Apresento abaixo um trecho do meu
Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado na pós-graduação em Teologia
do Novo Testamento, na UniCesumar (EAD).
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[...] os estudiosos da Bíblia, hoje, possuem uma cópia exata dos manuscritos? Obviamente, a autenticidade e autoridade da Bíblia não podem ser estabelecidas a menos que seja sabido que as presentes cópias têm integridade. Em apoio à integridade do texto, um enorme número de documentos antigos pode ser apresentado. Para o Novo Testamento, começando com antigas versões do segundo século e fragmentos de manuscritos, e continuando com citações abundantes dos pais da igreja e milhares de cópias manuscritas daquela época até as versões modernas da Bíblia, existe praticamente uma linha intacta de testemunho. Além disso, não existem apenas incontáveis manuscritos para apoiar a integridade da Bíblia (incluindo o Antigo Testamento desde a descoberta dos manuscritos do mar Morto), mas um estudo dos procedimentos de preparo e preservação dos manuscritos bíblicos revela a fidelidade do próprio processo de transmissão. Na verdade, pode-se concluir que nenhum outro documento da antiguidade chega ao mundo moderno com tal evidência de sua integridade como acontece com a Bíblia.
No entanto essa autenticidade, atestada por vários estudos e documentos, não mostra por si só a veracidade dos fatos nela descritos. É necessário mais. Nesse sentido Luiz Sayão, na Bíblia de Estudo Arqueológica vai na mesma direção ao afirmar que a arqueologia ratificou em muito a historicidade bíblica. Segundo ele dezenas de lugares e fatos que eram contestados por críticos céticos foram comprovados pela pesquisa arqueológica. Sayão completa:
A arqueologia trouxe muita luz sobre a impressionante preservação da Bíblia. Centenas de manuscritos confirmaram que o texto bíblico foi mais preservado que qualquer outro texto antigo da humanidade. Os manuscritos do Mar Morto são a maior prova disso.
Luiz Sayão também é enfático ao afirmar o alcance dos achados arqueológicos:
É fato que os achados arqueológicos desmontaram o historicismo, o liberalismo clássico e o antissemitismo que influenciaram muito da literatura clítica do século XIX. Os paralelos entre a literatura babilônica e hitita dos séculos XVIII e XVII a.C. e o Pentateuco, por exemplo, estão confirmados.
Como exemplo das incontáveis descobertas da arqueologia citamos o texto bíblico mais antigo, apresentado assim pelo Guia de Willmington:
Em junho de 1986, arqueólogos de Jerusalém anunciaram a descoberta do texto bíblico mais antigo que já foi encontrado. Em dois pequenos amuletos de prata, estava parte do texto de Números 6.24-26. O achado, na verdade, foi feito três anos antes, em uma escavação conduzida por Gabriel Barkay, da Universidade de Tel Aviv, no terreno da Igreja Presbiteriana Escocesa, que atravessa o vale de Hinom, a partir do monte Sião e da antiga cidade de Jerusalém.
A idade do texto pode ser um prego no caixão das teorias que afirmam que o Pentateuco não foi escrito por Moisés e nem na época dele. Essas teorias, geralmente, colocam grandes partes dos primeiros cinco livros da Bíblia na época de Esdras, 400 – 500 a.C. Nesse debate, parte do argumento envolve o uso de YHWH, o nome divino de Deus (às vezes, transliterado como “Jeová”), que supostamente não esteve em uso antes de 400 – 500 a. C. Os manuscritos de prata, datados de antes de 586, contêm esse nome. Na verdade, essa foi a primeira vez em que o nome foi encontrado em escavações em Jerusalém.
Com esses dados e seus desdobramentos é possível afirmar não só a integridade bíblica, mas também sua historicidade, trazendo a luz parte de uma enorme quantidade de informações sobre a mesma. Informações essas que a maioria das pessoas não busca antes de formar opinião, e que alguns teólogos insistem na mesma atitude.
Jair Tomaz e Silva Filho
REFERÊNCIAS
BÍBLIA DE ESTUDO
ARQUEOLÓGICA NVI / Equipe de tradução: Claiton André Kunz, Eliseu Manoel dos
Santos e Marcelo Smargiasse; Prefácio da Edição Brasileira: Luiz Sayão. – São
Paulo: Editora Vida, 2013.
CRAIG, William L. A razão da nossa fé: respostas difíceis
sobre Deus, o cristianismo e a Bíblia / William L. Craig e Joseph E. Gorra;
tradução de Vitor Grando, Marcos Vasconcelos, Danny Charão, Eliel Vieira, Lucas
Maria, Yago Martins, Wagner Kaba e Felipe Miguel. – São Paulo: Vida Nova, 2018.
CRAIG, William L. A ressurreição corpórea de Jesus.
Reasonablefaith, [s.d.]. disponível em: <https://pt.reasonablefaith.org/artigos/escritos-academicos/a-ressurreicaeo-corporea-de-jesus>.
Acesso em: 12
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CRAIG, William L. Em guarda: defenda a fé cristã com razão e
precisão / William Lane Craig; tradução de Marisa K. A. de Siqueira Lopes.
São Paulo: Vida Nova, 2011.
CRAIG, William L. A ressurreição corpórea de Jesus. Reasonablefaith,
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https://pt.reasonablefaith.org/artigos/escritos-academicos/a-ressurreicaeo-corporea-de-jesus/>Acesso
em: 12 de dez. de 2020.
CRAIG, William L. Redescobrindo o Jesus histórico: as
evidências a favor de Jesus. Reasonablefaith, [s.d.]. disponível em: <https://pt.reasonablefaith.org/artigos/escritos-academicos/redescobrindo-o-jesus-historico-as-evidencias-a-favor-de-jesus/>.Acesso em: 12 de dez. de 2020.
LENNOX, John C.Por que a ciência não consegue enterrar
Deus. [recurso eletrônico] / John Lennox; tradução Almiro Piseta. - 1 edição. São Paulo: Mundo Cristão, 2016.
LOURENÇO, Adauto J.
B. Gênesis 1 & 2: a mão de Deus na
criação / Adauto José Boiança Lourenço – São José dos Campos, SP: Editora
Fiel, 2011.
MCDOWELL, Josh. Mais que um carpinteiro: a história
deste livro pode transformar a história da sua vida / Josh McDowell, Sean
McDowell; tradução de Elizabeth Gomes – São Paulo: Hagnos, 2012.
STROBEL, Lee. Em defesa de Cristo: um jornalista ex-ateu
investiga as provas da existência de Cristo / Lee Strobel; tradução de
Antivan Guimarães Mendes, Hans UdoFux – São Paulo: Editora Vida, 2001.
WILLMINGTON, Harold
L. Guia de Willmington para a Bíblia:
Método Teológico. / tradução de Clarice Tammerik, Elizabeth Dias, Elon
Canto, Fábio Roberto Lucas. -1 edição. Rio de Janeiro, 2015.