sábado, 28 de agosto de 2021

Mesmo que se falhe

 [...] muitas vezes, na nossa caminhada cristã, somos empurrados pela vida a situações reais totalmente diversas daquelas que consideramos ideais. Nesse momento, é fundamental preservar os valores e perceber que não há nenhuma hipocrisia em ter consciência de que algo é bom, mesmo que se falhe frequentemente em realizá-lo.

A castidade é louvável, mesmo que você não a consiga manter. O casamento é valioso, mesmo que você não consiga sustentá-lo. Mentir é mau, mesmo que você tenha sido conduzido pela realidade a contar mentiras. Se, a cada vez que falharmos, nós modificarmos nossos valores para diminuir a distância entre nossa vida iníqua e o ideal, não sobrará nenhum valor em nenhum de nós.


Feminismo: perversão e subversão - Ana Caroline Campagnolo



sábado, 21 de agosto de 2021

Lei natural.

 [...] Mas como sabemos que Deus existe? Locke responde em seus outros escritos que nós o conhecemos por suas palavras. O universo mostra um projeto e uma ordem magnificentes; contudo, o projeto pressupõe um projetista [...] Em nosso próprio século muitos teóricos dos direitos tentam passar sem Deus, ou pelo menos (como um de meus colegas certa vez propôs) afastá-lo de cena. Para Locke, contudo, se não há Deus não há direitos, porque a nossa dignidade é fundada unicamente em nosso ser feito por suas mãos. Mas se se aceita Deus, tem-se de aceitar o pacote todo: não somente os direitos, mas também as leis.


Fundamentos inabaláveis - Norman Geisler



sábado, 14 de agosto de 2021

Por que Deus não impede o mal?

 Se é preciso permissão de Deus para o mal potencial e para sua realização, por que, então, ele não detém o mal quando realizado? Porque a liberdade nos capacita a rejeitar o amor de Deus e também a rejeitar e maltratar os outros. Desse modo, não é Deus que realiza o mal potencial - nós o realizamos quando livremente preferimos rejeitar seu amor. O máximo poder latente para o mal reside em nossa capacidade de recusar a amar Deus. Para Deus deter o mal é necessário eliminar essa capacidade: nossa livre escolha. Mas a eliminação de nossa livre escolha significaria que não mais poderíamos experimentar o bem maior - o amor divino. Se Deus nos impedisse de ter a capacidade de experimentar o bem maior seria o mal maior. A questão real, portanto, é: "Queremos de fato que Deus suprima nosso livre arbítrio?".

 

                                       Fundamentos inabaláveis

                                       Deus e o mal - Norman Geisler

 



sábado, 7 de agosto de 2021

Uma distinção importante.

 Nosso desconhecimento de todos os bons propósitos que Deus tem para a dor e para o sofrimento não significa que não haja bons propósitos. Nossa ignorância não significa que Deus (um Ser infinito) não conheça. A única conclusão lógica que se pode tirar é que, se Deus é todo-bondoso e onisciente, ele deve conhecer os bons propósitos para a dor e para o sofrimento no mundo. Não segue disso que o mal demonstra que Deus é imperfeito e limitado, segue que nós somos imperfeitos e limitados.


Fundamentos inabaláveis - Deus e o mal - Norman Geisler.



sábado, 31 de julho de 2021

Deus e o mal

 Deus poderia ter criado seres-não-livres, isso tornaria o bem maior, a relação de amor com ele e com os outros, impossível. Se o pecado (uma espécie de mal) se define essencialmente como a rejeição do bem que deveria existir (neste caso o amor a Deus), é impossível para Deus ter criado um mundo onde as pessoas fossem livres e o pecado não fosse possível. Finalmente, se a "salvação" se define como Deus oferecendo livremente às pessoas um caminho de volta para a relação de amor com ele depois de terem rejeitado a relação com o pecado, e se o amor requer livre escolha, também é impossível salvar pessoas contra a vontade delas. Deus não pode forçar seu amor a ninguém porque amor forçado não é amor, é uma contradição.


Fundamentos Inabaláveis - Deus e o mal - Norman Geisler


sábado, 24 de julho de 2021

A justiça

 Alguns argumentam que ensinar leis morais atemporais e imutáveis é introduzir concepções religiosas na sala de aula. Entretanto, esse argumento é secundário porque a origem de uma ideia é irrelevante para a sua verdade, para a exatidão histórica e para a credibilidade acadêmica. Realmente não importa se uma ideia é ou não religiosa em sua origem, o que importa é se ela é verdadeira. A educação deve basear-se na verdade, tanto filosófica como historicamente, e ser livre de todas as formas de preconceito. Nem a alegação de que uma ideia implica um Legislador Moral a torna inconstitucional. O verdadeiro documento fundador dos Estados Unidos refere-se ao "Deus da natureza" e às "Leis da Natureza" que vem dele.


Fundamentos Inabaláveis - A justiça - Norman Geisler



sábado, 17 de julho de 2021

distinção entre "religião" e a "fé no Deus da Bíblia"

    Assim como foi importante para os judeus no Antigo Testamento, continua importante para nós a distinção entre "religião" e a "fé no Deus da Bíblia". Em sua definição, a religião inclui um conjunto de dogmas nos quais acreditamos. A fé bíblica é a atitude tomada em virtude daquilo em que acreditamos. Crença e atitude nâo podem ser separadas no reino de Deus. Julgamentos morais são sempre situacionais, ou aplicados a uma situação real; a Bíblia não nos dá "morais abstratas" ou ideias que podemos adotar sem que haja implicações ou aplicações. Não podemos citar o sexto mandamento - "Não matarás" - sem definir o que significa matar e trabalhar para impedir que isso aconteça. Não podemos dizer "Não roubarás", sem definir o direito à propriedade e defender a propriedade privada. Então as leis de Deus não são princípios abstratos; são princípios e valores aplicados a situações específicas. As leis bíblicas são leis vivas.

 

hahaha... não achei a anotação do autor.