Você talvez não tivesse consciência da quantidade de evidências arrasadoras que sustentam a historicidade dos documentos do Novo Testamento. Se for esse o caso, talvez agora você possa apreciar o que C S Lewis, o grande erudito de Oxford e Cambridge, disse quando descreveu sua mudança de visão de mundo do ateísmo para o teísmo em geral e para o cristianismo em particular:
No início de 1926, o mais empedernido dos ateus que jamais conheci sentou-se no quarto e, contra tudo o que dele esperava, observou que os indícios da historicidade dos Evangelhos eram de fato surpreendentemente bons. [...] "Chega até a parecer que aquilo realmente aconteceu". Para entender o impacto explosivo disso [de sua observação], o leitor precisaria conhecer o homem (que certamente desde então jamais demonstrou qualquer interesse pelo cristianismo). Se ele, cético dos céticos, o durão dos durões, não estava - como eu ainda o diria - "seguro", então a que é que eu poderia recorrer? Será que não havia mesmo uma saída?
O esquisito era que, antes de Deus fechar o cerco sobre mim, foi-me oferecido aquilo que hoje me parece um momento de escolha absolutamente livre [...] Eu podia abrir a porta ou deixá-la trancada [...] A escolha parecia poderosa, mas era também estranhamente desprovida de emoção. Não eram desejos nem medos que me motivavam. Em certo sentido, nada me motivava. Escolhi abrir, tirar a carapaça, afrouxar as rédeas.
Lewis descreveu as evidências a favor da confiabilidade histórica do Novo Testamento como um cerco de Deus a ele. Esse "cerco" é chegar a termos intelectualmente honestos de quem a pessoa de Jesus Cristo realmente é. Jesus estava especialmente preocupado em fazer que seus contemporâneos tivessem uma concepção exata dele. Cremos que essa é uma exigência justa: ninguém quer ser mal-entendido, e nenhuma pessoa intelectualmente honesta ia querer ter uma impressão falsa de quem alguém é. É essencial no caso de Jesus, que teve tanta influência na história do mundo, que qualquer mal entendido fosse eliminado a todo custo. Considere quem esse Jesus da história realmente é, mas considere à luz da fonte primária - os documentos do Novo Testamento. Esses documentos dão um retrato preciso de Jesus Cristo que não pode ser apagado por nenhum investigador credibilidade.
Fundamentos inabaláveis - Norman Geisler
Jesus e a história