-deus-quiser.html


  Boa semana, bom feriado! Fiquem na paz de Cristo.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

A crueza de uma propaganda “mal feita”.





| Em Cristianismo

 

A história de Jesus é reputada em alguns círculos mais céticos como um panfleto para vender uma idéia, ou uma imagem de um homem que sequer existiu, ou se existiu, não seria nem sombra do que disseram dele.

Uma análise dos fatos, porém, dificilmente sustenta este tipo de opinião. Vejamos:

Jesus nasceu judeu. Um povo periférico, de uma terra pequena, sem influência política, com um histórico de sujeição a outros povos e, naquela ocasião, submisso ao poderoso Império Romano.

Dentro dessa nação, nasce Jesus, pobre, de aparência pouco notável, em uma vila também ela, pobre e desprezível, de uma província deslocada do centro de interesses religiosos.

No final da história, Jesus morre.
Crucificado.
A vergonha disso para a sociedade de então pode ser compreendida pela repugnância e rejeição que os árabes até hoje têm da simples idéia de que Jesus teria sido crucificado. Para eles, nem mesmo a idéia da ressurreição posterior remediaria o dano moral de uma morte dessas.

E quando Jesus ressuscita, a notícia é dada por… mulheres!!! Algo tão digno de crédito para época quanto discurso de político em véspera de eleição.

Realmente, se a história de Jesus fosse fabricada, ela seria tão diferente, tão “certinha”, tão enobrecedora, tão digna, tão casada em suas diversas versões, que talvez convencesse muita gente…



A biografia de Jesus é recheada de “constrangimentos biográficos”.

Basta pegarmos um dos evangelhos para vermos alguns desses “incômodos biográficos” na história de Jesus: sua origem humilde, sua amizade com os “párias” da sociedade, a discrepância do seu perfil com aquele que a totalidade dos judeus da época esperavam para um “messias”, a discordância aparente com os demais evangelhos, além de muitos outros aspectos improváveis que, no entanto, estão lá.

O próprio discurso de Jesus, dizendo coisas com “eu sou humilde”, “sem mim nada podeis fazeis”, contraria o que se espera de um “homem sábio típico”.Suas atitudes, igualmente, surpreendem aqueles que esperam a imagem estereotipada do “homem iluminado”. As respostas que ele dava, não para os religiosos, mas para as pessoas comuns, tais como “estes são minha família”, quando foram dizer a ele que sua mãe e irmãos o esperavam, ou a aparente indiferença com que tratou a mulher sírio-libanesa, não são exatamente as condutas dos homens “bonzinhos-fazedores-de-média” que vemos pelas religiões afora.

No entanto, tudo isso está lá, cruamente registrado. Não há nos evangelhos a menor evidência de que alguém tenha tentado “adoçar” a imagem de Jesus.

Isso aconteceu sim, porém muito depois de escritos os evangelhos. Nas narrativas renascentistas, que o pintam ora como um bebê, ora como um moribundo. Ou nas narrativas vitorianas, tentando transformá-lo em bom moço e trazê-lo para “dentro da respeitosa sociedade”, como observa Philip Yancey. Ou pior ainda, mais recentemente, com a mistura misticoleba de idéias orientais ou humanistas, que tentam transformar Jesus em um simples cara “bom”, um vendedor de auto-ajuda, ou um garoto propaganda mais alinhavado com um escopo o maior possível de religiões.

Não, a história de Jesus tem defeitos demais para ter sido inventada.

(A propósito, para quem preferir uma história de Jesus sem a pirotecnia dos reis magos, estrelas, e outros eventos estrondosos, é só conferir na própria Bíblia. É a versão do evangelho de Marcos)

Fonte:

Obs.: site de um colega que conheci no Orkut, o Hamilton. Vale a pena dar uma passada por lá e conferir os outros bons textos.
Para todos um bom dia e um final de semana abençoado por Deus!
Inté+
Jair Tomaz