segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Eu o tornarei perfeito



Ele bem que advertiu as pessoas a “calcularem o custo” antes de se tornarem cristãs. “Não cometa nenhum erro”, ele diz; “se você deixar, eu o farei perfeito. Na hora em que você se coloca em minhas mãos, é para isso que você está aqui. Nada menos ou diferente disso. Você tem livre-arbítrio, e se quiser pode até me dar um ‘chega pra lá’. Mas se você não me empurrar, pode ter certeza que eu vou levar adiante esse trabalho. Não importa o sofrimento que possa causar na sua vida terrena, não importa que purificação inconcebível possa lhe custar depois da sua morte, não importa o custo, eu nunca descansarei, nem o deixarei descansar, até que você esteja literalmente perfeito – até que o meu Pai possa dizer sem reservas que ele se agrada de você, da mesma forma que me disse que se agradava de mim. Isso eu posso e vou fazer. Mas não farei nada menos que isso.”

        Ainda – esse é o outro e igualmente importante lado disso -, esse ajudador que, a longo prazo, não fica satisfeito com nada menos do que a perfeição absoluta, também terá prazer nos primeiros esforços débeis e trôpegos que você fará amanhã para realizar o seu dever mais simples. Como um grande escritor cristão (George MacDonald) já destacava, todo pai se agrada com as primeiras tentativas do seu bebê para andar; nenhum pai ficaria satisfeito com algo menos do que um andar firme, livre e masculino no seu filho adulto. Da mesma forma, ele disse: “Deus é fácil de agradar, mas muito difícil de satisfazer”.


C S Lewis – Cristianismo Puro e Simples
 

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