Celebre a Páscoa e agradeça a Deus pelo sangue de Jesus derramado por nós.
Uma noite antes de entregar a vida para expiar os pecados da humanidade, Jesus celebrou a Páscoa com os seus discípulos. Chegara o dia em que o Cordeiro deveria ser morto. Cristo então enviou Pedro e João a fim de que fizessem os preparativos e assim pudessem comemorar juntos.
Os discípulos, seguindo a instrução de Jesus, prepararam a refeição. Depois que todos já se haviam postado ao redor da mesa, Jesus, sabendo que em poucas horas ia ser torturado e morto, declarou: “Desejei ansiosamente comer esta Páscoa com vocês antes de sofrer. Pois eu lhes digo: Não comerei dela novamente até que se cumpra no Reino de Deus” (Lc 22. 15,16).
Enquanto comiam, Jesus pegou o pão, deu graças, partiu-o e o entregou aos discípulos, dizendo: “Isto é o meu corpo dado em favor de vocês; façam isto em memória de mim” (v. 19).
Então tomou o cálice nas mãos e explicou: “Este cálice é a nova aliança no meu sangue, derramado em favor de vocês” (v. 20).
Foi um momento maravilhoso na celebração daquela festa tão importante. Em poucas horas Jesus se tornaria o Cordeiro imaculado do sacrifício, morto para remover os pecados da humanidade!
Deus determinou que a Festa da Páscoa seja celebrada para sempre, por todas as gerações, começando com Moisés e os filhos de Israel: “Estas são as festas fixas do SENHOR, as reuniões sagradas que vocês proclamarão no tempo devido: a Páscoa do SENHOR, que começa no entardecer do décimo quarto dia o primeiro mês” (Lv 23. 4,5). E também: “Este dia será um memorial que vocês e todos os seus descendentes celebrarão como festa ao SENHOR. Celebrem-no como decreto perpétuo” (Ex 12. 14).
Deus enfatizou que essas eram as suas festas e se referiu à Páscoa como a “Páscoa do Senhor”. Os filhos de Israel iniciavam o ano com essa festividade, realizando-a no décimo quarto dia do primeiro mês, durante a primeira colheita da cevada, o que corresponde ao mês de abril em nosso calendário.
O propósito de Deus ao estabelecer essa festa era lembrar a todos a libertação sobrenatural de Israel do cativeiro e o cordeiro do sacrifício, que os protegera do anjo da morte, quando este veio matar os primogênitos dos egípcios.
A Páscoa deveria ser um tempo de regozijo e celebração. O termo “Páscoa” vem do hebraico pessach e significa “passar por cima”, uma alusão a passagem do anjo da morte sobre as casas ungidas com sangue.
Para relembrar a libertação do cativeiro, no décimo dia do mês, cada família selecionava um cordeiro, um para cada casa. O animal tinha de ser macho de um ano e não podia ter defeitos (Êx 12. 3,5,6).
No décimo quarto dia, o chefe de cada casa matava o cordeiro e o apresentava ao sacerdote, que aspergia o sangue do animal sobre o altar. O sangue também era borrifado, com um ramo de hissopo, na verga e nos umbrais da porta de entrada da casa do ofertante.
Na mesma noite, todos os familiares se reuniam e comiam a Páscoa. O cordeiro era assado, e eles o comiam com pão sem fermento e ervas amargas. Antes e depois da refeição, os israelitas cantavam o hallel: iniciavam entoando os Salmos 103 e 104 e terminavam cantando os Salmos 105 a 108.
Foi essa mesma refeição que Jesus celebrou com seus discípulos. Ao tomar o pão, dar graças e distribuí-los aos discípulos, estava se identificando com o holocausto. Ao passar-lhes o cálice de vinho, informou-lhes de que o seu sangue seria derramado para purificar a humanidade do pecado.
Jesus declarou aos discípulos: “Desejei ansiosamente comer esta Páscoa com vocês antes de sofrer” (Lc 22.15). Ele era o Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo (Ap 13.8). Muito antes que a terra fosse tomada, Ele estava aguardando esse dia, em que ia entregar a própria vida em sacrifício.
Por meio de sua morte, Jesus cumpriu a Páscoa. Como Cordeiro de Deus, foi morto, e o seu sangue foi derramado para nos redimir dos pecados. “Ele foi oprimido e afligido; e, contudo, não abriu a sua boca; como um cordeiro foi levado para o matadouro, e como uma ovelha que diante de seus tosquiadores fica calada, ele não abriu a sua boca” (Is 53.7).
O sangue do cordeiro colocado nos umbrais da porta protegeu os israelitas do anjo da morte, pois foi esse o meio que Deus usou para livrá-los do cativeiro egípcio.
O sangue de Cristo derramado na cruz e aspergido sobre a nossa vida nos purifica do pecado e nos livra da escravidão de Satanás e da morte eterna. O sangue de Cristo é a base para nossa libertação.
Não somos mais escravos do pecado, e sim filhos de Deus! Não temos mais de permanecer presos à doença, às moléstias ou à pobreza. Já fomos libertos! O sangue do Cordeiro imaculado de Deus nos libertou! Estamos livres do pecado e de suas consequências. Deus já concedeu a provisão plena para suprir todas as nossas necessidades!
A vontade de Deus é que guardemos a Páscoa. Paulo recomenda aos coríntios: “Livrem-se do fermento velho, para que sejam massa nova e sem fermento, como realmente são. Pois Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi sacrificado. Por isso, celebremos a festa, não com fermento da maldade e da perversidade, mas com os pães sem fermento, os pães da sinceridade e da verdade” (1Co 5.7,8).
O apóstolo recomendou que “celebremos a festa”, mas como fazer isso?
Jesus declarou: “Façam isto em memória de mim” (Lc 22.19). participar da Ceia do Senhor é mais que cumprir ordenança. Guardamos a festa da Páscoa aspergindo o sangue em nossa vida, pela fé. CRISTO É O NOSSO CORDEIRO PASCAL SACRIFICADO EM NOSSO LUGAR!
O “fermento velho” ao qual Paulo se refere é o pecado.
O pão sem fermento, comido durante a refeição da Páscoa com o cordeiro assado, representava a vida pura e sem pecado de Cristo. Era feito com farinha fina e assado em forma de panqueca. Durante a festa, não podia haver nenhum tipo de fermento na casa dos israelitas. Os filhos de Israel faziam uma inspeção rigorosa na despensa para ter a certeza de que não havia mais vestígio de fermento na casa.
Sabendo que o sangue de Cristo nos libertou completamente da escravidão de Satanás, devemos purificar-nos de todo o pecado. O “fermento” da maldade e da perversidade deve ser lançado fora. Da mesma forma em que não podia haver fermento na casa dos israelitas durante a Páscoa, devemos consagrar-nos a Deus e anular as obras da carne.
Assim como os israelitas comeram o cordeiro pascal e receberam força e suprimento para a sua jornada após a libertação do cativeiro do Egito, devemos buscar o nosso alimento espiritual e a nossa força – enfim, toda a nossa vida – na comunhão com o Senhor.
Guardamos a Páscoa tomando posse, pela fé, das provisões divinas: salvação, libertação, cura, força, sabedoria e tudo o mais que Ele reservou para nós!
Bíblia de Estudo – Editora Central Gospel – págs. 1329 e 1330