sábado, 15 de fevereiro de 2020

#reencarnação

Uma das maiores ofensas para o orgulho humano é a salvação pela graça. Descobrir que não existe nenhum meio de se redimir e ser obrigado a confiar na misericórdia de alguém constitui uma ofensa para o orgulho humano. É mais cômodo para o homem procurar um meio para pagar pelas suas ofensas e pecados do que receber alguma coisa de graça. Por isso, a teoria da reencarnação tem um apelo tremendo ao orgulho humano. O apelo do espiritismo está na sua aparência "racional", dando oportunidade ao homem pagar pelos seus erros e se autorredimir, fornecendo ainda uma aparente explicação ao problema do sofrimento e da injustiça.

É triste ver o ser humano satisfazendo-se com a explanação barata de que se está, nesta vida, pagando pelas falhas e pecados do passado (de gerações anteriores) através do sofrimento; ou, através de uma boa vida, desfrutando de prêmios pelas virtudes da reencarnação anterior.

Ainda que seja aparentemente "racional" e muito antiga, a doutrina da reencarnação é uma das maiores ilusões e mentiras do diabo. Ela é frontalmente contrária ao que Deus preparou para o ser humano: ela invalida totalmente o que Deus proveu aos homens, através de Cristo. A teoria da reencarnação despreza e nulifica totalmente o que Deus fez na cruz do Calvário, através de Jesus Cristo. A verdade central da Bíblia, a encarnação do próprio Deus na forma humana, sua morte expiatória e ressurreição, é esquecida. Essa doutrina Nega totalmente a revelação em Cristo Jesus.


Neusa Itioka.



sábado, 8 de fevereiro de 2020

Cristo segundo as escrituras

O fato de abordarmos a Bíblia com expectativas e pré-entendimentos próprios não significa que a leitura da Escritura esteja presa na gaiola de nossa própria subjetividade ou aprisionada incorrigivelmente nas tradições em que fomos criados. A própria Escritura oferece “caminhos” próprios, convidando-nos a entrar no texto. São caminhos que confirmam e desafiam as formas nas quais a abordamos. Os que estão procurando encontram, mas nem sempre encontram exatamente o que pensavam que encontrariam. A convergência de todos esses caminhos está na pessoa de Cristo, pois Ele mesmo é o único “Guia” de seu povo (Mt 23.10, ARA) e o único “caminho” ao Pai (Jo 14.6). Mas a presença de Cristo na junção de todos os caminhos das Escrituras não elimina a necessidade de caminhos próprios. Não existe verdadeiro conhecimento de Cristo que não seja “segundo as Escrituras”, assim como não existe verdadeiro conhecimento das Escrituras que não esteja de acordo com Cristo. Nossa abordagem às Escrituras, e não apenas a primeira abordagem, mas todo o conjunto de propósitos e expectativas com que voltamos às Escrituras todos os dias, precisam ser testados e renovados pelas próprias Escrituras, para que nossos pés andem pelos caminhos que as Escrituras abrem para nós.

Hermenêutica - David Starling



sábado, 1 de fevereiro de 2020

#Jesus ensinou assim.

Estes dias ouvi um "famoso" pregador, na verdade nem tão famoso assim. Famoso apenas em seu próprio reino, falando sobre a graça de Deus. Mas na mensagem ele dizia: "Na nova aliança nossos pecados já estão perdoados, tantos os pecados do passado como os do futuro. Então quando você ora: Deus me perdoe... Deus responde: Eu não sei do que você esta falando... em Cristo eu já te perdoei! ALELUIA! Não existe mais pecado."

Nesse mesmo vídeo a igreja vibrava e os comentários no Youtube eram: UAU!!!!
Mas o problema desse tipo de mensagem cada vez mais comum é gerar um sentimento no coração naqueles que a ouvem que a santificação é algo desnecessário, uma vez que "todos" pecados já estão  perdoados e que não temos responsabilidade sobre eles.

Esse pensamento é tão absurdo e fraco que se considerarmos o que a própria Bíblia diz sobre perdão já podemos refutar essa ideia.

Jesus nos ensinou a orar assim: (Mt 6.9-15) Ou Jesus estava errado em dizer "Pai, perdoa-nos"?

Simão, o que quis comprar o dom de deus é instruído a pedir perdão a Deus (At 8.17-24).

Quando confessamos nossos pecados uns aos outros e oramos uns pelos outros somos perdoados (Tg 5.14-16).

Se confessarmos nossos pecados, Deus é fiel e justo para nos perdoar e nos purificar (1 Jo 1.9).

O que não confessa o pecado a Deus não prospera, mas o que confessa e deixa alcança misericórdia (PV 28.13).

Ahhhh mas esse está na velha aliança, vão dizer... porém, "toda a escritura é divinamente inspirada e proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça, para que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente preparado para toda boa obra". (2 Tm 3.16, nova aliança). Portanto, sustentar uma doutrina como essa baseado unicamente nos textos do apóstolo Paulo é abusar da hermenêutica. Mas hermenêutica e escola bíblica estão faltando para esse povo.

Arrependimento produz frutos visíveis, dentre os quais está o abandono dos pecados (At 26.19-20). PRONTO!! Nova Aliança... ou o livro de Atos foi escrito por Moisés?

Então antes que eles citem o famoso versículo da graça eu meso o farei: "Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; dão de obras, para que ninguém se glorie. Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas" (Ef 2.8-10).

Para que a salvação não seja pelas nossas obras, Deus nos  preparou de antemão para que andemos em boas obras, afinal, a fé sem obras é morta e não excede a fé dos demônios (Tg 2.14-20).

Obras não salvam e isso não é novidade mas o que o povo que segue essa teoria parece esquecer é que todo salvo deve produzir as boas obras e buscar santificação.

Então queridos, antes de sairmos por ai aplaudindo heresias, vamos estudar a Bíblia.

Outra coisa... justiça, justificação e santidade são coisas diferentes, ok?



Heber Costa Mendes



sábado, 25 de janeiro de 2020

#Cientificismo

Uma coisa é sugerir que a ciência não pode responder a questões sobre o propósito final. Outra coisa completamente diferente é descartar o propósito em si como uma ilusão porque a ciência não consegue lidar com ele. E, mesmo assim, Atkins está, de forma simples, levando seu materialismo a uma conclusão lógica — ou talvez não exatamente. No fim das contas, a existência de um “monturo de esterco” pressupõe a existência de criaturas capazes de produzir esterco! Bastante esquisito então pensar no esterco produzindo as criaturas. E se se trata de um “monturo de esterco” (de acordo com, poderíamos supor, a Segunda Lei da Termodinâmica), alguém poderia se perguntar como a corrupção é revertida. A mente fica perplexa. Mas o que destrói o cientificismo é a brecha fatal da contradição que nele existe. O cientificismo não precisa ser refutado por argumentos externos: ele é autodestrutivo. Ele tem a mesma sina que teve outrora o princípio da verificação, que era o centro da filosofia do positivismo lógico. Pois a afirmação de que apenas a ciência pode levar à verdade não é deduzida da ciência. Não é uma afirmação científica, mas sim uma afirmação acerca da ciência, isto é, uma afirmação meta-científica. Portanto, se o princípio básico do cientificismo for verdadeiro, a afirmação que expressa o cientificismo deve ser falsa. O cientificismo refuta a si mesmo, donde se conclui que é incoerente. A visão de Medawar de que a ciência é limitada não é, portanto, nenhum insulto à ciência. O caso é exatamente o contrário. São aqueles cientistas que fazem alegações exageradas a favor da ciência que levam a ciência parecer ridícula. Talvez sem querer e talvez sem ter consciência disso, eles desviaram-se do fazer ciência para o criar mitos — e mitos incoerentes além de tudo.


John Lennox, matemático e filosofo da ciência.




sábado, 18 de janeiro de 2020

#Preconceito

Temos aqui uma clara confissão de que, para muitos, a ciência é praticamente inseparável de um compromisso metafísico com um ponto de vista agnóstico ou ateu. Notamos de passagem a sutil implicação de que a “intervenção sobrenatural” deve ser equiparada a “um desafiar de todas as tentativas de explicação racional”. Em outras palavras, o “sobrenatural” implica o “não racional”. Para aqueles de nós que estamos envolvidos numa reflexão teológica séria, isso parece estar numa direção muito errada: a noção de que existe um Deus criador é racional, não irracional. Equacionar uma “explicação racional” com uma “explicação natural” é, na melhor das hipóteses, um grande preconceito; na pior, um erro de categoria.

John Lennox, matemático e filosofo da ciência.




sábado, 11 de janeiro de 2020

#Respostas

Não existe meio mais rápido para um cientista lançar descrédito sobre si mesmo e sua profissão do que declarar com franqueza — sobretudo quando nenhuma declaração de qualquer tipo se faz necessária — que a ciência sabe, ou em breve saberá, as respostas a todas as perguntas que merecem ser feitas, e que as perguntas que não admitem uma resposta científica são de certa forma “não perguntas” ou “pseudoperguntas” que apenas os simplórios fazem e apenas os ingênuos professam saber responder. Medawar prossegue dizendo: A existência de um limite para a ciência fica, todavia, evidente diante de sua incapacidade de responder a elementares perguntas infantis relativas ao início e o fim das coisas — questões tais como: “Como foi que tudo começou?”; “Para que estamos aqui?”; “Qual é a razão de viver?”


Sir Peter Medawar, laureado com o prêmio Nobel, ressalta esse ponto em seu excelente livro Conselho a um jovem cientista: 





sábado, 4 de janeiro de 2020

#Redenção


Aliança é um termo legal, e representa qualquer compromisso que gere obrigação. Quando usado na Escritura para descrever o que Deus fez, no entanto, não devemos pensar num acordo entre duas partes iguais, uma espécie de contrato mútuo. É mais como um "testamento", no qual um testador tem ampla e irrestrita liberdade sobre a disposição de seus bens. De fato, as palavras aliança e testamento podem ser usadas intercambiavelmente, motivo pelo qual as duas metades da Bíblia são conhecidas como Antigo e Novo "Testamentos". A palavra grega diatheke pode significar tanto um quanto o outro, e por duas vezes nas Epístolas há um jogo com o duplo significado da palavra, a fim de deixar claro que a aliança de Deus é semelhante a um "testamento solene e unilateral" no sentido de que nele Deus fez livremente determinadas promessas (Gl 3.15; Hb 9.15-18). As promessas de sua aliança não são incondicionais, visto que requer de seu povo que obedeça a seus mandamentos, sendo que essa é a parte deles na aliança, mas é o próprio Deus quem estabelece tanto os mandamentos quanto as promessas. Assim, até mesmo no Sinai a aliança de Deus é uma aliança de graça.

É importante entender, portanto, que a aliança de Deus é a mesma do começo ao fim, de Abraão até Cristo, de modo que aqueles que pertencem a Cristo pela fé são, portanto, filhos de Abraão e herdeiros das promessas que Deus fez a ele (Gl 3.29). A lei dada no Sinai não anulou a aliança da graça. Ao contrário, a aliança da graça foi confirmada e renovada no Sinai. O que a lei fez foi enfatizar e expandir os requerimentos de obediência. É apenas quando considerada isoladamente da aliança da graça que a lei é contrastada com o evangelho. A lei, então, é vista como condenando o pecador por sua desobediência, ao passo que o evangelho oferece-lhe vida pela graça.

Estamos agora em condições de pensar sobre o que pode ser descrito como os três estágios no desdobramento da aliança de Deus: redenção, adoção e glorificação.

John Stott