sábado, 17 de outubro de 2020

#oração

 Isso significa que a oração é mais que auto-estímulo. Não é um método para criar uma atitude mental positiva em nós mesmos, de modo que possamos fazer o que pedimos que fosse feito. Antes, orar é, em grande parte, criar em nós mesmos uma atitude correta com respeito à vontade de Deus. Jesus ensinou, a seus discípulos e a nós, que devemos orar "venha o teu reino, faça-se a tua vontade", antes de "o pão nosso de cada dia dá-nos hoje". Orar não é bem conseguir que Deus faça nossa vontade, mas demonstrar que estamos interessados tanto quanto Ele na concretização de sua vontade. Além disso, Jesus nos ensinou a persistir em oração (Lc 11.8-10 - note que as formas gramaticais usadas no grego indicam ação contínua: continuar pedindo, continuar buscando, continuar batendo). É preciso pouca fé, compromisso e esforço para orar uma vez a respeito de algo e parar. A oração persistente deixa claro que nossa petição é importante para nós, tanto quanto o é para Deus.

Nem sempre recebemos o que pedimos. Jesus pediu três vezes que seu cálice (a morte por crucificação) fosse removida; Paulo orou três vezes para que seu espinho na carne fosse removido. Em ambos os casos, o Pai confirmou, pelo contrário, algo que era mais necessário (e.g. 2Cor 12.9, 10). Os cristãos podem orar confiantes, sabendo que nosso sábio e bom Deus nos dará, não necessariamente o que pedimos, mas o melhor. Pois, como disse o salmista: "Nenhum bem sonega aos que andam retamente" (Sl 84.11).

 

 

 

 

 

 

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