sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Como a morte de Jesus pode trazer o Perdão?

   Ocasionalmente, ouvem-se estórias sobre alguém que é sentenciado por um crime, quando, de repente, outra pessoa levanta-se e diz: "Eu receberei a punição no lugar dele". Muitas dessas estórias não são baseadas em fatos. Mas o Novo Testamento ensina que Jesus, na sua morte, tomou sobre si a punição pelo nosso pecado.



   As escrituras ensinam que toda humanidade está manchada e corrompida pelo pecado, tanto por causa do pecado de nosso antepassado, Adão (Rm 5.12-21), como porque nós mesmos somos todos pecadores (Ef. 2.1-3). Deus, como o justo Juiz, não pode ignorar o pecado, e não o fará, uma vez que o pecado viola a sua natureza e traz destruição para o mundo perfeito que Ele criou. Deus seria injusto se simplesmente dissesse: "Oh! Bem, são apenas meninos". Em vez disto, o pecado deve ser punido, e uma vez que todos nós infringimos a lei de Deus, nós merecemos a plena punição. Contudo, surpreendetemente, Jesus veio para tomar a nossa punição sobre si mesmo. O Novo Testamento nos fala que a morte de Jesus propiciou o perdão, pelo menos de três maneiras. Em primeiro lugar, a morte de Jesus foi um sacrifício pelos nossos pecados. Cristo cumpre o sistema de sacrifícios do Antigo Testamento, sendo ao mesmo tempo, sumo sacerdote e sacrifício (Hb 5-10). No dia da expiação, animais eram mortos diante do altar e o sangue era espargido sobre o propiciatório no Lugar Santíssimo. Debaixo do propiciatório, havia tábuas de pedra em que haviam sido escritos os Dez Mandamentos. Olhando do céu para baixo, Deus podia ver a lei, mas quando o sangue de sacrifício era espargido, a lei - como lembrete do pecado do povo - era coberta. Sem derramamento de sangue não há perdão de pecados (Hb 9.22).

   Em segundo lugar, o Novo Testamento fala sobre a morte de Cristo como uma "propiciação" pelos nossos pecados (Rm 3.21-26). Esta palavra, hilasmo, tem o significado de "uma oferta que satisfaz a ira de Deus pelo pecado", todavia, notavelmente, o próprio Deus fornece esta oferta. Quando Jesus morreu na cruz, clamou: "Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?" (Mt 27.46).

   O Pai estava derramando a sua ira porque "Aquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus" (2 Co 5.21).

   Em terceiro lugar, e relacionado aos dois aspectos já mencionados, a Bíblia fala sobre a morte de Cristo como uma substituição. Jesus não veio para ser servido, mas para servir e "dar a sua vida em resgate de muitos" (Mc 10.45). Jesus "se deu a si mesmo por nossos pecados, para nos livrar do presente século mau" (Gl 1.4). As predições de Isaías sobre um Servo Sofredor que viria são cumpridas na morte de Jesus, que "foi ferido pelas nossas transgressões e moídos pelas nossas iniquidades [...] o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos" (Is 53.5,6). Ele morreu em nosso lugar.

   Pela fé, e somente pela fé, nós recebemos o perdão que Cristo propicia pela sua morte humilhante e dolorosa. O resultado? A vida eterna (Ef 2.3-10).

Fonte: Bíblia de Estudo Defesa da Fé - CPAD - Pág. 1978


domingo, 6 de janeiro de 2013

A Exatidão Bíblica


A Bíblia foi Copiada com Exatidão ao Longo dos Séculos? 


   A Bíblia é o livro do mundo antigo que é transmitido com maior exatidão. Nenhum outro livro antigo tem tantos manuscritos, ou tão antigos, ou copiados com tanta precisão.


   O Antigo Testamento

   A confiabilidade do Antigo Testamento está baseada em três fatores: a sua abundância, datação e exatidão. Muitas obras da antiguidade sobrevivem apenas em um punhado de manuscritos: somente 7 para Platão, 8 para Tucídides, 8 para Heródoto, 10 para Gallic Wars, de César, e 20 para Tácito. Somente as obras de Demóstenes e Homero chegam a ter centenas de manuscritos. Mas mesmo antes de 1890, um estudioso chamado Giovanni de Rossi publicou 731 manuscritos do Antigo Testamento, em Geniza, no Cairo, e, em 1947, as cavernas do Mar Morto, em Qumran produziram mais de 600 manuscritos do Antigo Testamento.
   Além disto, os Pergaminhos do Mar Morto, que contêm pelo menos fragmentos de todos os livros do Antigo Testamento com excessão do Livro de Ester, todos datam de antes do fim do século I D.C., e alguns  do século III A.C. O Papiro Nash está datado entre o século II A.C. e o século I D.C.
   A exatidão dos manuscritos é conhecida, com base em evidências internas e externas: (1) Sabe-se que a reverência dos escribas judeus pelas Escrituras levou à sua transmissão cuidadosa; (2) O exame de passagens duplicadas (por exemplo, Sl 14 e Sl 53) mostra transmissão paralela; (3) A Septuaginta, que é a antiga tradução do Antigo Testamento ao idioma grego, está substancialmente de acordo com os manuscritos hebreus; (4) A comparação do Pentateuco Samaritano com os mesmos livros bíblicos preservados na tradição judaica mostra íntima similaridade; (5) Os Manuscritos do Mar Morto fornecem manuscritos que datam de mil anos antes do que muitos usados para estabelecer o texto hebraico.
   Estudos comparativos revelam uma identidade palavra por palavra, em 95 por cento do texto. Variantes de menor importância consistem, principalmente, de erros de escrita ou de grafia. Somente 13 peuqenas variações foram descobertas em toda a cópia de Isaías do Manuscritos do Mar Morto, das quais oito eram conhecidas de outras fontes antigas. Depois de mil anos de cópias, não houve mudança de significado, e praticamente não houve nenhuma mudança no uso de palavras!



   O Novo Testamento

   A confiabilidade do Novo Testamento é estabelecida porque o número, a data e a exatidão de seus manuscritos permitem a reconstrução do texto original, com mais precisão do que qualquer outro texto antigo. O número de manuscritos do Novo Testamento é impressionante (quase 5700 manuscritos gregos) em comparação com os livros típicos da antiguidade (cerca de 7 a 10 manuscritos; a Ilíada, de Homero, é a obra que tem a maior quantidade de manuscritos, 643). O Novo Testamento é simplesmente o livro mais respaldado textualmente do mundo antigo.
   O mais antigo manuscrito do Novo Testamento, sobre o qual não paira nenhuma disputa, é o papiro de John Rylands, com data entre 117 e 138 D.C. Livros inteiros (por exemplo, os contidos nos papiros Bodmer) estão disponíveis a partir do ano 200. A grande parte do Novo Testamento, incluindo todos os Evangelhos, está disponível nos manuscritos de Chester Beatty Papyri, que datam aproximadamente de 250 D.C.
   O famoso estudioso britânico de manuscritos, Sir Frederick Kenyon, escreveu: "O intervalo, então, entre as datas da composição original e a mais antiga evidência existente se torna tão pequeno, a ponto de ser, na verdade, insignificante, e a última fundação para qualquer dúvida de que as Escrituras nos tenham vindo substancialmente, da maneira como foram escritas, agora foi removida". Assim, tanto "a autenticidade como a integridade geral dos livros do [NT] podem ser considerados firmemente estabelecidas". Nenhum outro livro antigo tem um intervalo tão pequeno de tempo, entre a sua composição e as suas primeiras cópias manuscritas, como o Novo Testamento.
   Não apenas há mais manuscritos do Novo Testamento, e mais antigos, como também foram copiados com mais exatidão do que outros textos antigos. O estudioso do Novo Testamento e professor em Princeton, Bruce Metzger, fez uma comparação do Novo Testamento com a Ilíada de Homero e o Mahabharata, do hinduísmo. Ele descobriu que o texto desta última obra representa apenas 90 por cento do original (com 10 por cento de correção textual); a Ilíada era 95 por cento pura, e somente meio por cento do texto do Novo Testamento permanecia em dúvida. O estudioso grego A. T. Robertso avaliou que as dúvidas textuais do Novo Testamento tem a ver apenas com "uma milésima parte de todo o texto", avaliando a exatidão do texto do Novo Testamento em 99,5 por cento - a maior exatidão conhecida para qualquer livro do mundo antigo. Sir Frederick Kenyon observou que o "número de [manuscritos] do Novo Testamento, de traduções antigas dele, e de citações feitas dele nos autores mais antigos da igreja, é tão grande que é praticamente certo que o texto original de cada passagem duvidosa esteja preservado, em uma ou outra destas autoridades antigas. Não é possível dizer isto sobre nenhum outro livro antigo do mundo".
   Em resumo, o grande número, as datas antigas e a exatidão incomparável das cópias manuscritas do Antigo e do Novo Testamento, estabelecem a confiabilidade da Bíblia, muito além da de qualquer outro livro antigo. A sua mensagem substancial não foi reduzida com o passar dos séculos, e a sua exatidão, até mesmo em detalhes menos importantes, foi confirmada. Assim, a Bíblia que temos hoje em nossas mãos é uma cópia altamente confiável do original, que nos veio das penas dos profetas e dos apóstolos.

Norman L. Geister

Fonte: Bíblia de Estudo Defesa da Fé- CPAD - págs. 540 e 541