sábado, 31 de março de 2018

Os ensinamentos das testemunhas de Jeová são compatíveis com a Bíblia?




As Testemunhas de Jeová (TJs) afirmam que consideram a Bíblia como a Palavra absoluta de Deus e que baseiam nela todas as suas crenças. mas os seus ensinamentos, na verdade, contrariam a Bíblia.

A Bíblia. As TJs usam uma versão modificada da Bíblia, chamada Tradução do Novo Mundo (TNM). Nota-se facilmente que ps líderes das TJs que produziram a TNM não eram acadêmicos bíblicos. A mais óbvia diferença entre a TNM e outras bíblias é o uso de "Jeová" no Novo Testamento. TJs afirmam que o Novo testamento usava originalmente o nome hebraico YHWH (traduzido como "Jeová" ou "Yahweh") e que escribas apóstatas o substituíram por "Senhor" (gr. Kurios). Não existe evidência histórica ou manuscrita para embasar esta afirmação.

Pai, Filho e Espírito Santo. As TJs ensinam que somente o Pai é Jeová, O Deus Todo-Poderoso; o Filho, Jesus Cristo, é um "deus" inferior" ao Pai (conforme a tradução que fazem de Jo 1.1); e o "espírito santo" é uma força impessoal que emana de Deus. A Bíblia, por outro lado, ensina que o Pai, o Filho e o Espírito Santo são Deus (Jo 1.1; 17.3; 20.28; At 5.3, 4; 2Cor 3.17, 18; Tt 2.13). O Filho tudo criou (Hb 1. 10-12) e deve ser honrado como Deus (Jo 5.23; Hb 1.6; Ap 5.13). O Espírito Santo é uma Pessoa, chamada "Consolador" ou "Ajudador" (gr. parakletos); Ele ensina, fala, e dá testemunho de Jesus (Jo 14.16,26; 15.26,27; 16.13,14).

A morte, a alma e a punição eterna. De acordo com as TJs, quando os seres humanos não salvos morrem, deixam de existir. Não há uma condição intermediária para os mortos e não há punição eterna para os ímpios (que são aniquilados). No entanto, a Bíblia ensina que os seres humanos continuam a existir depois da morte, como espíritos à espera da ressurreição e do Juízo Final (Lc 16.19-31; 23.43; Hb 12.9-23; Ap 6.9-11). (A TNM traduz Lc 23.43  os textos hevraicos de forma distorcida, a fim de evitar esta conclusão). Os ímpios sofrerão a punição eterna (MT 25.46; Ap 14.9-11; 20.10).

A ressurreição e o retorno de Jesus. As Tjs acreditam que Deus "ressuscitou" Jesus dos mortos como um espírito angelical, como um determinado corpo espiritual. Negam que Ele retornará visível e pessoalmente à terra. As escrituras, contudo, ensinam que Jesus ressuscitou com o mesmo corpo físico com que morreu, mas então glorificado e imortal. Seu corpo possuía carne e ossos,mãos e pés, a até mesmo os sinais da crucificação (Lc 23.49;Jo 2.19-22; 10.17,18; 20.20-25; at 2.24-32). Embora seja a segunda pessoa da Divindade, Jesus é também homem glorificado (At17.31; 1Cor 15.47; 1Tm 2.5); Ele retornará pessoal e fisicamente à terra (At 1.9-11; 3.19-21; 1Ts 4.16; Hb 9.26-28).

Salvação. As Tjs consideram que a morte de Jesus propricia um "resgate correspondente", ou seja, liberta todas as pessoas, em princípio, da condenação pelo pecado de Adão. mas, para desfrutarem a vida eterna, elas acreditam que não somente devem aceitar o resgate de Cristo, mas também provar que são dignas por meio de suas obras. O ensinamento da Bíblia é bastante diferente. Os crentes são salvos somente pela graça de Deus, pela fé em Jesus Cristo, e suas obras são o fruto da salvação, e não o pré-requisito para esta (Rm 3.21-28; 5.1-11; Ef 2.8-10; Tt 3.4-8).

Robert m Bowman jr.


 

sábado, 24 de março de 2018

fazer discípulos!




Jesus nos disse claramente o que devemos fazer. Temos um manual, como o do proprietário de um carro. Ele nos disse que, como discípulos, devemos fazer discípulos - e não convertidos ao cristianismo ou a um tipo específico de "fé e prática". Ele não ordenou que providenciássemos para que as pessoas pudessem "entrar no céu" ou "ter parte nos benefícios" depois da morte, nem que eliminássemos as diversas formas brutais de injustiça, tampouco que criássemos e mantivéssemos igrejas "bem sucedidas". Todas essas coisas são boas, e ele falou sobre cada uma delas. Com certeza se concretizarão se - e apenas se - formos (seus aprendizes constantes) e fizermos (outros aprendizes constantes) aquilo que ele ordenou que fôssemos e fizéssemos. Se nos ativermos a isso, não importará muito o que mais faremos ou deixaremos de fazer.

A grande omissão.- Dallas Willard



sábado, 17 de março de 2018

Como a Bíblia relaciona-se com o Islamismo?




O islamismo ensina que, ao longo da história, Deus enviou profetas - desde Adão, passando por Noé, Jesus, e, em última análise, Maomé -, todos com a mesma mensagem: existe um único Deus, que deseja que as pessoas busquem o bem e evitem o mal. Segundo o islamismo, os cristãos e os judeus, "pessoas do livro", devem ser os remanescentes seguidores de revelações anteriores - divinas, mas corruptas. Os muçulmanos consideram que as escrituras do islamismo, o Corão, restauraram a orientação original de Deus. O Corão inclui numerosas personalidades bíblicas, mas reconhece como autênticas somente três seções da literatura bíblica: a Torá de Moisés, o Evangelho de Jesus e os Salmos de Davi.

Os muçulmanos consideram bíblicas muitas de suas crenças e práticas: a existência de um único Deus, os profetas, o céu, o inferno, os anjos, e um dia e juízo. Eles também veem a importância da caridade, da oração e do jejum na Bíblia. Embora acreditem que Jesus foi somente um profeta, não divino, aceitam os relatos do seu nascimento de uma virgem, da sua natureza sem pecado, dos seus milagres e da sua segunda vinda.

O Corão acusa os judeus e os cristãos de distorcerem a sua revelação anterior, suprimindo deliberadamente a verdade ou fazendo interpretações falsas. Os muçulmanos afirmam que o Antigo e o Novo Testamento contêm inconsistências lógicas, improbabilidades e erros factuais. As acusações contra o Antigo Testamento incluem falsos relatos de imoralidade (Davi e Bate-Seba), a ausência de doutrinas (a vida após a morte, na Torá), e a incompatibilidade com a ciência. O evangelho foi corrompido com referências históricas, inexatas, discrepâncias em suas narrativas e invenções (como a crucificação). Supostamente, os cristãos e os judeus suprimiram ou removeram predições bíblicas de Maomé. Por exemplo, Salmos 84.4-6 é considerado como uma referência a Maomé, que superou as suas deficiências de infância pela graça de Deus, Jesus teria predito a vinda do profeta Maomé, quando falou sobre o "Conselheiro", em João 14.

O islamismo rejeita o conceito da participação humana no processo da revelação, que é vista em livros bíblicos variados (Evangelhos, Epístolas etc.). A mensagem original de Jesus é considerada perdida. Os muçulmanos acreditam que os autores do Evangelho, que escreveram muito tempo depois de Jesus, alteraram a mensagem para promover os próprios pontos de vida. As cartas de Paulo supostamente promovem um Cristo "místico" e "falsas" doutrinas, como a ressurreição. Outro argumento muçulmano contra a confiabilidade bíblica é a falta de um registro de que os textos originais passavam de uma geração para a seguinte.

Naturalmente, os muçulmanos estão corretos em pensar que a Bíblia é mais antiga do que o Corão. Mas não há uma sombra sequer de evidência de que a Bíblia tenha sido corrompida. Na verdade, a transmissão do seu texto é, de longe, a mais exata, em comparação com qualquer texto do mundo antigo. A Bíblia não é comprometida pelo uso que Deus faz de personalidades humanas em sua escrita, não mais do que quando Ele usa a personalidade humana na palavra pronunciada pelos profetas. Além disso, fortes evidências respaldam, entre outras coisas, a historicidade da crucificação e da ressurreição de Cristo. Os cristãos reverentes podem ajudar a corrigir conceitos equivocados dos muçulmanos sobre a Bíblia (por exemplo, mostrando que a Bíblia não sanciona a iniquidade da cultura ocidental). Na verdade, os seguidores de Cristo devem auxiliar os muçulmanos para que o Espírito Santo traga a convicção aos seus corações, por intermédio da poderosa Palavra de Deus (Hb 4.12).

Barbara B.  Pemberton



sábado, 10 de março de 2018

Como um cristão deve relacionar-se com os membros de religiões e movimentos não cristãos?




Quando testemunhamos os que tem religiões não cristãs, devemos evitar nivelá-los através de uma abordagem que os trate como se fossem semelhantes uns aos outros. Ao mesmo tempo, não devemos ignorar os pontos em comum que fundamentam a lealdade religiosa, quer seja cristã, quer não. Se tivermos uma sensibilidade apropriada para com as diferenças individuais, poderemos identificar algumas estratégias úteis para conquistar seguidores de movimentos religiosos não cristãos.

Trate das motivações pessoais que fundamentam o comprometimento religioso. Frequentemente, as pessoas comprometem-se com uma religião para satisfazer às necessidades pessoais. Nas novas manifestações religiosas, em particular, existe um foco na transformação do ser. Os adeptos de falsas religiões com frequência se unem para tratar de necessidades intelectuais, emocionais, sociais e espirituais. As pessoas estão procurando relacionamentos amorosos e um sentimento de conexão; uma atmosfera familiar (particularmente atraente para os que não tem família ou cuja família é perturbada); um sentimento de aceitação e de valor próprio (às vezes, por ser parte da "grande obra de Deus" por meio do movimento religioso ou da falsa religião); uma oportunidade de alcançar objetivos idealistas ( por exemplo fazer obras de filantropia e caridade); uma maneira de aplacar profundos anseios espirituais (por exemplo, ter uma sensação do "divino" ou "transcendente"); e um sistema de fé que propiciará respostas para as perguntas mais profundas da vida ("Por que estou aqui?", "Qual é o propósito da vida?")

Estas aspirações dificilmente são exclusivas dos membros de falsos movimentos religiosos. Tampouco existe algo necessariamente sinistro no fato de as pessoas buscarem satisfazer estas necessidades. Na verdade, muitos envolvem-se em igrejas cristãs de base bíblica pelas mesmas razões - unem-se à igrejas, por exemplo, por causa dos relacionamentos de carinho e comprometimento que vivenciam como parte da família de Deus. O problema com as falsas religiões é o fato de que, em última análise, elas não podem satisfazer os mais profundos anseios do espírito humano. Somente o verdadeiro evangelho pode fazê-lo. Uma das coisas mais importantes que podemos fazer para alcançar aos que estão presos em falsas religiões é proporcionar um ambiente onde possam ser satisfeitas estas necessidades espirituais, sociais, emocionais e intelectuais. A igreja deve proporcionar - e, de modo geral, o faz - este tipo de ambiente, mas para os que vem de falsas religiões, a necessidade é particularmente urgente. Alguns novos movimentos religiosos podem ser difíceis para os que os deixam, evitando-os ou "desfiliando-os". A pessoa que deixar um desses grupos pode sentir de uma só vez a perda de todo o sistema de apoio da família e dos amigos. A igreja necessita ser sensível com relação a isto e deve estar preparada para fazer um esforço a fim de alcançar estes indivíduos, aceitando-os no corpo de Cristo com braços amorosos.

Classificar, compreender e refutar apropriadamente os falsos sistemas de fé. Por mais importantes que sejam os fatores interpessoais mencionados acima, também é necessário compreender corretamente, (e então refutar biblicamente), o falso sistema de fé.

O primeiro passo é classificar com precisão o tipo de sistema de fé em questão. É preciso fazer uma distinção básica entre novos movimentos religiosos dependentes do cristianismo e grupos religiosos que não afirmam ter relação com o cristianismo. Os primeiros afirmam ser cristãos, mas negam uma ou mais doutrinas essenciais da fé cristã. A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias (os mórmons(, as Testemunhas de Jeová e a Ciência Cristã são alguns exemplos. As religiões do mundo, como o islamismo, também negam crenças fundamentai cristãs, incluindo a doutrina da Trindade e a divindade de Cristo, mas, diferentemente dos novos movimentos religiosos do cristianismo, não afirmam ser cristãs e, na verdade, repudiam explicitamente tal rótulo.

A distinção entre novos movimentos religiosos dependentes do cristianismo e as religiões do mundo não é meramente acadêmica. Dirigimo-nos a um muçulmano de maneira diferente da que usamos para falar a um mórmon. Por exemplo, não precisamos convencer um mórmon de que Jesus Cristo é o Salvador e de que o cristianismo é verdadeiro. Na verdade, o mórmon já acredita que Jesus é o Salvador e que sua igreja é a verdadeira restauração do cristianismo, sob a liderança de Joseph Smith. A tarefa é mostrar que o mormonismo é uma forma falsificada do cristianismo, com um falso Jesus que não salva. Um muçulmano por outro lado, não somente terá noções deturpadas do que ensina o verdadeiro cristianismo, como também terá de ser convencido de que o cristianismo é a verdadeira religião.

Também devemos compreender o sistema de fé não cristão que estamos confrontando com tanta exatidão e tantos detalhes quanto seja possível. A incapacidade de fazer isto pode rapidamente causar um curto-circuito em uma oportunidade de testemunho, pois os seguidores de uma falsa religião rapidamente deixarão de dar atenção a um cristão que lhes impute crenças que eles não tem. É importante, como destacam Robert e Gretchen Passantino, observar um tipo de regra de ouro quando discutirmos sistemas de fé não cristãos: representar o sistema de fé deles com a mesma exatidão como você desejaria que eles representassem o seu. Somente então poderemos esperar ser levados a sério quando confrontarmos os erros das falsas religiões com as declarações de Jesus Cristo.

Alan W. Gomes


 

sábado, 3 de março de 2018

Como um cristão deve relacionar-se com o movimento da Nova Era?



Embora os vestígios de uma perspectiva bíblica ainda sejam evidentes, pesquisas de opinião revelam que as crenças doutrinárias de, talvez, uma terça parte dos ocidentais,podem ser caracterizados como de Nova Era. As ideias deste Movimento da Nova Era (MNE) são amplamente, e às vezes subconscientemente, disseminados por meio da televisão (por exemplo, o programa de Opra Winfrey) e dos filmes (por exemplo, Guerra nas Estrelas). O MNE também tornou-se um grande negócio, com suas miríades de seminários de autoajuda, publicações e guias para oração (de modo frequentemente imitando tradições cristãs), e livros.


Os seguidores do movimento muitas vezes rejeitam a expressão "Nova Era" devido às suas conotações.De qualquer forma, um nome melhor talvez seja "religião pós moderna", em vista das suposições que ela tem em comum com o pós-modernismo filosófico. Rejeitando, de modo geral, uma abordagem científica ou analítica (modernista) à vida, os seguidores creem que o conhecimento é construído de maneira subjetiva e determinado socialmente. A verdade não é universal para todos os humanos, mas pode variar, de acordo com o que "funciona" para alguns, e não para outros. Os valores morais não são universalmente objetivos, mas apenas propriedades de comunidades que decidem aderir a eles. As pessoas adeptas à perspectiva do MNE consideram a realidade como um conjunto unificado em evolução; na verdade, eles muitas vezes consideram Deus como sendo um nome para este conjunto. Eles desdenham particularmente o cristianismo bíblico, devido às suas reivindicações de ser a verdade universal.


Uma vez que o MNE não está sob a autoridade de nenhum texto religioso em particular, os proponentes são identificados por vários "sintomas", como os seguintes: eles preferem a prática da espiritualidade às organizadas e clássicas de religião; eles creem que nenhum professor religioso pode reivindicar a adesão de todos; as declarações de Jesus como sendo o Caminho devem ser reinterpretadas ou completamente rejeitadas;de acordo com eles, em lugar da graça de Deus revelada completamente rejeitadas; de acordo com eles, em lugar da graça de Deus revelada no Jesus da Bíblia, "anjos", forças paranormais ou até mesmo o potencial humano puro servem como "salvadores" das dificuldades da raça; misturando e combinando os objetos de adoração, eles muitas vezes identificam-se simultaneamente com palavras como budista, judeu e presbiteriano. Em última análise, o MNE representa um retorno ao politeísmo, ou a crença em vários falsos deuses.


Como, então, devem os cristãos começar a compartilhar Cristo com os que pertencem ao MNE? Muitas vezes, é uma discussão sobre a verdade que abre o caminho. Se a verdade universal e objetiva não existe, então as declarações do Evangelho são falsas. Mas todas as pessoas vivem como se as crenças cotidianas devessem corresponder a realidade (por exemplo, ninguém consegue viver de veneno, em lugar de água). Assim sendo, por que alguém deve defender que a crença em Deus e na vida após a morte é, de alguma maneira, diferente? A incoerência nos assuntos cotidianos é considerada desonesta e irracional ("Sim, senhor guarda, aquele carro parado em fila dupla é meu, mas não é meu"). Por que, então aceitar declarações do tipo: "Cristo pode ser verdadeiro para você, mas não para mim?"


À primeira vista, o tratamento de má qualidade dispensado à verdade no MNE faz com que ele pareça mais tolerante que o cristianismo. Mas, na verdade, ele considera, de maneira condescendente, as declarações de todas as outras religiões como erradas, ignorantes, e divisoras, crendo que somente os que estão no MNE veem o quadro completo; outras religiões, concentradas em seus ensinamentos tradicionais, não tem ciência da profunda unidade oculta entre todas as religiões. Mas, há uma boa razão para crer que realmente existem muitos caminhos para o céu? Como alguém pode afirmar conhecer a verdade universal (especialmente se não existem verdades universais)? Os mapas rodoviários não pressupõem que há apenas um caminho que pode levar a um destino. Os caminhos podem ser escolhidos pelo seu percurso tranquilo ou pelas suas belas paisagens, mas nem todas levam ao mesmo lugar.

Ted Cabal