“Agrada-te do Senhor...”
O ensinamento dessas palavras deve ser muito surpreendente para aqueles que são estranhos à santidade vital, mas para o cristão sincero, é apenas a manifestação de uma verdade reconhecida. A vida do cristão aqui é descrita como agradável em Deus, e estamos, portanto, certos do grande fato de que a verdadeira religião transborda de felicidade e alegria. Pessoas ímpias e meros professos nunca olham para a religião como algo alegre; para eles é serviço, dever ou necessidade, mas nunca prazer ou alegria. Se eles prestarem mesmo atenção à religião, é porque, ou podem obter algum ganho ou, então, porque não ousam fazer o contrário. O pensamento de que há algo agradável na religião é tão estranho para a maioria dos homens, que nenhuma dupla de palavras se mantém tão distantes entre si, em sua linguagem, quanto “santidade” e “prazer”. Contudo, cristãos que conhecem a Cristo compreendem que prazer e fé são tão abençoadamente unidos, que os portões do inferno não podem triunfar na tentativa de separá-los. Aqueles que amam a Deus com todo o seu coração, descobrem que Seus caminhos são caminhos de encanto e todas as Suas veredas são de paz. Tais alegrias, tais pleno prazeres, tais bem-aventuranças transbordantes faz os santos descobrirem em seu Senhor que, longe de servir-lo por costume, eles o seguiriam mesmo que todo o mundo reputasse Seu nome como maligno. Não tememos a Deus por alguma compulsão; nossa fé não é entrave, nossa profissão de fé não é escravidão, não somos arrastados à santidade, nem levados ao dever. Não! Nossa piedade é nosso prazer, nossa esperança é nossa alegria, nosso dever é nosso deleite.
Deleite e religião verdadeira são tão ligados, quanto a raiz à flor; tão indivisíveis quanto a verdade e a certeza; são, de fato, duas joias preciosas brilhando lado a lado numa cama de ouro.
Então, quando provamos Teu amor,
Nossas alegrias crescem divinamente,
Indescritíveis como aquelas acima,
E o paraíso começa aqui embaixo.
C H Spurgeon
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