sábado, 15 de julho de 2017

A Verdade e a Bíblia X - Crítica de Forma



Os críticos de forma atuais dizem que o material foi transmitido oralmente até ser escrito na forma dos evangelhos, e concluíram que esses relatos tomaram a forma de literatura popular (lendas, fábulas, mitos e parábolas). Uma das principais objeções contra a ideia dos críticos de forma sobre o desenvolvimento da tradição oral é que o período da tradição oral (como definido por eles) não seria suficiente para ter permitido as alterações na tradição que esses críticos supuseram.

A. H. McNeile, ex-professor régio de Teologia na Universidade de Dublin, desafia o conceito da tradição oral dos críticos de forma.Ele salienta que esses críticos não tratam com a tradição das palavras de Jesus tão perto quanto deveriam. Na religião judaica, era costume que o estudante decorasse os ensinamentos do rabi. Um bom aluno era como "uma cisterna bem feita que não deixa vazar uma gota sequer" (Mishna, Aboth, ii, 8). Um exame minucioso de 1Coríntios 7.10, 12, 25 mostra cuidadosa preservação e a existência de uma tradição genuína do registro dessas palavras. Se confiarmos na teoria de C. F. Burny (na obra The Poetry of our Lord (A Poesia do Senhor) 1925), poderemos supor que muitos dos ensinos do Senhor estão em aramaico poético, facilitando a memorização.

Ao analisar a crítica de forma, Willian Albright escreveu: "Só os eruditos modernos que não possuem método nem perspectiva histórica podem fabricar tal rede de especulação como a que os críticos da forma usaram para cercar a tradição do evangelho". A conclusão pessoal de Albright era que "um período de vinte a cinquenta anos é muito pequeno para permitir qualquer corrupção apreciável do conteúdo essencial e até das palavras específicas dos pronunciamentos de Jesus".

A credibilidade histórica das escrituras deve ser testada pelos mesmos critérios com que se testam todos os documentos históricos. O historiador militar C. Sanders lista e explica os três princípios básicos de historiografia, ou seja: teste bibliográfico, teste da evidência interna e teste da evidência externa.



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