sábado, 25 de novembro de 2023

#não é preciso ser cientista

Apesar da declaração de Dawkins, de modo geral, os novos ateus não parecem ter se conscientizado do fato de que seu ateísmo não só lhes priva de seus valores liberais, como também de qualquer valor moral. Consequentemente, todas as críticas morais feitas a Deus e à religião, pelos novos ateus, são inválidas, e não exatamente porque elas estão erradas, mas porque elas não tem sentido. Se tal negação da ética é o coração da hipótese do Deus-delírio, não é preciso ser um cientista para ver onde o delírio realmente se encontra. Afinal, se o DNA não sabe, nem se importa, e dançamos segundo a sua música, como é então que a maioria de nós sabe e se importa?


John Lennox

sábado, 18 de novembro de 2023

#amor real

 Um Deus que certamente é todo poderoso não poderia ter evitado todo esse mal e sofrimento terríveis, simplesmente por criar seres humanos incapazes de fazer o mal?

Bem, ele certamente poderia ter feito seres assim. Mas eles não teriam sido seres humanos, ou sim? Deixe-me tentar explicar. Uma parte essencial e maravilhosa de ser um ser humano é que fomos  dotados da capacidade de amar. Amar envolve dizer "sim" ao invés de "não" para outros, e isso não teria sentido se a capacidade de escolher entre essas duas alternativas não existisse. Em outras palavras, a capacidade de amar está intimamente ligada à possessão do que chamamos de "livre-arbítrio". Estamos conscientes, é claro, de que a liberdade implícita não é ilimitada: não somos livres para fazer tudo. Por exemplo, não sou livre para correr a mais de 110 quilômetros por hora! No entanto, para que um ser possa sentir-se livre para dizer sim, ele deve ser livre para dizer não; para que seja livre para amar, ele deve ser livre para odiar; para que seja livre para ser bom, ele deve ser livre para ser mau.

Deus poderia ter removido o potencial para o ódio e o mal de uma só vez, criando-nos como autônomos, ou seja, meras máquinas capazes de fazer apenas aquilo para o qual foram programadas. Mas isso teria sido remover tudo o que nós mesmos valorizamos e que constitui a nossa humanidade básica.


John Lennox - John Carson Lennox é um matemático, filósofo da ciência, apologista cristão e professor de matemática da Universidade de Oxford. Ele é conselheiro do Green Templeton College, Oxford e um Fellow em matemática e filosofia da ciência pela mesma universidade.


sábado, 28 de outubro de 2023

# assassinos da mente

 [...] tentamos entender por que há tanta confusão sobre a natureza da fé. Vimos que os novos ateus definem essencialmente como fé o que a maioria das pessoas considera como fé cega; ao passo que o o dicionário oxford (OED) deixa claro que fé e crença são conceitos cognatos intimamente relacionados à questão da evidência substancial. Isto é, a fé baseada em evidências é o conceito normal no qual baseamos nossa vida diária.

Concluímos, então, que a definição idiossincrática de fé dos novos ateus os induz a deixar de preciar o papel da fé na ciência e os impede de ver que a crença de que o universo é racionalmente intelegível está no coração da ciência. Prosseguimos para ver que a visão que os novos ateus têm da origem da faculdade cognitiva humana não lhes dá base para a fé na ciência, uma fé da qual eles não podem prescindir se desejam ter êxito. Na verdade, a sua redução do pensamento humano à Neurofisiologia é basicamente niilista e destrói a possibilidade da verdade, debilitando, assim, a validade de todos os argumentos, incluindo aqueles dos novos ateus. A fé dos novos ateus acaba por não ter alguma base probatória. O seu ponto de vista, portanto, é um exemplo perfeito da sua própria (e errônea) noção de uma "posição de fé". Por outro lado, a visão bíblica de que podemos fazer ciência faz sentido perfeitamente. O universo é (em parte) inteligível para a mente humana, já que ambos se originam do mesmo Criador.

Nesse ponto, a fé ateia me parece o oposto de algo grandiosos. Para citar uma frase finíssima de Cristopher Hitchens fora de contexto, os novos ateus são "assassinos da mente". Epistemicamente seu ateísmo é cego, anticientífico e incoerente, embora emocionalmente seus defensores pareçam incapazes de assumir isso. No entanto, se alguém ainda insistir em levar adiante a ideia que toda a fé é cega, então o Novo Ateísmo deve ser rejeitado também; já que, tal como o velho ateísmo, ele é uma questão de fé. É irônico constatar que os novos ateus são exemplos clássicos da mesmíssima noção que eles desprezam: eles são carcterizados pela fé cega de que toda fé é cega. Também é irônico o fato de que os novos ateus nem sequer veem que eles mesmos são movidos pela fé, mesmo quando eles se empenham em destruí-la. Eles acreditam que o mundo é racional, que a verdade é importante. Eles acreditam que suas própria mentes podem entender os assuntos nos quais eles estão falando. Eles também, tem fé que podem nos convencer com seus argumentos. Se eles pensam que a sua visão não é uma fé ou um sistema de crenças, por que então, eles tentam fornecer evidências para fazer o restante de nós crer nela? Eles fazem tudo isso, deixando inocentemente de ver que seu ateísmo corta a base racional sob eles, uma base sobre a qual eles tanto desejam permanecer.

John Lennox - Em defesa de Deus

sábado, 21 de outubro de 2023

#não existe meio termo!!!!

 Se você deseja tanto o mundo quanto em relacionamento íntimo com

 Deus, a imagem que você tem de Deus começa a ficar distorcida. Você

 não O conhece verdadeiramente, você conhece um Jesus diferente. O

 povo de Israel queria a libertação de Deus, mas eles desejavam o

 Egito também. É por isso que o povo "não abandonou a prostituição

 iniciada no Egito" (Ez 23.8). Eles estavam conformados ao padrões

 do mundo, os desejos do Egito estavam dentro deles. Embora o forte

 poder de libertação de Deus os tenha tirado do Egito, eles não

 tomaram a decisão de tirar o Egito de dentro deles.


John Bevere - Um coração ardente.


quarta-feira, 18 de outubro de 2023

#ópio

 O verdadeiro ópio do povo é a crença no nada após a morte - no enorme consolo de pensar que não seremos julgados por nossas traições, cobiça, covardia, nem pelos assassinatos. Assim, se Deus existir, o ateísmo pode ser visto como um mecanismo de escape psicológico para evitar assumir a responsabilidade final pela nossa forma de vida.


sábado, 14 de outubro de 2023

#qual o alvo do CRISTIANISMO?

 Nos sete primeiro anos após eu ter sido salvo, frequentei e depois passei a trabalhar para uma igreja grande que enfatizava as promessas de Deus e Suas provisões. Era uma igreja evangelística com uma paixão por alcançar o mundo com as boas-novas do Evangelho, mas o Evangelho pregado ali destacava mais os benefícios do Reino do que a glória de se conhecer a Deus. Pessoas saíam de várias partes do mundo para ir até essa congregação, pois ela era bem conhecida internacionalmente. O zelo do líder em ver pessoas sendo salvas era contagiante. O zelo do líder em ver pessoas sendo salvas era contagiante. Muitos daqueles que trabalhavam no ministério de alcance internacional da igreja tinham grande paixão pelo ministério, e eu certamente era um deles.


Naqueles primeiros anos da minha associação àquela igreja, eu levantava cada manhã e orava até por uma hora e meia antes de ir para o trabalho. Eu pedia a deus para que me usasse para alcançar os perdidos que estavam morrendo sem Cristo, para curar os enfermos. Eu pedia pelas nações e pela libertação dos oprimidos. Eu sempre orava fervorosamente, até que, em uma manhã, ouvi o Senhor dizer ao meu coração: "John, suas orações estão incorretas".

Pensei comigo mesmo: Essa não pode ser a voz de Deus. Isso só pode ser o inimigo. Mas mesmo assim eu sabia que era a voz do Senhor. Eu estava desconcertado:

_ Senhor, como podes me dizer isso? Estou orando pelo povo que precisa ser salvo, curado e liberto. Este é o Teu desejo!

Mas Deus viu por trás das minhas palavras. Ele viu quão pouco eu sabia sobre Sua verdadeira natureza, e sem isso Ele sabia que eu não poderia tirar pessoas da escravidão, ao contrário, esse ministério acabaria me levando e levando a outra escravidão de idolatria, dentro do contexto da igreja.

Ele me disse:

_ John, o alvo do Cristianismo não é o ministério. Você pode expulsar demônios, curar enfermos, levar pessoas a salvação, mas mesmo assim acabar no inferno. - e acrescentou:

_ Judas deixou seu trabalho para Me seguir, ele curou enfermos, ressuscitou mortos, expulsou demônios, e mesmo assim ele está no inferno.

Aquelas palavras ficaram cravadas em meu coração.

Nós temos de lembrar que quando os apóstolos saíram com o poder para curar enfermos, ressuscitar mortos e expulsar demônios, Judas estava entre eles (Ver Mateus 10.1-8).

Eu rapidamente perguntei:

_ Então, qual o alvo do Cristianismo?

Ele imediatamente respondeu:


_ Conhecer-Me intimamente!


John Bevere - Um coração ardente