quinta-feira, 27 de maio de 2010
Onde estão os pais?
Livre Arbítrio
terça-feira, 25 de maio de 2010
Vaidade de vaidades
"Em 1 Coríntios 2.14, Paulo diz o seguinte sobre os incrédulos: "Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente." Esses homens, que se encontram sob o controle da alma e cujo espírito se acha oprimido, estão em contraste direto com os espirituais. Podem até ser extremamente inteligentes, capazes de apresentar idéias ou teorias magistrais. Todavia não aceitam as verdades do Espírito de Deus. Não se acham em condição de receber a revelação do Espírito Santo, que é completamente diferente das idéias humanas. O homem pode pensar que intelecto e o raciocínio humanos são capazes de tudo, e que o cérebro consegue compreender todas as verdades do mundo. Entretanto o que a Palavra de Deus diz sobre isso é: "vaidade de vaidades.""
Um texto de Watchman Nee
quinta-feira, 20 de maio de 2010
A carne, como Deus a vê
Nós, os cristãos, devemos nos lembrar, mais uma vez, do que Deus pensa sobre a carne. O Senhor Jesus diz que “a carne para nada aproveita” (Jô 6.63). Tanto o pecado da carne, como a justiça dela, são inúteis. O que é nascido da carne, seja quem for, é carne, e jamais deixará de o ser. Tanto a carne no púlpito, nos ouvintes, na oração, na consagração, na leitura da bíblia, no cântico de hinos, ou fazendo o bem – nada disso aproveita, diz o Senhor. Os crentes podem vangloriar-se na carne. Entretanto Deus diz que todas as suas obras são inúteis. Isso porque a carne não é útil à vida espiritual, nem pode cumprir a justiça de Deus. Vejamos algumas observações a respeito da carne, feitas pelo Senhor, por meio do apóstolo Paulo, na carta aos Romanos.
- “O pendor da carne dá para a morte.” (8.6). De acordo com o ponto de vista de Deus, existe morte espiritual na carne. A única maneira de escapar é entregá-la à cruz. A respeito de ela ter a capacidade de praticar o bem, ou de elaborar planos visando a obter a aprovação dos homens, Deus pronunciou uma única sentença sobre a carne: morte.
- “O pendor da carne é inimizade contra Deus.” (8.7). Ela se opõe a Deus. Não existe a menor possibilidade de uma coexistência pacífica. Isso é fato não só com relação aos pecados que brotam da carne, mas também às suas ações e pensamentos mais elevados. Os pecados que maculam o homem obviamente são hostis ao Senhor. E é importante observar que podemos praticar atos de justiça fora da dependência de Deus.
- “Pois não está sujeito à lei de Deus, nem mesmo pode estar.” (8.7). Quanto melhor for o trabalho da carne, mais longe de Deus ela se encontrará. Quantas das pessoas “boas” desejam crer no Senhor Jesus? Sua justiça própria não é justiça nenhuma; na verdade, é injustiça. Ninguém jamais poderá obedecer a todos os ensinamentos da bíblia. Uma pessoa pode até ser boa; uma coisa, porém, é certa: ela não se submete à lei de Deus. Se for má, ela transgride a lei. Se for boa, ela estabelece uma justiça própria, sem Cristo, anulando, assim, o propósito da lei (“pela lei vem o pleno conhecimento do pecado” {Rm 3.20}).
- “Os que estão na carne não podem agradar a Deus.” (8.8). Esse é o veredicto final. Por mais qualidades boas que um homem tenha, nada do que ele faz, se provém dele mesmo, pode agradar ao Senhor. Deus só tem prazer em seu Filho. Fora de Cristo e de sua obra, nada pode lhe agradar. O que realizamos pela carne pode até parecer muito bom. Todavia, como procede do ego e é realizado na força natural, não satisfaz a deus. O homem pode inventar as mais variadas maneiras de fazer o bem, de melhorar e se aperfeiçoar. Entretanto nem uma delas, por ser carnal, pode agradar ao Senhor. E isso não se aplica apenas aos incrédulos. Vale, também, para os crentes. Mesmo que nossas obras sejam recomendáveis e eficientes, se realizadas com as próprias forças, não obtêm a aprovação divina. Deus se agrada ou se desagrada de algo não pela sua natureza, isto é, se é bom ou mau, mas pela sua procedência. Uma ação pode ser em extremo correta, não obstante Deus quer saber qual a sua origem.
Dessas referências das Escrituras, podemos ver como são inúteis os esforços da carne. Depois que o crente passar a entender que a carne não tem valor diante de Deus, não mais errará com facilidade. Nós, os seres humanos, classificamos todos os atos como bons ou maus. Deus, no entanto, vai à origem deles, e os classifica de acordo com a fonte de cada um. Até os feitos mais excelentes da carne provocam o mesmo descontentamento divino que os pecados mais vis e ímpios, pois tudo é da carne. Deus abomina a justiça própria da mesma maneira que a injustiça. Para Ele, as boas ações que praticamos naturalmente, sem necessidade de regeneração, de união com Cristo ou de dependência do Espírito Santo, não são menos carnais do que a imoralidade, a impureza, a licenciosidade, e outras. Mesmo que as atividades do homem sejam excelentes, se não nascerem de uma completa confiança no Espírito Santo, são carnais e, portanto, Deus as rejeita. Ele se opõe a tudo que pertence à carne, rejeitando e odiando, independentemente de sua aparência exterior, ou de ter sido praticado por um crente ou um pecador. O veredicto é: a carne deve morrer.
segunda-feira, 17 de maio de 2010
Inspirações para a vida...
O Poema "Se", abaixo, de autoria do inglês Kipling, foi de grande inpiração na vida do missionário Stanley Dale, que levou o evangelho até a região de Cale do Seng, Papua, Nova Guiné: uma região inóspita encravada numa ilha próxima ao continente Australiano. Região habitada por indígenas guerreiros canibais, mergulhados em suas crença e superstições. Foi morto por uma das tribos, e sua morte foi uma demonstração de como Deus pode usar grandes tragédias para trazer bênçãos eternas sobre os povos. Um grande exemplo de obediência, onde a vontade de Deus é, verdadeiramente, colocada acima de tudo, até da própria vida. Que Deus possa estar despertando em nós o "amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, toda a tua alma, acima de todas as coisas".
Se
Se és capaz de manter tua calma, quando,
todo mundo ao redor já a perdeu e te culpa...
De crer em ti quando estão todos duvidando,
e para esses no entanto achar uma desculpa;
Se és capaz de esperar sem te desesperares,
ou enganado, não mentir ao mentiroso,
Ou, sendo odiado, sempre ao ódio te esquivares,
e não parecer bom demais, nem pretensioso;
Se és capaz de pensar - sem que a isso só te atires,
de sonhar - sem fazer dos sonhos teus senhores;
Se, encontrando a desgraça e o triunfo, conseguires
tratar da mesma forma a esses dois impostores;
Se és capaz de sofrer a dor de ver mudadas,
em armadilhas as verdades que disseste
E as coisas, porque deste a vida estraçalhadas,
e refazê-las com o bem pouco que te reste;
Se és capaz de arriscar numa única parada,
tudo quanto ganhaste em toda a tua vida,
E perder e, ao perder, sem nuca dizer nada,
resignado, tornar ao ponto de partida;
De forçar coração, nervos, músculos, tudo,
a dar seja o que for que neles ainda existe;
E a persistir assim quando, exausto, contudo,
resta a vontade em ti, que ainda te ordena: Persiste!
Se és capaz de, entre a plebe, não te corromperes,
e, entre Reis, não perder a naturalidade;
E de amigos, quer bons, quer maus, te defenderes,
se a todos pode ser de alguma utilidade;
Se és capaz de dar, segundo por segundo,
ao minuto fatal todo valor e brilho;
Tua é a Terra com tudo o que nela existe,
e - o que ainda é muito mais - és um Homem, meu Filho!
quarta-feira, 12 de maio de 2010
Três marcas de um pai piedoso - parte 4
sexta-feira, 7 de maio de 2010
Homenagem a Mamãe Diva
Uma constante chama de gás
enquanto um cheiro forte de tempero enche a casa
ela esta na frente do fogão enquanto os filhos crescem,
vão sendo modelados pela vida e pelo tempo,
chegam e a beijam na testa e ela na frente do fogão,
chegam e dizem um "olá" distante e ela na frente do fogão,
chegam e não dizem nada e ela na frente do fogão,
porque a chama abraça o fundo da panela
para que o jantar fique pronto,
e cresçam mais e se afastem dela cada vez mais
foi sendo curtido em sal e fogo,
em fumaça e tempo, em sofrimento e espera,
em susto e ingratidão.
E ela, paciente e quieta, em frente do fogão.
Chega o marido, que o tempo também se incumbiu de transformar
em cansaço e desesperança, e traz para a cozinha os problemas da rua,
a insegurança no serviço, o orçamento estourado,
a fila, a espera, o desconforto, a condução;
e ela na frente do fogão!
Não mais o beijo quente do retorno,
o olhar em festa, os planos em comum
Um acre silêncio tempera a janta;
uma dura troca de olhares que já não se perguntam,
porque não há resposta a dar; é o boa noite de sempre
Nas ruas, os amigos no bar bebendo a mesma
dura cachaça e nervosa insatisfação,
em casa, o vazio que os filhos deixam
quando saem a medir a noite com os amigos
e os coloridos sonhos de novela
e a companhia da televisão.
Eu Te peço por ela nesta hora em que as sombras
iniciam a escalada de mais uma noite
pela sua alegria, pela sua ilusão
guarda a mulher na frente do fogão.
Nesta hora marcada pelo cheiro forte do tempero,
pela chama quase parada do fogão de gás
enquanto eles não chegam dos caminhos da noite,
dos perigos do trânsito e do ódio dos homens
que ela tenha calma, que ela tenha paz
sobre a sua cabeça envelhecida, estende a TUA poderosa mão.
E que ela possa ter a alegria da vida
na hora do preparo da comida na frente do fogão.
Três marcas de um pai piedoso - parte 3
O pai piedoso não passa o tempo todo ouvindo o filho. Nosso Grande Sumo Sacerdote pode fazer isso, mas o pai humano não - e nem deve. Se ele ouvir demais ou se envolver demais nas preocupações do filho, oferecerá ajuda demais ou se tornará desanimado, cínico ou zangado. Ele pode mandar o dinheiro que livraria o filho de uma oportunidade difícil de crescimento, ou, frustrado, daria conselhos que levariam a uma luta pelo poder: "É melhor você fazer o que estou dizendo, ou realmente vai bagunçar as coisas!"
Pais piedosos tem coisa mais importante para fazer do que ouvir seus filhos. Por breves temporadas, ouvir pode tornar-se uma prioridade principal. Mas, o padrão da vida do pai precisa refletir seu compromisso de permanecer no caminho estreito, quer o filho o esteja seguindo ou não.
Lembro-me de ter dito a um de meus filhos, durante um período difícil: "Você pode partir o meu coração, mas não pode destruir a minha vida. Seguirei a Cristo independente do que você fizer. Minha vida está escondida em Cristo. Você é importante mas não é poderoso."
Quando o pai piedoso retoma a sua caminhada e faz dessa caminhada um padrão característico, ele coloca o filho no devido lugar. Ele tira o filho da posição insuportável de ser o centro de sua (pai) vida. Então, liberto de um fardo que não pode administrar e do qual, eventualmente, se ressente, o filho, estará melhor capacitado a dar alegremente ao pai, aquilo que possui e é capaz de dar.