sábado, 22 de julho de 2017

A Verdade e a Bíblia XI - Teste Bibliográfico





O teste bibliográfico é um exame da transmissão textual que permite que os documentos cheguem até nós. Em outras palavras, como não temos os documentos originais, até que ponto são confiáveis as cópias que possuímos em relação ao número de manuscritos (MSS) e o intervalo de tempo entre o original e a cópia existente?


Podemos apreciar a enorme riqueza de autoridade dos manuscritos do Novo Testamento, comparando-a com o material textual de outras fontes antigas importantes.

A história de Tucídides (460-400 a.C.) pode ser encontrada em oito MSS datados de cerca de 900 A.D., quase 1300 anos depois de ele ter escrito. Os MSS da história de Heródoto são igualmente tardios e escassos; e até agora, como conclui F. F. Bruce: "Nenhum erudito clássico daria atenção a um argumento afirmando que a autenticidade de Heródoto ou de Tucídides é duvidosa porque os primeiros manuscritos de suas obras utilizados por nós tem mais de 1300 anos que os originais".

Aristóteles escreveu seus poemas cerca de 343 a. C., todavia, a primeira cópia que temos é datada de 1100 A. D., um intervalo de quase 1400 anos, e só existem cinco MSS.


César compôs sua história das Guerras Gálicas entre 58 e 50 a. C., e a autoridade do manuscrito repousa em nove ou dez cópias datadas de mil anos após sua morte.


Quando se trata de autoridade dos manuscritos do Novo Testamento, a fartura de material é quase embaraçosa. Depois de os primeiros manuscritos em papiro terem sido descobertos, os quais preenchiam a brecha entre os dias de Cristo e o segundo século, surgiram muitos outros MSS. Mais de 20.000 cópias dos MSS do Novo Testamento existem hoje. A Ilíada possui 643 MSS e está em segundo lugar na questão de autoridade depois do Novo Testamento. Sir Frederic Kenyon, que foi diretor e bibliotecário-chefe do Museu Britânico, uma autoridade ímpar em suas declarações sobre manuscritos, conclui: "O intervalo entre as datas da composição original e a primeira evidência existente se torna tão pequeno a ponto de ser realmente desprezível, e o último fundamento para qualquer dúvida sobre as Escrituras terem chegado até nós substancialmente como foram escritas foi agora removido. Tanto a autenticidade como a integridade geral dos livros do Novo Testamento podem ser consideradas como finalmente estabelecidas".

O erudito do Novo Testamento Grego, J. Harold Greenlee, acrescenta: "Desde que os estudiosos aceitam como geralmente dignos de crédito os escritos dos clássicos antigos, apesar de os primeiros MSS terem sido escritos tanto tempo depois dos originais e o número de MSS existentes ser em muitos casos bem pequeno, fica claro que a credibilidade do teste do Novo Testamento está igualmente assegurada".

A aplicação do teste bibliográfico ao Novo Testamento nos assegura que ele possui mais autoridade de manuscrito do que qualquer peça de literatura antiga. Somando a essa autoridade os mais de cem anos de crítica textual (comparação de manuscritos para determinar qual leitura de uma passagem específica é a mais provavelmente correta) intensiva do Novo Testamento, pode-se concluir que um texto autêntico do Novo Testamento foi estabelecido.


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