sábado, 26 de agosto de 2017

A Bíblia foi Copiada com Exatidão ao Longo dos Séculos?




A Bíblia foi Copiada com Exatidão ao Longo dos Séculos? 
   A Bíblia é o livro do mundo antigo que é transmitido com maior exatidão. Nenhum outro livro antigo tem tantos manuscritos, ou tão antigos, ou copiados com tanta precisão.


   O Antigo Testamento

   A confiabilidade do Antigo Testamento está baseada em três fatores: a sua abundância, datação e exatidão. Muitas obras da antiguidade sobrevivem apenas em um punhado de manuscritos: somente 7 para Platão, 8 para Tucídides, 8 para Heródoto, 10 para Gallic Wars, de César, e 20 para Tácito. Somente as obras de Demóstenes e Homero chegam a ter centenas de manuscritos. Mas mesmo antes de 1890, um estudioso chamado Giovanni de Rossi publicou 731 manuscritos do Antigo Testamento, em Geniza, no Cairo, e, em 1947, as cavernas do Mar Morto, em Qumran produziram mais de 600 manuscritos do Antigo Testamento.
   Além disto, os Pergaminhos do Mar Morto, que contêm pelo menos fragmentos de todos os livros do Antigo Testamento com excessão do Livro de Ester, todos datam de antes do fim do século I D.C., e alguns  do século III A.C. O Papiro Nash está datado entre o século II A.C. e o século I D.C.
   A exatidão dos manuscritos é conhecida, com base em evidências internas e externas: (1) Sabe-se que a reverência dos escribas judeus pelas Escrituras levou à sua transmissão cuidadosa; (2) O exame de passagens duplicadas (por exemplo, Sl 14 e Sl 53) mostra transmissão paralela; (3) A Septuaginta, que é a antiga tradução do Antigo Testamento ao idioma grego, está substancialmente de acordo com os manuscritos hebreus; (4) A comparação do Pentateuco Samaritano com os mesmos livros bíblicos preservados na tradição judaica mostra íntima similaridade; (5) Os Manuscritos do Mar Morto fornecem manuscritos que datam de mil anos antes do que muitos usados para estabelecer o texto hebraico.
   Estudos comparativos revelam uma identidade palavra por palavra, em 95 por cento do texto. Variantes de menor importância consistem, principalmente, de erros de escrita ou de grafia. Somente 13 pequenas variações foram descobertas em toda a cópia de Isaías do Manuscritos do Mar Morto, das quais oito eram conhecidas de outras fontes antigas. Depois de mil anos de cópias, não houve mudança de significado, e praticamente não houve nenhuma mudança no uso de palavras!



   O Novo Testamento

   A confiabilidade do Novo Testamento é estabelecida porque o número, a data e a exatidão de seus manuscritos permitem a reconstrução do texto original, com mais precisão do que qualquer outro texto antigo. O número de manuscritos do Novo Testamento é impressionante (quase 5700 manuscritos gregos) em comparação com os livros típicos da antiguidade (cerca de 7 a 10 manuscritos; a Ilíada, de Homero, é a obra que tem a maior quantidade de manuscritos, 643). O Novo Testamento é simplesmente o livro mais respaldado textualmente do mundo antigo.
   O mais antigo manuscrito do Novo Testamento, sobre o qual não paira nenhuma disputa, é o papiro de John Rylands, com data entre 117 e 138 D.C. Livros inteiros (por exemplo, os contidos nos papiros Bodmer) estão disponíveis a partir do ano 200. A grande parte do Novo Testamento, incluindo todos os Evangelhos, está disponível nos manuscritos de Chester Beatty Papyri, que datam aproximadamente de 250 D.C.
   O famoso estudioso britânico de manuscritos, Sir Frederick Kenyon, escreveu: "O intervalo, então, entre as datas da composição original e a mais antiga evidência existente se torna tão pequeno, a ponto de ser, na verdade, insignificante, e a última fundação para qualquer dúvida de que as Escrituras nos tenham vindo substancialmente, da maneira como foram escritas, agora foi removida". Assim, tanto "a autenticidade como a integridade geral dos livros do [NT] podem ser considerados firmemente estabelecidas". Nenhum outro livro antigo tem um intervalo tão pequeno de tempo, entre a sua composição e as suas primeiras cópias manuscritas, como o Novo Testamento.
   Não apenas há mais manuscritos do Novo Testamento, e mais antigos, como também foram copiados com mais exatidão do que outros textos antigos. O estudioso do Novo Testamento e professor em Princeton, Bruce Metzger, fez uma comparação do Novo Testamento com a Ilíada de Homero e o Mahabharata, do hinduísmo. Ele descobriu que o texto desta última obra representa apenas 90 por cento do original (com 10 por cento de correção textual); a Ilíada era 95 por cento pura, e somente meio por cento do texto do Novo Testamento permanecia em dúvida. O estudioso grego A. T. Robertso avaliou que as dúvidas textuais do Novo Testamento tem a ver apenas com "uma milésima parte de todo o texto", avaliando a exatidão do texto do Novo Testamento em 99,5 por cento - a maior exatidão conhecida para qualquer livro do mundo antigo. Sir Frederick Kenyon observou que o "número de [manuscritos] do Novo Testamento, de traduções antigas dele, e de citações feitas dele nos autores mais antigos da igreja, é tão grande que é praticamente certo que o texto original de cada passagem duvidosa esteja preservado, em uma ou outra destas autoridades antigas. Não é possível dizer isto sobre nenhum outro livro antigo do mundo".
   Em resumo, o grande número, as datas antigas e a exatidão incomparável das cópias manuscritas do Antigo e do Novo Testamento, estabelecem a confiabilidade da Bíblia, muito além da de qualquer outro livro antigo. A sua mensagem substancial não foi reduzida com o passar dos séculos, e a sua exatidão, até mesmo em detalhes menos importantes, foi confirmada. Assim, a Bíblia que temos hoje em nossas mãos é uma cópia altamente confiável do original, que nos veio das penas dos profetas e dos apóstolos.

Norman L. Geister

Fonte: Bíblia de Estudo Defesa da Fé- CPAD - págs. 540 e 541

sábado, 19 de agosto de 2017

O mal é o preço da liberdade moral - I




A liberdade moral é baseada na livre escolha entre o bem e o mal. Se não houvesse alternativa, as decisões humanas seriam impossíveis; o homem não poderia ser nem livre nem moral. Deve haver liberdade para pecar se deve haver liberdade para fazer o bem.
 

Sublime Redenção - Milton Azevedo


 

sábado, 12 de agosto de 2017

Paternidade de Deus.



Meu Pai Celestial

O fato de chamarmos Deus de "Pai" é motivo de muitas discussões hoje. Embora Deus transcenda a sexualidade, não sendo nem homem nem mulher, os escritores da Bíblia foram inspirados a chamá-lo por pronomes masculinos. o Espírito de Deus capacita os cristãos a chamarem Deus de "Aba, Pai" (lit. "paizinho", Rm 8.15)

Deus revelou-se no AT como "Pai" (Jr 3.19), e este foi o termo que Jesus usou quando falou com Deus (Jo 17). A paternidade de Deus não é meramente uma das muitas "metáforas de Deus". O termo tem classe própria, o que os estudiosos chamariam de analogia sui generis. O termo "Pai" não só nos mostra o que que Deus faz - ou com quem se parece algum aspecto do seu caráter, mas também identifica quem realmente ele é. O mesmo não pode ser dito sobre outras metáforas bíblicas de Deus como "árvore", "rocha", "galinha", "dona de casa".

A verdadeira paternidade é baseada no ser de Deus - na base da relação do Deus Pai com o Deus Filho e o Deus Espírito Santo. A paternidade humana não é nada mais que um símbolo imperfeito dessa realidade transcendente. A paternidade de Deus não é inconsequente ou passível de alteração, pois Deus determinou o relacionamento com os cristãos da seguinte forma: "serei vosso Pai, e vós sereis para mim filhos e filhas, diz o Senhor Todo-Poderoso" (2Co 6.18)


Bíblia da Mulher - Pag 1415 - Editora Mundo Cristão 


 

sábado, 5 de agosto de 2017

Sem mais desculpas.




Portanto, os críticos da religião nem sempre estão errados em apontar as falhas e deficiências na cristandade. Esta simplesmente não é a história toda. Só crer em Deus e conhecer o bem e o mal não vão fazer você escolher o bem e rejeitar o mal. Saber disso tudo só significa que você não tem mais desculpas. A Bíblia adverte que até mesmo os demônios creem em Deus e até tremem (ver Tiago 2.19).

Mas a graça é o resultado do Espírito de Deus agindo no coração humano e nos capacitando a vencer o mal. Há milhões de crentes verdadeiros que estão servindo a Deus fielmente e também servindo a seus semelhantes por meio de atos de bondade, integridade e serviço. Por suas vidas, Deus derramou graça, como um aqueduto levando água fresca ao deserto. Devido a esta graça, a vida pode surgir a partir da morte.



Deus não está morto - Rice Broocks



sábado, 29 de julho de 2017

O que dizer sobre aqueles que nunca ouviram falar a respeito de Cristo?






A convicção de que a salvação está disponível apenas por intermédio de Cristo permeia o novo Testamento (Por exemplo, At 4.12; Ef 2.12). Isto suscita a perturbadora questão do destino dos que nunca ouviram o Evangelho.

Qual é, exatamente o problema aqui? O universalista alega que as seguintes declarações são logicamente inconsistentes:

1.      Deus é todo-poderoso e todo-amoroso.

2.    Algumas pessoas nunca ouviram o Evangelho e estão perdidas.

Mas por que pensar que as afirmações 1 e 2 são logicamente incompatíveis? Não existe nenhuma contradição explícita entre elas. Se o universalista está afirmando que elas são implicitamente contraditórias, deve estar supondo algumas premissas ocultas que criaram esta contradição.

Embora os universalistas não apresentam suas suposições ocultas, a lógica do problema sugeriria algo semelhante a estes pontos:

3.    Se Deus é todo-poderoso,Ele pode criar um mundo em que todos ouçam o Evangelho e sejam salvos livremente.
 

4.    Se Deus é todo-amoroso, Ele prefere um mundo em que todos ouçam o evangelho e sejam salvos livremente.

Mas estas premissas são necessariamente verdadeiras?

Considere a afirmativa 3. Parece inquestionável que Deus pudesse criar um mundo em que todos ouvissem o evangelho. Mas enquanto as pessoas forem livres, não existirá nenhuma garantia de que todas as pessoas de tal mundo seriam salvas livremente. Na verdade, não existe nenhuma razão para imaginar que o equilíbrio entre salvos e perdidos em tal mundo seria melhor do que é o equilíbrio no mundo em que vivemos. Portanto, a afirmativa não é necessariamente verdadeira, e o argumento do universalista é falso.

        Mas e a afirmativa 4? É necessariamente verdadeira? Suponhamos, para fins de raciocínio, que haja mundos possíveis que são realizáveis para Deus, em que todos ouvem o Evangelho e o aceitam livremente. O fato de que o Senhor é todo-amoroso o obriga a preferir um desses mundos a um mundo em que algumas pessoas são perdidas? Não necessariamente, pois estes mundos podem ter outras deficiências pedominantes que os tornem menos preferíveis. Por exemplo, suponhamos que os únicos mundos em que as pessoas acreditem livremente no Evangelho e são salvas são mundos em que há apenas um número pequeno de pessoas. Deus deve preferir um desses mundos tão pouco povoados a um mundo em que multidões crêem no Evangelho e são salvas, ainda que outras pessoas rejeitem livremente a sua graça e se percam? Não. Assim, a segunda suposição do universalista não é, necessariamente, verdadeira, de modo que o seu argumento é duplamente inválido.

Como um Deus amoroso, Deus deseja que tantas pessoas quantas seja possível sejam salvas livremente, e tão poucas quantas possível se percam.O seu objetivo, então, é conseguir um equilíbrio ótimo entre estas condições, permitindo que haja um número de perdidos não maior do que o necessário para alcançar determinado número de salvos. É possível que, pra criar este número de pessoas que serão salvas livremente, Deus também tivesse que criar este número de pessoas que serão livremente perdidas.

Haverá objeções de que um Deus todo-amoroso não criaria pessoas que Ele soubesse que seriam perdidas, mas que todas teriam sido salvas, se apenas tivessem ouvido o evangelho. Mas como sabemos que existem tais pessoas? É razoável supor que muitas pessoas que jamais ouviram o Evangelho não teriam crido no evangelho se o tivessem ouvido. Suponhamos, então, que deus tivesse ordenado o mundo de maneira que todas as pessoas que nunca ouviram o evangelho fossem exatamente essas pessoas. Neste caso, quem quer que nunca tivesse ouvido o Evangelho e fosse perdido teria rejeitado o evangelho e teria perdido, ainda que o tivesse ouvido. Assim, o ponto seguinte é possível:

5.    Deus criou um mundo que tem um equilibro ótimo entre salvos e perdidos, e os que nunca ouviram o Evangelho e estão perdidos nunca teriam crido nele, ainda que o tivessem ouvido.

Enquanto a argumentação 5 for possivelmente verdadeira, ela mostra que não existe nenhuma incompatibilidade entre um Deus todo-poderoso e todo-amoroso, e o fato de que algumas pessoas nunca ouviram o Evangelho e se perderam.



Willian Lane Craig



quarta-feira, 26 de julho de 2017

sábado, 22 de julho de 2017

A Verdade e a Bíblia XI - Teste Bibliográfico





O teste bibliográfico é um exame da transmissão textual que permite que os documentos cheguem até nós. Em outras palavras, como não temos os documentos originais, até que ponto são confiáveis as cópias que possuímos em relação ao número de manuscritos (MSS) e o intervalo de tempo entre o original e a cópia existente?


Podemos apreciar a enorme riqueza de autoridade dos manuscritos do Novo Testamento, comparando-a com o material textual de outras fontes antigas importantes.

A história de Tucídides (460-400 a.C.) pode ser encontrada em oito MSS datados de cerca de 900 A.D., quase 1300 anos depois de ele ter escrito. Os MSS da história de Heródoto são igualmente tardios e escassos; e até agora, como conclui F. F. Bruce: "Nenhum erudito clássico daria atenção a um argumento afirmando que a autenticidade de Heródoto ou de Tucídides é duvidosa porque os primeiros manuscritos de suas obras utilizados por nós tem mais de 1300 anos que os originais".

Aristóteles escreveu seus poemas cerca de 343 a. C., todavia, a primeira cópia que temos é datada de 1100 A. D., um intervalo de quase 1400 anos, e só existem cinco MSS.


César compôs sua história das Guerras Gálicas entre 58 e 50 a. C., e a autoridade do manuscrito repousa em nove ou dez cópias datadas de mil anos após sua morte.


Quando se trata de autoridade dos manuscritos do Novo Testamento, a fartura de material é quase embaraçosa. Depois de os primeiros manuscritos em papiro terem sido descobertos, os quais preenchiam a brecha entre os dias de Cristo e o segundo século, surgiram muitos outros MSS. Mais de 20.000 cópias dos MSS do Novo Testamento existem hoje. A Ilíada possui 643 MSS e está em segundo lugar na questão de autoridade depois do Novo Testamento. Sir Frederic Kenyon, que foi diretor e bibliotecário-chefe do Museu Britânico, uma autoridade ímpar em suas declarações sobre manuscritos, conclui: "O intervalo entre as datas da composição original e a primeira evidência existente se torna tão pequeno a ponto de ser realmente desprezível, e o último fundamento para qualquer dúvida sobre as Escrituras terem chegado até nós substancialmente como foram escritas foi agora removido. Tanto a autenticidade como a integridade geral dos livros do Novo Testamento podem ser consideradas como finalmente estabelecidas".

O erudito do Novo Testamento Grego, J. Harold Greenlee, acrescenta: "Desde que os estudiosos aceitam como geralmente dignos de crédito os escritos dos clássicos antigos, apesar de os primeiros MSS terem sido escritos tanto tempo depois dos originais e o número de MSS existentes ser em muitos casos bem pequeno, fica claro que a credibilidade do teste do Novo Testamento está igualmente assegurada".

A aplicação do teste bibliográfico ao Novo Testamento nos assegura que ele possui mais autoridade de manuscrito do que qualquer peça de literatura antiga. Somando a essa autoridade os mais de cem anos de crítica textual (comparação de manuscritos para determinar qual leitura de uma passagem específica é a mais provavelmente correta) intensiva do Novo Testamento, pode-se concluir que um texto autêntico do Novo Testamento foi estabelecido.


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