sábado, 29 de fevereiro de 2020

#asEscriturastestemunham

As Escrituras "podem tornar-te sábio para a salvação pela fé em Cristo Jesus", escreveu Paulo (2Tm 3.15). Visto que seu propósito (ou o propósito do autor divino, que falou e fala por meio delas) é levar-nos à salvação e que a salvação está em Cristo, elas apontam para Cristo, como vimos. Mas seu objetivo ao apontar para Cristo não é simplesmente para que possamos conhecê-lo ou compreendê-lo, nem mesmo para que passemos a admirá-lo, mas para que coloquemos nossa confiança nele. As Escrituras testemunham Cristo não para satisfazer nossa curiosidade, mas para extrair de nós uma resposta de fé.



John Stott



sábado, 22 de fevereiro de 2020

#cooperaçãoativa

Conhecendo o caráter de Deus, conheceremos também o propósito de Deus para com o ser humano. Deus não criou o homem para ser autômato ou robô. Deus deu ao homem a razão para ser exercitada, a vontade para ser usada e a emoção para ser sentida. A contrafacção demoníaca muitas vezes vem suprimir estas qualidades mais básicas e bonitas que Deus deu ao homem. Portanto, quando um "líder espiritual" começa a advogar a supressão da razão, ordenando que ela não seja usada, temos um bom indicativo de que esse não é o método de Deus. Passividade da consciência, da vontade e da mente que certos líderes exigem de seus seguidores, na realidade constituem um convite para a invasão de demônios. Analisando movimentos e seitas heréticos, [...], vemos que todos têm, como objetivo o "esvaziamento da mente", a "passividade" intelectual. Jesus diria que desse modo a casa fica vazia e com a porta escancarada, convidando qualquer espírito a nela penetrar. Às vezes a nulificação da razão e da vontade parecem soar muito "espiritual". Mas é uma contrafacção satânica. Deus quer que a nossa mente pense e raciocine com Ele, e, com uma vontade livre, tendo todas as possibilidades (Lc 14.28-33), diga conscientemente: "eu quero obedecer ao meu Senhor, pois calculei os riscos e o preço", numa atitude de cooperação ativa e de obediência voluntária.


Neusa Itioka



sábado, 15 de fevereiro de 2020

#reencarnação

Uma das maiores ofensas para o orgulho humano é a salvação pela graça. Descobrir que não existe nenhum meio de se redimir e ser obrigado a confiar na misericórdia de alguém constitui uma ofensa para o orgulho humano. É mais cômodo para o homem procurar um meio para pagar pelas suas ofensas e pecados do que receber alguma coisa de graça. Por isso, a teoria da reencarnação tem um apelo tremendo ao orgulho humano. O apelo do espiritismo está na sua aparência "racional", dando oportunidade ao homem pagar pelos seus erros e se autorredimir, fornecendo ainda uma aparente explicação ao problema do sofrimento e da injustiça.

É triste ver o ser humano satisfazendo-se com a explanação barata de que se está, nesta vida, pagando pelas falhas e pecados do passado (de gerações anteriores) através do sofrimento; ou, através de uma boa vida, desfrutando de prêmios pelas virtudes da reencarnação anterior.

Ainda que seja aparentemente "racional" e muito antiga, a doutrina da reencarnação é uma das maiores ilusões e mentiras do diabo. Ela é frontalmente contrária ao que Deus preparou para o ser humano: ela invalida totalmente o que Deus proveu aos homens, através de Cristo. A teoria da reencarnação despreza e nulifica totalmente o que Deus fez na cruz do Calvário, através de Jesus Cristo. A verdade central da Bíblia, a encarnação do próprio Deus na forma humana, sua morte expiatória e ressurreição, é esquecida. Essa doutrina Nega totalmente a revelação em Cristo Jesus.


Neusa Itioka.



sábado, 8 de fevereiro de 2020

Cristo segundo as escrituras

O fato de abordarmos a Bíblia com expectativas e pré-entendimentos próprios não significa que a leitura da Escritura esteja presa na gaiola de nossa própria subjetividade ou aprisionada incorrigivelmente nas tradições em que fomos criados. A própria Escritura oferece “caminhos” próprios, convidando-nos a entrar no texto. São caminhos que confirmam e desafiam as formas nas quais a abordamos. Os que estão procurando encontram, mas nem sempre encontram exatamente o que pensavam que encontrariam. A convergência de todos esses caminhos está na pessoa de Cristo, pois Ele mesmo é o único “Guia” de seu povo (Mt 23.10, ARA) e o único “caminho” ao Pai (Jo 14.6). Mas a presença de Cristo na junção de todos os caminhos das Escrituras não elimina a necessidade de caminhos próprios. Não existe verdadeiro conhecimento de Cristo que não seja “segundo as Escrituras”, assim como não existe verdadeiro conhecimento das Escrituras que não esteja de acordo com Cristo. Nossa abordagem às Escrituras, e não apenas a primeira abordagem, mas todo o conjunto de propósitos e expectativas com que voltamos às Escrituras todos os dias, precisam ser testados e renovados pelas próprias Escrituras, para que nossos pés andem pelos caminhos que as Escrituras abrem para nós.

Hermenêutica - David Starling



sábado, 1 de fevereiro de 2020

#Jesus ensinou assim.

Estes dias ouvi um "famoso" pregador, na verdade nem tão famoso assim. Famoso apenas em seu próprio reino, falando sobre a graça de Deus. Mas na mensagem ele dizia: "Na nova aliança nossos pecados já estão perdoados, tantos os pecados do passado como os do futuro. Então quando você ora: Deus me perdoe... Deus responde: Eu não sei do que você esta falando... em Cristo eu já te perdoei! ALELUIA! Não existe mais pecado."

Nesse mesmo vídeo a igreja vibrava e os comentários no Youtube eram: UAU!!!!
Mas o problema desse tipo de mensagem cada vez mais comum é gerar um sentimento no coração naqueles que a ouvem que a santificação é algo desnecessário, uma vez que "todos" pecados já estão  perdoados e que não temos responsabilidade sobre eles.

Esse pensamento é tão absurdo e fraco que se considerarmos o que a própria Bíblia diz sobre perdão já podemos refutar essa ideia.

Jesus nos ensinou a orar assim: (Mt 6.9-15) Ou Jesus estava errado em dizer "Pai, perdoa-nos"?

Simão, o que quis comprar o dom de deus é instruído a pedir perdão a Deus (At 8.17-24).

Quando confessamos nossos pecados uns aos outros e oramos uns pelos outros somos perdoados (Tg 5.14-16).

Se confessarmos nossos pecados, Deus é fiel e justo para nos perdoar e nos purificar (1 Jo 1.9).

O que não confessa o pecado a Deus não prospera, mas o que confessa e deixa alcança misericórdia (PV 28.13).

Ahhhh mas esse está na velha aliança, vão dizer... porém, "toda a escritura é divinamente inspirada e proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça, para que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente preparado para toda boa obra". (2 Tm 3.16, nova aliança). Portanto, sustentar uma doutrina como essa baseado unicamente nos textos do apóstolo Paulo é abusar da hermenêutica. Mas hermenêutica e escola bíblica estão faltando para esse povo.

Arrependimento produz frutos visíveis, dentre os quais está o abandono dos pecados (At 26.19-20). PRONTO!! Nova Aliança... ou o livro de Atos foi escrito por Moisés?

Então antes que eles citem o famoso versículo da graça eu meso o farei: "Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; dão de obras, para que ninguém se glorie. Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas" (Ef 2.8-10).

Para que a salvação não seja pelas nossas obras, Deus nos  preparou de antemão para que andemos em boas obras, afinal, a fé sem obras é morta e não excede a fé dos demônios (Tg 2.14-20).

Obras não salvam e isso não é novidade mas o que o povo que segue essa teoria parece esquecer é que todo salvo deve produzir as boas obras e buscar santificação.

Então queridos, antes de sairmos por ai aplaudindo heresias, vamos estudar a Bíblia.

Outra coisa... justiça, justificação e santidade são coisas diferentes, ok?



Heber Costa Mendes



sábado, 25 de janeiro de 2020

#Cientificismo

Uma coisa é sugerir que a ciência não pode responder a questões sobre o propósito final. Outra coisa completamente diferente é descartar o propósito em si como uma ilusão porque a ciência não consegue lidar com ele. E, mesmo assim, Atkins está, de forma simples, levando seu materialismo a uma conclusão lógica — ou talvez não exatamente. No fim das contas, a existência de um “monturo de esterco” pressupõe a existência de criaturas capazes de produzir esterco! Bastante esquisito então pensar no esterco produzindo as criaturas. E se se trata de um “monturo de esterco” (de acordo com, poderíamos supor, a Segunda Lei da Termodinâmica), alguém poderia se perguntar como a corrupção é revertida. A mente fica perplexa. Mas o que destrói o cientificismo é a brecha fatal da contradição que nele existe. O cientificismo não precisa ser refutado por argumentos externos: ele é autodestrutivo. Ele tem a mesma sina que teve outrora o princípio da verificação, que era o centro da filosofia do positivismo lógico. Pois a afirmação de que apenas a ciência pode levar à verdade não é deduzida da ciência. Não é uma afirmação científica, mas sim uma afirmação acerca da ciência, isto é, uma afirmação meta-científica. Portanto, se o princípio básico do cientificismo for verdadeiro, a afirmação que expressa o cientificismo deve ser falsa. O cientificismo refuta a si mesmo, donde se conclui que é incoerente. A visão de Medawar de que a ciência é limitada não é, portanto, nenhum insulto à ciência. O caso é exatamente o contrário. São aqueles cientistas que fazem alegações exageradas a favor da ciência que levam a ciência parecer ridícula. Talvez sem querer e talvez sem ter consciência disso, eles desviaram-se do fazer ciência para o criar mitos — e mitos incoerentes além de tudo.


John Lennox, matemático e filosofo da ciência.




sábado, 18 de janeiro de 2020

#Preconceito

Temos aqui uma clara confissão de que, para muitos, a ciência é praticamente inseparável de um compromisso metafísico com um ponto de vista agnóstico ou ateu. Notamos de passagem a sutil implicação de que a “intervenção sobrenatural” deve ser equiparada a “um desafiar de todas as tentativas de explicação racional”. Em outras palavras, o “sobrenatural” implica o “não racional”. Para aqueles de nós que estamos envolvidos numa reflexão teológica séria, isso parece estar numa direção muito errada: a noção de que existe um Deus criador é racional, não irracional. Equacionar uma “explicação racional” com uma “explicação natural” é, na melhor das hipóteses, um grande preconceito; na pior, um erro de categoria.

John Lennox, matemático e filosofo da ciência.