sábado, 12 de fevereiro de 2022

sentemos a mesa.

 

“...sendo Lázaro um dos que estavam com ele à mesa.” João 12.2

 

 

Ele deve ser invejado. Ainda que seja bom ser Marta e servir, melhor é ser Lázaro e comungar. Há momentos para cada propósito, e cada um deles é adequado ao seu tempo propício, mas nenhuma das árvores do jardim dá cachos tão belos como a videira da comunhão. Sentar-se com Jesus, ouvir Suas palavras, observar seus atos e receber Seus sorrisos, era tal favor que provavelmente deixou Lázaro tão feliz quanto os anjos. Fosse nossa feliz fortuna banquetear com nosso Amado em Sua sala de banquete, não daríamos nem um suspiro sequer por todos os reinos do mundo, caso um simples fôlego os pudesse trazer até nós.

 

Ele deve ser imitado. Seria algo estranho se Lázaro não estivesse à mesa em que Jesus estava, pois ele havia morrido e Jesus o ressuscitara dos mortos. Estar ausente quando o Senhor que lhe concedeu vida está em sua casa, teria sido, de fato, ingrato. Nós também estávamos mortos e, como Lázaro, cheirávamos mal na sepultura do pecado. Jesus nos ressuscitou dos mortos e, por Sua vida nós vivemos – podemos nos contentar em viver distantes dele? Negligenciamos lembrarmo-nos dele à sua mesa, onde Ele aceita banquetear-se com Seus irmãos? Ó, isto é cruel! È necessário que nos arrependamos e façamos o que Ele nos propõe, pois Seu último desejo deveria ser como lei para nós. Ter vivido sem relacionamento constante com aquele de quem os judeus disseram: “Vede o quanto o amava” teria sido infame para Lázaro; seria, então, desculpável para nós, a quem Jesus amou com amor eterno? Ter sido frio com Ele, que chorou sobre seu cadáver sem vida, seria uma manifestação de grande brutalidade em Lázaro. O que manifestamos nós, por quem o Salvador não apenas chorou, mas sangrou? Venham, irmãos que leem este pequeno texto, retornemos ao nosso Noivo celestial e peçamos a Seu Espírito que estejamos em estreita intimidade com Ele e, doravante, sentemos à mesa com Ele.


 Dia a dia com Spurgeon – Charles Haddon Spurgeon - pg. 663


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