terça-feira, 24 de maio de 2016
segunda-feira, 23 de maio de 2016
terça-feira, 17 de maio de 2016
A EXTINÇÃO DO SÁBADO
Atendendo a pedidos...
-- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- -- --
A EXTINÇÃO DO SÁBADO
O profeta
Oséias capítulo 2.11, prediz a abolição de todas as solenidades, incluindo, é
evidente o sábado do Senhor Lv 23.3, por ser também cerimonial como as demais
festas:
“E farei cessar todo o seu gozo, as suas festas, as
suas luas novas, e os seus sábados, e todas as suas solenidades”.
O anúncio
profético de Oséias se cumpriu em Jesus Cristo e, por isso, no Novo Testamento
se encontra um texto afim, isto é, sobre o mesmo assunto, do texto do profeta.
Com efeito,
Paulo Apóstolo aos crentes de Colossos recomenda cuidado para que não se tornem
presas dos pregadores de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos
homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo.
“Portanto,
ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos DIAS DE FESTAS,
ou da LUA NOVA, ou dos SÁBADOS, Que são SOMBRAS DAS COISAS FUTURAS, mas o corpo
é de Cristo” (Cl 2.16-17).
Estas
Escrituras, a de Oséias e a de Paulo, a primeira anunciando a futura abolição
do sábado e a segundo o fato consumado da extinção dele, merecem, por serem de
suma importância, exame detido e pormenorizado.
Nossa
pesquisa, destituída de qualquer juízo temerário e preconcebido, e com
propósito de submissão incondicional à Vontade Soberana de nosso Deus.
Parte
integrante do regime de sombras e das figuras do Velho Testamento, o sábado
estava fadado a ser abolido com o aparecimento da Realidade em Jesus Cristo,
porquanto a Nova Aliança em Jesus Cristo ultrapassa a Antiga Lei.
No contexto da
vigência da Lei os judeus viviam debaixo da sombra dos bens futuros (cf. Hb
10.1). Ao consumar no calvário a obra objetiva da Redenção, Jesus Cristo, Luz
do mundo, extinguiu todas as sombras e n’Ele se consumaram todas as figuras.
Extintas as
sombras e consumadas as figuras, o sábado também caducou porque das sombras e
das figuras faziam parte.
1.
Na Escritura
de Oséias leio “SEUS SÁBADOS”.
Em outras passagens encontro o Senhor
aludindo a esse dia da semana com o pronome possessivo na primeira pessoa: “MEUS sábados” (cf. Ex 31.13; Ez 20.12, 13, 16, 20, 21;
22.8, 26. 23.28). “MEUS sábados”, disse Deus, por serem eles “DO SENHOR” (cf. Lv
23.3; Dt 5.14).
O profeta Oséias, contudo, diz: “SEUS sábados”.
O pronome possessivo, embora em ambos os
casos esteja no plural, encontra-se em diferentes pessoas. Por quê?
Será que ao dizer “MEUS sábados” Deus aludia ao sábado semanal e ao dizer Os
2.11 “SEUS sábados” se
referia às festas anuais?
Estudando o hebraico o pronome MEUS e SEUS naquelas locuções não invalida a profecia de Os 2.11 quanto à abolição
do sábado semanal.
Se o sábado é
o SINAL de uma aliança, ou pacto entre Deus e o povo israelita atribui-se-lhe,
logicamente, o aspecto de bilateralidade. Concerto ou aliança é um contrato. E
todo o contrato é bilateral, isto é, exige o cumprimento de condições para
ambas as partes concertantes ou contratantes e concede regalias a ambas também.
Então a Aliança ou Concerto pertence a Deus e a Israel. É de Deus e do povo.
Quando alguém
aluga uma casa faz com o locador (proprietário) um contrato (uma aliança)
verbal ou escrito.
Nessa aliança
há obrigações e direitos para as duas partes contratantes: o locador e o
locatário.
O imóvel, de
direito, continua propriedade do locador, mas, na vigência da locação, o
inquilino considera a casa como sua, também de direito. Então, o proprietário,
quando conversa com o seu inquilino ou com outra pessoa acerca daquele imóvel,
pode dizer: MINHA casa e SUA casa.
Circunstância
semelhante ocorre com o sábado hebdomadário, o “SINAL” entre Deus e o
povo Israel. Era do Senhor e era dos judeus.
Em Lv 23
encontro o sábado semanal incluído entre as solenidades do Senhor: “estas
são as MINHAS solenidades” (v. 2):
“Fala
aos filhos de Israel, e dize-lhes: As solenidades do SENHOR, que convocareis,
serão santas convocações; estas são as minhas solenidades:” (v
2.)
O Sábado
(v.3),
A páscoa (vv.
4-8),
As primícias
(vv. 9-22),
A dos
tabernáculos (vv. 24, 34-36, 39-43),
O dia da
expiação (vv. 27-32).
E as festas
anuais (vv. 4 ss).
Estas solenidades
todas, inclusive o sábado semanal, nos vv. 4 e 37 são chamadas de “solenidades
do Senhor”.
No v. 2 Deus
designa todas as solenidades: o sábado semanal e as festas anuais com o pronome
possessivo na primeira pessoa “MINHAS solenidades”.
Os sábados
pré-figurativos (as festas anuais) foram também cognominadas por Deus de
propriedade d’Ele, valendo-se da primeira pessoa no possessivo.
Se as festas
anuais são prefigurativas e, portanto, cerimoniais, o sábado semanal também o
é. Por conseguinte também ele é cerimonial e sujeito à caducidade, à abolição
como sombra dentre as outras sombras ritualísticas judaicas.
Se o sábado
semanal é uma prescrição moral da Lei e, por isso, não pode ser extinto, por
ser em vários lugares das Escrituras chamado por Deus de “MEUS sábados”,
teremos que admitir situação semelhante para os sábados SOLENES, o ano sabático
e o ano jubileu.
Naquele tempo
havia o sábado septenário e o sábado jubileu. Depois de seis anos consecutivos
de trabalho o sétimo era de repouso total. E também depois de 49 anos de
trabalho o quinquagésimo era de descanso completo.
Deveriam ser
estes dois sábados (o septenário e o do jubileu) também prescrição moral porque
também eram do Senhor, O sábado septenário era “um sábado do Senhor”
(Lv. 25.2 e 4). O sábado cinquentenário também era do Senhor porque a Ele
santificado (cf. Lv. 25: 10 e 12).
Nesse caso,
deveríamos guardar para sermos coerente o sábado septenário e o sábado cinquentenário.
Se o sábado hebdomadário [derivado do grego hebdómada = semana], por haver sido
chamado por Deus de “MEUS sábados” é uma disposição moral da Lei
eterna, o septenário e o cinquentenário de semelhante maneira o são.
Ora, os
próprios respeitadores do sábado semanal admitem que o septenário e o cinquentenário
foram abolidos. Portanto, a coerência nos leva a aceitar a extinção também do
sábado hebdomadário.
No capítulo 26
de Levítico deparo as expressões alusivas ao sábado em três pessoas diferentes:
primeira do singular, terceira e primeira do plural: “MEUS sábados”
(v. 2); “SEUS sábados” (vv. 34 e 43) e “VOSSOS sábados”
(v. 35).
Lendo os
Evangelhos encontro Jesus a usar esta expressão: “MEU Pai e VOSSO Pai;
MEU Deus e VOSSO Deus” (Jo 20.17).
Se os sábados
chamados por Deus de “MEUS sábados” e os chamados por Os. 2.11 e
Lv 26.34, 43 de “SEUS sábados” e “VOSSOS sábados”
de Lv 26.35 são diferentes, isto é, essas locuções não designam o mesmo sábado
semanal, aquele PAI mencionado por Jesus como “MEU Pai” é
diferente do PAI também mencionado por Jesus com a locução de: “VOSSO
Pai”.
Só porque
mudou a pessoa do pronome possessivo, também mudou o PAI? Claro que não!
Quanto ao
Templo encontro da mesma forma o emprego do pronome possessivo em diferentes
pessoas. Em Is 56.7 Deus chama de “MINHA casa” e Jesus de: “VOSSA
casa” (Mt 23.38). São, porventura, templos diferentes? Um de Deus e o
outro dos judeus?
Igual
circunstância ocorre com os sacrifícios. Em Nm 28.3, 6 encontro a menção de
sacrifícios ofertas ao Senhor. Em Lv 10.13 encontro: “ofertas queimadas
do Senhor“. Esses sacrifícios, essas ofertas, esses holocaustos, do
Senhor, em Dt 12.6 são chamados de: “VOSSOS sacrifícios“. Em Is
42.23-24 são designados por “TEUS sacrifícios”.
Deixam de ser
os mesmos sacrifícios, as mesmas ofertas, os mesmos holocaustos?
Em Lv 23.2 eu
me deparo com a referência: “as MINHAS solenidades“ e em Is 1.14:
“as VOSSAS solenidades“. Por acaso não são idênticas às
solenidades?
A mudança de
pessoa no pronome em todos esses exemplos não alterou em nada a unicidade do
objeto. O Pai, o Templo, os sacrifícios e as solenidades são sempre os mesmos.
Haveria de ocorrer mudança só no sábado?
Portanto, é
evidente serem os mesmos os sábados mencionados por Os 2.11 com a locução “SEUS
sábados” e por Ezequiel 20.12,13 com “MEUS sábados”.
Neste caso, como nos outros aludidos, a alteração das pessoas do pronome
possessivo não muda o objeto do assunto.
2.
Alegar-se serem os sábados mencionados por Oséias e por Paulo nos textos em
exame simplesmente alusivos às festas anuais, sem nada a ver com o sábado da
semana é querer fechar os olhos à realidade da Revelação Divina.
Algumas
considerações sensatas nos levarão à certeza de que aqueles sábados aludidos
por Oséias e pelo Apóstolo são os sábados do descanso do sétimo dia e não os
sábados, sinônimos das festas anuais.
A. No calendário
israelita encontram-se varias festas anuais: a da páscoa em conjunto com a dos
asmos, a das semanas ou das colheitas ou de pentecostes, a dos tabernáculos (as
três maiores e mais solenes), a do dia da expiação (Yom Kippur), a da dedicação
ou das luzes e a festa do Purim.
Essas festas
duravam dias seguidos e é lógico que se incluía no seu decorrer o sábado
semanal (cf. Lv 23.11, 15, 16). Cognominá-las de sábados anuais por esse motivo
não tem sentido.
Ocorre,
todavia, por parte dos guardadores do sábado o recurso a algumas versões
portuguesas da Bíblia baseadas da Vulgata de Jerônimo que transliterou para o
latim o SHABATH hebraico. Essas versões como a dos clérigos romanistas, a de
Matos Soares e a de Figueiredo, em lugar de repouso, que seria a tradução certa
de SHABATH, puseram sábado.
Figueiredo em
Lv 23.24 onde se refere à festa de pentecostes, seguindo a Vulgata,
simplesmente transliterou o SHABATH hebraico: “O sétimo mês, o primeiro dia do
mês será para vós um SÁBADO e uma recordação”.
João Ferreira
de Almeida, contudo, traz a versão correta “Fala aos filhos de Israel,
dizendo: No mês sétimo, ao primeiro do mês, tereis DESCANSO, memorial com
sonido de trombetas, santa convocação”.
Ainda, Lv
23.39 alude à festa dos tabernáculos e a simples transliteração de SHABATH
serve de deturpação das Escrituras de Oséias e de Paulo: “...no dia quinze do
sétimo mês...celebrareis as festas do Senhor...o primeiro e o oitavo dia vos
será sábado”, é a tradução-transliteração do romanismo, sempre interessado em
ocultar e, pior, deturpar a Revelação Divina.
Almeida foi
coerente com a tradução: “no primeiro dia haverá DESCANSO, e no oitavo
dia haverá DESCANSO.”, embora esse dia oitavo pudesse cair em qualquer
dia da semana, não coincidindo assim com o sábado semanal.
Quanto ao dia
anual da expiação procedem de igual maneira os interessados na sustentação do
sábado semanal a ser observado como prescrição moral.
Do v. 32 de Lv
23, em Almeida a tradução é: ”Sábado de descanso vos será;”,
sendo contudo esse dia o décimo do sétimo mês (v. 27).
Nada crucial
seria se ele houvesse traduzido de verdade “descanso de descanso”, é uma força
de expressão literária a repetição de um mesmo nome ou de uma forma abstrata em
lugar de nome concreto, equivalente ao superlativo com na expressão bíblica
“vaidade das vaidades”. “Descanso de descanso” significa repouso completo,
absoluto, superlativo.
SHABATH
SHABATON (=sábado do sábado, sábado do descanso, sábado sabático) de Êx 31.15;
35.2; Lv 16.31 significa absoluto repouso, descanso superlativo. É essa locução
encontrada ainda em Lv 23 nos seguintes versículos: 3 (alusivo ao sábado
semanal) e 32 (ao dia da expiação).
O recurso de
transliteração de SHABATH, portanto, invalida a ambição de se considerarem
sábados anuais as festas do calendário litúrgico israelita.
3. A
palavra “SÁBADOS”, no plural, dos textos do profeta Oséias e do Apóstolo Paulo
designa mesmo o sétimo dia da semana, que era cerimonial com já verificamos à
luz das razões alinhadas.
Esses SÁBADOS
de modo algum significam “sábados anuais” ou festas anuais, pelo fato de se
encontrarem no plural.
E chegamos a
esta conclusão mediante o argumento “ad hominem”, isto é, o argumento
usado pelo próprio adversário.
Se a festa da
páscoa é chamada de sábado anual, se a festa de pentecostes é chamada de sábado
anual, se a festa dos tabernáculos é chamada de sábado anual, se a festa da
expiação é chamada de sábado anual, esses sábados, sábados festivais anuais,
são chamados de “FESTAS”, como, de resto, querem os próprios interessados na
permanência do sábado semanal.
Então, à luz
das próprias Escrituras são chamados “FESTAS”. Voltemos ao capítulo 23 de
levítico, onde encontramos a confirmação de nossa assertiva.
Quanto á
páscoa, no v. 6, diz: “E aos quinze dias deste mês é a FESTA dos pães
ásmos do SENHOR...”.
Quanto à dos
tabernáculos no v.34: “...Aos quinze dias deste mês sétimo será a FESTA
dos tabernáculos ao SENHOR por sete dia”.
Nos vv. 2 e 37
todas as FESTAS antes mencionadas (páscoa, pentecostes, etc.) são chamadas “SOLENIDADES
DO SENHOR”. “Estas são as solenidades do SENHOR, que apregoareis
para santas convocações, para oferecer ao SENHOR oferta queimada, holocausto e
oferta de alimentos, sacrifício e libações, cada qual em seu dia próprio”
(v. 37).
Todo o
ritualismo sublinha o aspecto das SOLENIDADES, sinônimo de FESTAS.
Aliás, os
defensores do sábado semanal como disposição moral da Lei em caráter
permanente, dizem que, sem se confundirem com os sábados semanais, os sábados
festivais anuais estão incluídos nas “FESTAS” que os abrangem a todos.
Assim procedem
para fugir do ensino de Oséias e de Paulo quanto à cessação do sábado semanal
como prescrição moral, alegando que os sábados aludidos por esses escritores
são as “festas” anuais dos israelitas, portanto, são os sábados cerimoniais.
Autor:
Dr. Aníbal Pereira dos Reis. A GUARDA DO SÁBADO. Capítulo 6/24. Edições “Caminho
de Damasco”. São Paulo, 1977.
https://pastoreliasribas.blogspot.com.br/2013/06/a-extincao-do-sabado.html
...para que em tudo em Ti confie...
Guia-me pra que em tudo em Ti confie...
Sobre as águas eu caminhe...
Por onde quer que chames...
Leva-me mais fundo do que já estive...
E minha fé será mais firme Senhor, em tua presença!
(da música Oceanos)
sábado, 14 de maio de 2016
NÃO
...NÃO, não há nada que você possa fazer para que Deus te ame menos!!!...
...e, NÃO, não há nada que você possa fazer para que Deus te ame mais!!!
segunda-feira, 25 de abril de 2016
em comemoração ao 6º Niver do Blog ocorrido no dia 15/04
Fale com Ele... Deus vai mudar sua vida!!!!
Viagem da Oração
Katsbarnea
Ao abrir da minha boca
Sem o interferir da minha emoção
Elevo meus pensamentos, pra trás fica o velho homem
Sinto-me forte, tenho voz de trovão.
Olho para os céus
Vejo pássaros em pleno vôo
Muitos a busca de um verão,
Outros apenas para acabar com a solidão...
Mas eu conheço um vôo, viagem profunda
Caminho brilhante, viagem da oração.
Viajo numa dimensão, tiro meus pés do chão
Sinto um calor suave,
É a voz de Deus que fala comigo...
Estrada até então desconhecia,
Sou pessoa, sou gente, em mim reina a vida...
Digo alto a toda multidão:
Quem quiser ser livre e vivo
Precisa ouvir a voz de Deus
No centro do seu coração...
terça-feira, 2 de fevereiro de 2016
A bíblia ensina a reencarnação?
A resposta é, simplesmente não. Quando proponentes da reencarnação alegam que certos textos bíblicos ensinam a preexistência da alma ou a reencarnação, estão abordando tais textos superficialmente, e as suas interpretações se dissolvem sob um escrutínio mais intenso.
A reencarnação (hinduísmo) ou o renascimento (budismo) é parte da filosofia oriental. Na Bhagavad Gita, Krishna fala que "passou por muitos nascimentos", e o que colhemos nesta vida (Karma) resulta do que semeamos em vidas passadas. Contudo, razões bíblicas, teológicas e filosóficas minam a reencarnação.
Se uma pessoa reconhece a autoridade e a narrativa da Bíblia, prontamente reconhecerá que a doutrina oriental da reencarnação é inaceitável. Muitos que afirmam que a reencarnação aparece na bíblia continuam crendo na reencarnação, de qualquer maneira, com ou sem o respaldo da bíblia. Eles veem a reencarnação em versículos isolados (como declaração sobre "nascer de novo", em João 3), sem respeitar o contexto bíblico ou a perspectiva do autor. Ao fazer isto, não respeitam o texto bíblico como gostariam de ver os seus próprios textos orientais respeitados. (E se nós lêssemos ressureição corpórea em seus textos?)
Cada um de nós deve morrer e então ser julgado por Deus (Hb 9.27). Quando Deus disse a Jeremias que Ele o conhecia antes que ele se formasse no ventre de sua mãe (Jr 1.5), isto não demonstra preexistência nem reencarnação, somente indica a presciência e soberania de Deus. Observe que Jeremias não disse: "Antes que eu me formasse no ventre de minha mãe, eu te conheci, Deus". Isto consistiria de um caso persuasivo em favor da preexistência! Além disto, a pergunta dos discípulo, se o homem cego de nascença tinha pecado antes do nascimento (Jo 9.2), não expressa reencarnação, mas, na verdade, reflete a crença rabínica de que um feto poderia pecar enquanto estava no útero de sua mãe (cf. Genesis Rabbah 63.6).
Adicionalmente, o evento historicamente confirmável da ressurreição corpórea de Jesus mina a reencarnação. A visão bíblica da vida após a morte é radicalmente diferente da visão das filosofias orientais. A verdadeira imortalidade não é a erradicação ou "extinção" (mokska) do ser, nem sua absorção pelo Brahman, como uma gota no oceano. Receber imortalidade é receber um corpo físico imortal e incorruptível (! Co 15.53, 54). É um corpo espiritual (isto é, um corpo animado sobrenaturalmente pelo Espírito Santo), em lugar de um corpo natural (animado por uma alma humana). A imortalidade significa estar para sempre em união com Deus, e viver na presença de Deus com este novo corpo, no novo céu e na nova terra - sem perder a identidade individual.
Teologicamente, a graça e o perdão de Deus minam o karma. Nós não precisamos suportar a pesada carga da culpa e da vergonha, porque Jesus Cristo a absorveu toda por nós. E se a reencarnação for verdade, por que ajudar os não privilegiados? Eles não estão recebendo o que merecem - ou seu karma?
Apesar de supostas "evidências" em favor da reencarnação, os argumentos que afirmam que uma pessoa viveu vidas anteriores podem ser explicadas por atividade demoníaca (At 16.16-18). Uma pessoa que tem acesso a informações sobre a vida anterior de outra pessoa não quer dizer que esta foi sua própria vida. Um médium pode afirmar ter conhecimento de um crime, mas isto não significa que ele o cometeu!
São muitos os problemas filosóficos com a reencarnação: (1) Os que se "lembram" de vidas passadas tendem a estar concentrados no Oriente (onde se ensina a reencarnação), e não por todo o mundo (como poderíamos esperar); (2) Se nós nos esquecemos de nossas vidas passadas, qual é o propósito da reencarnação para o aprimoramento próprio? (3) Supondo que a reencarnação existisse (com uma série passada infinita de renascimentos), então todos nós teríamos tempo abundante para alcançar a perfeição. Por que não a temos? (4) A reencarnação não soluciona o problema do mal, como afirmam alguns, mas apenas o adia infinitamente (e, em algumas escolhas de pensamento orientais, o mal é apenas uma ilusão); (5) A reencarnação torna incoerente a noção oriental do monismo, que afirma que todas as coisas são uma só, sem distinção, pressupondo distinções entre (a) almas individuais, (b) os karmas de almas individuais que ainda não alcançaram esclarecimento, (c) os esclarecidos e não não esclarecidos, e (d) almas individuais e aquele (a realidade suprema).
Paul Copan
Assinar:
Postagens (Atom)