sábado, 26 de junho de 2021

Mesmo que você não consiga realizar...

 [...] muitas vezes, na nossa caminhada cristã, somos empurrados pela vida a situações reais totalmente diversas daquelas que consideramos ideais. Nesse momento, é fundamental preservar os valores e perceber que não há nenhuma hipocrisia em ter consciência de que algo é bom, mesmo que se falhe frequentemente em realizá-lo.

A castidade é louvável, mesmo que você não consiga manter. O casamento é valioso, mesmo que você não consiga sustentá-lo. Mentir é mau, mesmo que você tenha sido conduzido pela realidade a contar mentiras. Se, a cada vez que falharmos, nós modificarmos nossos valores para diminuir a distância entre a nossa vida iníqua e o ideal, não sobrará nenhum valor em nenhum de nós.


CAMPAGNOLO, Ana Caroline. Feminismo: perversão e subversão / Ana Campagnolo - Campinas, SP: VIDE Editorial, 2019.



sábado, 19 de junho de 2021

Ciência bíblica II

    Aqui trago mais um pequeno trecho de meu TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) em Teologia do Novo Testamento (UniCesumar - EAD)

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De acordo com o Dr. Willian L. Craig, várias fontes extra bíblicas citaram Jesus de Nazaré, incluindo escritos pagãos e judaicos. O historiador judeu Flávio Josefo citou em suas obras os sumos sacerdotes Anás e Caifás além de outros, incluindo Jesus e seu irmão Tiago. Além disso, em escavações arqueológicas recentes (1961), foi descoberto na cidade de Cesareia uma inscrição sobre Pilatos com seu nome e título;em 1990 foi descoberto o túmulo de Caifás, sumo sacerdote que presidiu o julgamento de Jesus. O Dr. Craig comenta:

 

É verdade que o Novo Testamento e o livro mais bem atestado da história antiga, tanto no que se refere à quantidade de manuscritos quanto em relação à proximidade desses manuscritos da data dos originais. (CRAIG, 2011, p.114).

 

Quanto à confiabilidade interna do Novo Testamento o especialista em Manuscritos Antigos, Sir Frederick Kenyon, citado no livro de Josh McDowell conclui:

 

O intervalo entre as datas de composição original e as mais primevas evidências se torna tão pequeno que de fato inexiste, e foi removido o último fundamento para qualquer dúvida de que as Escrituras tenham chegado até nós substancialmente do mesmo modo que foram escritas. Tanto a autenticidade quanto a integridade geral dos livros do Novo Testamento podem ser consideradas firmemente estabelecidas. (MCDOWELL, 2012, p.88).

 

            Aqui novamente a arqueologia nos traz fortes evidências sobre a veracidade e historicidade bíblica, onde os manuscritos nos mostram que não houve alteração 
 
 
 
 
Jair Tomaz e Silva Filho
 

REFERÊNCIAS

 

BÍBLIA DE ESTUDO ARQUEOLÓGICA NVI / Equipe de tradução: Claiton André Kunz, Eliseu Manoel dos Santos e Marcelo Smargiasse; Prefácio da Edição Brasileira: Luiz Sayão. – São Paulo: Editora Vida, 2013.

 

CRAIG, William L. A razão da nossa fé: respostas difíceis sobre Deus, o cristianismo e a Bíblia / William L. Craig e Joseph E. Gorra; tradução de Vitor Grando, Marcos Vasconcelos, Danny Charão, Eliel Vieira, Lucas Maria, Yago Martins, Wagner Kaba e Felipe Miguel. – São Paulo: Vida Nova, 2018.

 

CRAIG, William L. A ressurreição corpórea de Jesus. Reasonablefaith, [s.d.]. disponível em: <https://pt.reasonablefaith.org/artigos/escritos-academicos/a-ressurreicaeo-corporea-de-jesus>. Acesso em: 12 de dez. de 2020.

 

CRAIG, William L. Em guarda: defenda a fé cristã com razão e precisão / William Lane Craig; tradução de Marisa K. A. de Siqueira Lopes. São Paulo: Vida Nova, 2011.

 

CRAIG, William L. A ressurreição corpórea de Jesus. Reasonablefaith, [s.d.]. disponível em: < https://pt.reasonablefaith.org/artigos/escritos-academicos/a-ressurreicaeo-corporea-de-jesus/>Acesso em: 12 de dez. de 2020.

 

CRAIG, William L. Redescobrindo o Jesus histórico: as evidências a favor de Jesus. Reasonablefaith, [s.d.]. disponível em: <https://pt.reasonablefaith.org/artigos/escritos-academicos/redescobrindo-o-jesus-historico-as-evidencias-a-favor-de-jesus/>.Acesso em: 12 de dez. de 2020.

 

LENNOX, John C.Por que a ciência não consegue enterrar Deus. [recurso eletrônico] / John Lennox; tradução Almiro Piseta. -  1 edição. São Paulo: Mundo Cristão, 2016.

 

LOURENÇO, Adauto J. B. Gênesis 1 & 2: a mão de Deus na criação / Adauto José Boiança Lourenço – São José dos Campos, SP: Editora Fiel, 2011.

 

MCDOWELL, Josh. Mais que um carpinteiro: a história deste livro pode transformar a história da sua vida / Josh McDowell, Sean McDowell; tradução de Elizabeth Gomes – São Paulo: Hagnos, 2012.

 

STROBEL, Lee. Em defesa de Cristo: um jornalista ex-ateu investiga as provas da existência de Cristo / Lee Strobel; tradução de Antivan Guimarães Mendes, Hans UdoFux – São Paulo: Editora Vida, 2001.

 

WILLMINGTON, Harold L. Guia de Willmington para a Bíblia: Método Teológico. / tradução de Clarice Tammerik, Elizabeth Dias, Elon Canto, Fábio Roberto Lucas. -1 edição. Rio de Janeiro, 2015.

  


Ciência bíblica

 Apresento abaixo um trecho do meu Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado na pós-graduação em Teologia do Novo Testamento, na UniCesumar (EAD).

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[...] os estudiosos da Bíblia, hoje, possuem uma cópia exata dos manuscritos? Obviamente, a autenticidade e autoridade da Bíblia não podem ser estabelecidas a menos que seja sabido que as presentes cópias têm integridade. Em apoio à integridade do texto, um enorme número de documentos antigos pode ser apresentado. Para o Novo Testamento, começando com antigas versões do segundo século e fragmentos de manuscritos, e continuando com citações abundantes dos pais da igreja e milhares de cópias manuscritas daquela época até as versões modernas da Bíblia, existe praticamente uma linha intacta de testemunho. Além disso, não existem apenas incontáveis manuscritos para apoiar a integridade da Bíblia (incluindo o Antigo Testamento desde a descoberta dos manuscritos do mar Morto), mas um estudo dos procedimentos de preparo e preservação dos manuscritos bíblicos revela a fidelidade do próprio processo de transmissão. Na verdade, pode-se concluir que nenhum outro documento da antiguidade chega ao mundo moderno com tal evidência de sua integridade como acontece com a Bíblia.

No entanto essa autenticidade, atestada por vários estudos e documentos, não mostra por si só a veracidade dos fatos nela descritos. É necessário mais. Nesse sentido Luiz Sayão, na Bíblia de Estudo Arqueológica vai na mesma direção ao afirmar que a arqueologia ratificou em muito a historicidade bíblica. Segundo ele dezenas de lugares e fatos que eram contestados por críticos céticos foram comprovados pela pesquisa arqueológica. Sayão completa:

A arqueologia trouxe muita luz sobre a impressionante preservação da Bíblia. Centenas de manuscritos confirmaram que o texto bíblico foi mais preservado que qualquer outro texto antigo da humanidade. Os manuscritos do Mar Morto são a maior prova disso.

Luiz Sayão também é enfático ao afirmar o alcance dos achados arqueológicos:

É fato que os achados arqueológicos desmontaram o historicismo, o liberalismo clássico e o antissemitismo que influenciaram muito da literatura clítica do século XIX. Os paralelos entre a literatura babilônica e hitita dos séculos XVIII e XVII a.C. e o Pentateuco, por exemplo, estão confirmados.

Como exemplo das incontáveis descobertas da arqueologia citamos o texto bíblico mais antigo, apresentado assim pelo Guia de Willmington:

Em junho de 1986, arqueólogos de Jerusalém anunciaram a descoberta do texto bíblico mais antigo que já foi encontrado. Em dois pequenos amuletos de prata, estava parte do texto de Números 6.24-26. O achado, na verdade, foi feito três anos antes, em uma escavação conduzida por Gabriel Barkay, da Universidade de Tel Aviv, no terreno da Igreja Presbiteriana Escocesa, que atravessa o vale de Hinom, a partir do monte Sião e da antiga cidade de Jerusalém.

A idade do texto pode ser um prego no caixão das teorias que afirmam que o Pentateuco não foi escrito por Moisés e nem na época dele. Essas teorias, geralmente, colocam grandes partes dos primeiros cinco livros da Bíblia na época de Esdras, 400 – 500 a.C. Nesse debate, parte do argumento envolve o uso de YHWH, o nome divino de Deus (às vezes, transliterado como “Jeová”), que supostamente não esteve em uso antes de 400 – 500 a. C. Os manuscritos de prata, datados de antes de 586, contêm esse nome. Na verdade, essa foi a primeira vez em que o nome foi encontrado em escavações em Jerusalém.

Com esses dados e seus desdobramentos é possível afirmar não só a integridade bíblica, mas também sua historicidade, trazendo a luz parte de uma enorme quantidade de informações sobre a mesma. Informações essas que a maioria das pessoas não busca antes de formar opinião, e que alguns teólogos insistem na mesma atitude.

 

 Jair Tomaz e Silva Filho

   

REFERÊNCIAS

 

BÍBLIA DE ESTUDO ARQUEOLÓGICA NVI / Equipe de tradução: Claiton André Kunz, Eliseu Manoel dos Santos e Marcelo Smargiasse; Prefácio da Edição Brasileira: Luiz Sayão. – São Paulo: Editora Vida, 2013.

 

CRAIG, William L. A razão da nossa fé: respostas difíceis sobre Deus, o cristianismo e a Bíblia / William L. Craig e Joseph E. Gorra; tradução de Vitor Grando, Marcos Vasconcelos, Danny Charão, Eliel Vieira, Lucas Maria, Yago Martins, Wagner Kaba e Felipe Miguel. – São Paulo: Vida Nova, 2018.

 

CRAIG, William L. A ressurreição corpórea de Jesus. Reasonablefaith, [s.d.]. disponível em: <https://pt.reasonablefaith.org/artigos/escritos-academicos/a-ressurreicaeo-corporea-de-jesus>. Acesso em: 12 de dez. de 2020.

 

CRAIG, William L. Em guarda: defenda a fé cristã com razão e precisão / William Lane Craig; tradução de Marisa K. A. de Siqueira Lopes. São Paulo: Vida Nova, 2011.

 

CRAIG, William L. A ressurreição corpórea de Jesus. Reasonablefaith, [s.d.]. disponível em: < https://pt.reasonablefaith.org/artigos/escritos-academicos/a-ressurreicaeo-corporea-de-jesus/>Acesso em: 12 de dez. de 2020.

 

CRAIG, William L. Redescobrindo o Jesus histórico: as evidências a favor de Jesus. Reasonablefaith, [s.d.]. disponível em: <https://pt.reasonablefaith.org/artigos/escritos-academicos/redescobrindo-o-jesus-historico-as-evidencias-a-favor-de-jesus/>.Acesso em: 12 de dez. de 2020.

 

LENNOX, John C.Por que a ciência não consegue enterrar Deus. [recurso eletrônico] / John Lennox; tradução Almiro Piseta. -  1 edição. São Paulo: Mundo Cristão, 2016.

 

LOURENÇO, Adauto J. B. Gênesis 1 & 2: a mão de Deus na criação / Adauto José Boiança Lourenço – São José dos Campos, SP: Editora Fiel, 2011.

 

MCDOWELL, Josh. Mais que um carpinteiro: a história deste livro pode transformar a história da sua vida / Josh McDowell, Sean McDowell; tradução de Elizabeth Gomes – São Paulo: Hagnos, 2012.

 

STROBEL, Lee. Em defesa de Cristo: um jornalista ex-ateu investiga as provas da existência de Cristo / Lee Strobel; tradução de Antivan Guimarães Mendes, Hans UdoFux – São Paulo: Editora Vida, 2001.

 

WILLMINGTON, Harold L. Guia de Willmington para a Bíblia: Método Teológico. / tradução de Clarice Tammerik, Elizabeth Dias, Elon Canto, Fábio Roberto Lucas. -1 edição. Rio de Janeiro, 2015.

 

 

sábado, 12 de junho de 2021

Derrotando a opressão

 _ Em seu livro Race and culture, o estudioso afro-americano Thomas Sowell ressalta que em todas as grandes culturas mundiais, até a Idade Moderna, sem exceção, houve escravidão - Carson explicou. - Embora fosse muitas vezes o resultado de conquistas militares, a escravidão servia geralmente a propósitos econômicos. Não havia leis de falência naquela época, portanto, quando alguém ficava muito endividado, vendia-se a si mesmo e/ou a família ao regime de escravidão. A escravidão servia não somente como pagamento de dívida como também proporcionava trabalho. Não era necessariamente uma coisa tão ruim; era, pelo menos, uma opção de sobrevivência. Por favor, entenda-me: não estou tentando de forma alguma dar à escravidão um ar romântico. Todavia, no tempos dos romanos, havia trabalhadores subalternos que executavam tarefas próprias de escravos, mas havia outros também em funções equivalentes às de doutores, que ensinavam as famílias. A escravidão não estava associada a nenhuma raça em particular. Na escravidão americana, porém, todos os negros, e só eles, eram escravos. Esse foi um dos horrores característicos dela, o que gerou a ideia injusta de que os negros eram inferiores, contra o que muitos de nós lutamos ainda hoje. Vamos ver o que a diz Bíblia. Na sociedade judaica, a lei determinava que, no Jubileu, todos os escravos tinham de ser libertos. Em outras palavras, a cada sete anos a escravidão era abolida. Se as coisa funcionavam de fato desse jeito já é outra história, mas a ordem divina era essa, e foi nesse ambiente que Jesus cresceu. É preciso ter em mente a missão de Jesus.Basicamente, ele não veio com o objetivo de derrubar o sistema econômico romano, do qual a escravidão fazia parte. Ele veio para libertar homens e mulheres de seus pecados. É aí onde quero chegar: o que sua mensagem faz é transformar as pessoas de modo que comecem a amar a Deus de todo o seu coração, alma, mente e força, e comecem também a amar o seu próximo como a si mesmas. Naturalmente, isso tem um impacto na ideia de escravidão.

Após uma pausa, prosseguiu:

_ Veja o que diz o apóstolo Paulo em sua carta a Filemon a respeito de um escravo foragido chamado Onésimo. Paulo não diz que a escravidão deve ser abolida, porque isso simplesmente culminaria com a execução daquele escravo. Em vez disso, ele diz a Filemon que trate bem a Onésimo como um irmão em Cristo, assim como trataria o próprio Paulo. Depois, para deixar bem clara a situação, Paulo enfatiza: "Lembre-se, você deve sua vida a mim por causa do evangelho". A abolição da escravatura, portanto, ocorre pela transformação de homens e mulheres pelo evangelho, e não meramente pela mudança do sistema econômico. Todos nós já vimos o que acontece quando simplesmente se extingue um sistema econômico e se impõe uma nova ordem em seu lugar. O sonho comunista era ter um "homem revolucionário" seguido do "novo homem". O problema é que os comunistas nunca encontraram esse "novo homem". Livraram-se dos opressores dos camponeses, mas isso não lhes deu liberdade imediata: passaram apenas para um novo regime de trevas. No fim das contas, se quisermos uma mudança que perdure, temos de transformar os corações dos seres humanos. E essa era a missão de Jesus. Vale também a pena fazer a pergunta que Sowell faz: como foi que a escravidão acabou? Ele destaca que o ímpeto propulsor da abolição da escravidão foi o despertamento evangélico da Inglaterra. Os cristãos pressionaram pela abolição no Parlamento no início do século XIX e, por fim, usaram as canhoneiras inglesas para deter o tráfico no Atlântico. Cerca de 11 milhões de africanos foram levados para a América, e muitos não sobreviveram, ao passo que cerca de 13 milhões foram levados como escravos para o mundo árabe. Uma vez mais, foram os ingleses, impulsionados por pessoas cujo coração havia sido transformado por Cristo, que enviaram seus navios de guerra para o golfo Pérsico com o propósito de por um fim a isso.

A resposta de Carson Fazia sentido, não apenas historicamente, mas essa também tinha sido minha própria experiência. por exemplo, conheci anos atrás um executivo tremendamente racista que tinha uma atitude superior e arrogante em relação a qualquer pessoa de outra cor. Ele raramente se esforçava para esconder seu desprezo pelos afro-americanos, deixando que essa bile preconceituosa transbordasse em piadas cruéis e observações cáusticas. Não havia argumento capaz de fazê-lo mudar suas opiniões repugnantes.

 Foi então que se tornou seguidor de Jesus. Observei surpreendido como suas atitudes, perspectivas e valores iam mudando com o passar do tempo, à medida que seu coração era renovado por Deus. Por fim, ele se deu conta de que não poderia abrigar nenhuma indisposição em relação a quem quer que fosse, uma vez que a Bíblia ensina que todas as pessoas foram feitas à imagem de Deus. Hoje posso dizer com toda a sinceridade que ele é verdadeiramente solícito e aberto às pessoas, inclusive as que são deferentes dele.

Não foi a lei que o transformou. O raciocínio não o modificou. Apelos emocionais não o mudaram. Elee conta a todos que Deus o transformou de dentro para fora, de um modo decisivo, completo e permanente. esse é apenas um exemplo dentre muitos. Eu vi o poder do evangelho sobre o qual Carson estava falando: o poder que transforma corações rancorosos e vingativos em filantropos, egoístas empedernidos em doadores misericordiosos, amantes do poder em servos generosos e gente que explora o próximo, por meio da escravidão ou de outra forma de opressão, em gente de coração acolhedor.

Isso vai ao encontro do que o apóstolo Paulo diz em Gálatas 3.28: "Não há judeu nem grego, escravo nem livre, homem nem mulher; pois todos são um em Cristo Jesus".

 

Em defesa de Cristo: um jornalista ex-ateu investiga as provas da existência de Cristo / Lee Strobel; tradução de Antivas Guimarães Mendes, Hans Udo Fuchs. - São Paulo: Editora Vida.

 

 

sábado, 5 de junho de 2021

Método científico

 [O] método científico meramente mostra (o que eu conheça jamais negou) que se os milagres de fato ocorreram, a ciência, como ciência, não pode provar, nem negar, a ocorrência deles. Aquilo em que não se pode confiar para recorrer não é assunto para a ciência: é por isso que a História não é considerada ciência. Não se pode constatar o que Napoleão fez na batalha de Auterlitz pedindo-lhe que venha e realize outra vez vez a batalha num laboratório com os mesmos combatentes, no mesmo campo de batalha, com as mesmas condições climáticas e na mesma época. É preciso ir aos registros. Com efeito, não provamos que a ciência exclui os milagres: provamos apenas que a questão dos milagres, como inúmeras outras, exclui o tratamento laboratorial.

C S Lewis

Fundamentos Inabaláveis - Norman Geisler