quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Um Dia de Cada Vez



Viver é uma arte, quando se entende que viver não é apenas existir. Vegetar é uma coisa; viver é outra.
Não basta viver; é preciso viver bem, o que não se consegue senão a poder depurada técnica. Todo homem deve ter, pois, a sua filosofia de vida - uma espécie de manual do bom viver.

Cristo foi mestre consumado dessa matéria. Uma das regras que ele ensinou para a conquista do êxito foi esta: viva-se um dia de cada vez.

A vida é como alimento, que deve ser dividido em bocados, ou como a água, que deve ser ingerida aos goles para que não sobrevenha a morte por asfixia. Não se deve viver empanturradamente1, compactamente, por antecipação, somando o futuro ao presente. Hoje há de ser simplesmente hoje e não hoje mais amanhã.

No sermão do monte, Jesus advertiu:
"Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã, pois o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal" (Mateus 6.34).

Sempre dentro desse esquema, Cristo, na oração dominical, ensinou-nos a pedir o pão de cada dia:
"O pão nosso de cada dia no dá hoje" (Mateus 6:11).

O mesmo método se aplica ao sofrimento. A cruz que nos toca levar será a de cada dia e não a de muitos dias juntos:
"E dizia a todos: se alguém quer vir após mim negue-se a si mesmo, tome cada dia a sua cruz e siga-me" (Lucas 9.23).

Quantas vezes deixamos de gozar a felicidade do presente pensando nas supostas desgraças do futuro! Ou fazemos diferente, mas nem por isso menos mal: deixamos de gozar a felicidade do presente pensando na felicidade do futuro. Felicidade também suposta.

Horácio foi exato quando disse: Quem transfere a hora de fruir a vida na plenitude assemelha-se ao camponês que espera que o rio seque para atravessá-lo.

O psicólogo William Moulton Marsten fez a 3.000 pessoas a seguinte pergunta: Qual a sua razão de viver?
O resultado do inquérito deixou-o surpreendido porque a quase totalidade dos interrogados - 94% - confessou que suportava o presente na expectativa de um futuro melhor.
Uns aguardando uma sonhada viagem; outros, melhoria de emprego; ainda outros, aposentadoria. Todos esperando por um bilhete premiado, como se a vida fosse loteria!
Errado.

1 Empanturrado: farto de alimento, abarrotado.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Eu o tornarei perfeito



Ele bem que advertiu as pessoas a “calcularem o custo” antes de se tornarem cristãs. “Não cometa nenhum erro”, ele diz; “se você deixar, eu o farei perfeito. Na hora em que você se coloca em minhas mãos, é para isso que você está aqui. Nada menos ou diferente disso. Você tem livre-arbítrio, e se quiser pode até me dar um ‘chega pra lá’. Mas se você não me empurrar, pode ter certeza que eu vou levar adiante esse trabalho. Não importa o sofrimento que possa causar na sua vida terrena, não importa que purificação inconcebível possa lhe custar depois da sua morte, não importa o custo, eu nunca descansarei, nem o deixarei descansar, até que você esteja literalmente perfeito – até que o meu Pai possa dizer sem reservas que ele se agrada de você, da mesma forma que me disse que se agradava de mim. Isso eu posso e vou fazer. Mas não farei nada menos que isso.”

        Ainda – esse é o outro e igualmente importante lado disso -, esse ajudador que, a longo prazo, não fica satisfeito com nada menos do que a perfeição absoluta, também terá prazer nos primeiros esforços débeis e trôpegos que você fará amanhã para realizar o seu dever mais simples. Como um grande escritor cristão (George MacDonald) já destacava, todo pai se agrada com as primeiras tentativas do seu bebê para andar; nenhum pai ficaria satisfeito com algo menos do que um andar firme, livre e masculino no seu filho adulto. Da mesma forma, ele disse: “Deus é fácil de agradar, mas muito difícil de satisfazer”.


C S Lewis – Cristianismo Puro e Simples
 

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

As condições para o perdão



O mundo trata o pecado levianamente. Não entende o quanto fere a Deus...
 

O mundo trata o pecado levianamente. Não entende o quanto fere a Deus, nem percebe o castigo enorme que acarreta para o homem. O desejo, com a ajuda do mal, incita o homem a violar a lei de Deus e morrer espiritualmente. "Então, a cobiça, depois de haver concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera a morte" (Tiago 1:15). O fim é a destruição eterna. 

Paulo, fazendo uso de seu estado irregenerado para descrever o pecador no momento que percebe a sua condição de perdido, exclama com tristeza: "Desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte?" (Romanos 7.24). Ele manifesta o estado desesperado da aterradora escravidão do pecado. Ele sente as suas cadeias e anseia a libertação, mas não vê como pode ser salvo. Então chega o evangelho com esperança. Há um Salvador! Exultando com a descoberta, responde com alegria à sua pergunta: "Graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor". Deus dá-lhe a vitória através do seu Filho (1 Coríntios 15.57). Não é de admirar que os peregrinos redimidos no céu louvem tal Redentor (Apocalipse 5:9). 

Mas, quando enxerga a saída, seus pensamentos de novo se voltam para o seu interior. Quem é ele para atrair a atenção de Deus para o seu estado miserável? Que há nele para estimular uma graça tão abundante como essa? Como alguém como ele jamais pode merecer uma misericórdia tão infinita? Certamente ele não pode fazer nada digno de libertação. Se obedecer a cada ordem, ainda assim seria um servo inútil (Lucas 17.10). Mas Deus vê no homem algo que vale a pena salvar. Portanto, ele "deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade" (1 Timóteo 2.4). Seu amor pela raça pecaminosa de Adão é tão grande que ele estava disposto a pagar um alto preço para libertar os cativos (João 3.16). 

Os teólogos têm focalizado tanto na profundeza do pecado do homem e na abundância da graça de Deus que perderam de vista o papel que o homem desempenha na sua salvação. Levaram milhares a crer no perdão incondicional. Forjaram um conflito entre a salvação pela graça e o perdão condicional como se um anulasse o outro. Ao mesmo tempo, os pregadores da "antiga ordem", no zelo por restaurar as veredas antigas, nem sempre tiveram o cuidado de pesá-las na balança da graça divina. Somos salvos "pela graça... mediante a fé" (Efésios 2.8). Ninguém nega o caráter essencial da graça, mas a devida atenção nem sempre é dispensada ao seu papel no perdão.

Quando Israel se viu preso entre o exército de Faraó e o mar Vermelho, Moisés lhe tranqüilizou dizendo: "Não temais, aquietai-vos e vede o livramento do Senhor que, hoje, vos fará" (Êxodo 14.13). Quem não consegue ver a graça de Deus ao encher Israel de esperança? Quem não é capaz de ver o seu poder ao dividir o imenso mar? Mas, mesmo assim, houve sem dúvida algumas condições explícitas. Israel tinha de obedecer a Deus e fazer o que ele mandava. O povo marchou em meio aos muros de água que se formaram sem medo de que desabassem sobre todos. A graça de Deus e a fé de Israel se uniram para efetuar a libertação (Hebreus 11.29). "Assim, o Senhor livrou Israel, naquele dia, da mão dos egípcios" (Êxodo 14.30).

A graça de Deus em Cristo provê o único remédio para o pecado. O evangelho de sua graça é "o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê" (Romanos 1.16). A graça de Deus operou desde a eternidade para traçar aquele plano de salvação (Efésios 3.10-11). Trabalhou "no passado" para desvendar aquele plano pela voz dos profetas. Trabalhou "na plenitude dos tempos" para concretizar o plano pela morte, sepultamento, ressurreição, ascensão e coroação de Cristo. E opera em nossos dias para perdoar os pecados do homem em resposta a uma fé obediente. 

No entanto, a graça maravilhosa de Deus, que salva os pecadores, não elimina as condições desse perdão, assim como a graça maravilhosa ao salvar os israelitas não eliminou as condições de marcharem confiantes pelo mar Vermelho. Mas quais são as condições do perdão? Ao dar a Grande Comissão, Jesus disse: "Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; quem, porém, não crer será condenado" (Marcos 16.15-16). A pessoa que não tem fé suficiente para ser batizada não tem fé suficiente para ser salva pela graça por meio da fé. O fato de que o arrependimento é essencial para o perdão do pecador foi mostrado claramente por Cristo em Lucas 24.46-47, e Pedro em Atos 2.38. 

"É no reino da graça, bem como no reino da natureza. O céu fornece o pão, a água, os frutos, as flores; mas devemos colhê-los e desfrutá-los. E, se não há nenhum mérito em comer o pão que o céu enviou para a nossa vida física e o nosso bem-estar, tampouco há mérito em comer o pão da vida, que desceu do céu para a nossa vida e para o nosso consolo espirituais. Mesmo assim, é verdade que tanto na graça, como na natureza, quem come não morrerá. Portanto, há condições para desfrutar, embora não haja condições de mérito, quer na natureza, quer na graça" (Alexander Campbell).

 
Earl Kimbrough
www.ejesus.com.br

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

O intento de Deus prevalece!



“Vós, na verdade, intentaste o mal contra mim; Deus, porém, intentou o bem, para fazer o que se vê neste dia, isto é, conservar muita gente com vida.” (Genesis 50.20)

        José tinha todos os motivos para murmurar, se queixar e guardar amargura no coração. Ele havia sido vendido como escravo pelos seus próprios irmãos. No Egito quis manter-se puro e acabou indo para a prisão tendo sido caluniado pela esposa de Potifar de tentar forçá-lo. Deve ter sido muito difícil todos aqueles anos na prisão sem ver nem a sombra das promessas de Deus para sua vida. Ele certamente não compreendia o que estava acontecendo, mas manteve a atitude correta. Uma atitude de confiança na soberania de Deus. Talvez você não esteja entendendo o que está se passando na sua vida agora mesmo. Eu desafio você a passar no teste. Mantenha uma atitude de louvor. Louve a Deus pela fé. Chore, mas louve! Concentre-se naquilo que você tem e não no que lhe falta. Deus é fiel. Ele está trabalhando em você, no seu caráter. Lembre-se: se você reprovar no teste terá que fazê-lo novamente. Honre a Deus com atitude serena em meio às aflições. Ele está com você. Seu intento sempre prevalece! Diga em alta voz: “Aquilo que o inimigo está intentando para o mal, Deus vai usar para o meu bem!!!”

Paulo Costa

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Trigo Pra Cá, Palha Pra Lá



Trigo é grão e palha. De igual modo, a humanidade é grão - ou trigo propriamente dito - e palha.

Cristo veio a recolher o trigo e queimar a palha. Foi o que João Batista disse a respeito dele:

"Em sua mão tem a pá, e limpará a eira e recolherá no celeiro o seu trigo e queimará a palha com fogo que nunca se apagará" (Mateus 3:12).

Esse texto lembra o panejador1 entregue à faina da debulha. Armado de pá, ele atira ao ar os grãos para que deles se destaque o casulo sendo este levado pelo vento e caindo aqueles na eira. Era assim que os antigos, que não conheciam ainda a debulhadora, descascavam os cereais. Cristo faz algo parecido. Nada de mistura. Trigo pra cá, palha pra lá. Pode parecer estranho que isso aconteça com Cristo, que sempre se mostrou compreensivo e indulgente ao tratar com homens e mulheres de todas as categorias. Compreensivo, sim; indulgente, não, porque no caso a indulgência seria cumplicidade. Cristo divide, eis a verdade rude. Ele não soma todos, mesmo porque só se podem somar quantidades da mesma natureza; assim, trigo soma-se com trigo e palha com palha. Cristo não é um denominador comum, mas um divisor comum. Foi o que ele ensinou na parábola da rede:

"O reino dos céus é semelhante a uma rede lançada ao mar, e que apanha toda qualidade de peixes. E, estando cheia, puxam-na para a praia; e, assentando-se, apanham para os cestos os bons; os ruins, porém, lançam fora" (Mateus 13:47).

De início, essa divisão se faz naturalmente, por simples efeito de contato com a Pessoa de Jesus. Cristo com a sua só presença provoca duas reações contrárias: ele soma e ele divide. Divide o trigo da palha e soma trigo com trigo e palha com palha.
Diante dele os homens vão tomando silenciosamente os seus lugares num ou noutro desses grupos.

Mas no mundo vindouro essa discriminação será solenemente homologada por sentença divina. De tácita2 passará à expressa. De particular se tornará púbica. E o mais grave: será definitiva.

1 Panejador: aquele que levanta e agita o cereal com o fim de debulhá-lo.
2 Tácito: Não expresso, implícito; Secreto; Não traduzido por palavras; silencioso, calado.


Pastor Rubens Lopes

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Você tem um chamado para cumprir



Você não nasceu por acidente. A bíblia diz que antes de você ser concebido Deus já pensava em você.

        “Os teus olhos viram a minha substância ainda informe, e no teu livro foram escritos os dias, sim, todos os dias que foram ordenados para mim, quando ainda não havia nem um deles.” (Salmos 139.16)

        Sim! Você nasceu com um propósito. Você tem uma missão, um destino dado por Deus. A vida pode ser comparada com uma escada e cada ano com um degrau. Eu não sei em que em que degrau você está, mas eu sei que a maior de todas as tragédias é chegar ao topo e descobrir que sua escada estava na parede errada. Lembre-se: o seu chamado tem que ser mais importante do que sua própria vida. O chamado é o fim, a vida é o meio. O apóstolo Paulo entendeu isso quando afirmou: “mas em nada tenho a minha vida como preciosa para mim, contanto que complete a minha carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho do evangelho da graça de Deus”. (Atos 20.24).

        Quero encorajar você a descobrir o seu chamado. Tenha certeza que há algo em você que pode contribuir para este mundo que nenhuma pessoa tem.

        Você sabe por que há tanta carência, miséria e necessidade no mundo? É porque muitos negligenciam o seu chamado. Chamado tem haver com necessidades. Olhe a seu redor. Você vê necessidades? Você vê aquela pessoa precisando de uma palavra de ânimo? Ou você só daria uma palavra se fosse para uma multidão. Você vê pequenas oportunidades de servir? Ou está esperando por uma GRANDE oportunidade?

        Somente quando somos fiéis nas pequenas coisas é que podemos crescer para coisas maiores. Por que você não começa hoje aí mesmo onde está?

        Você não precisa saber com exatidão a natureza do seu chamado para poder começar. Você foi chamado para ser benção! “Paulo, pensei que eu tivesse sido chamado para receber bênçãos!” Não! Tire os olhos de si próprio. Quando você levantar cada manhã determinado a ser benção, as bênçãos correrão atrás de você. E você verá que a maior Benção é ser Benção!

        Jesus disse que nos últimos dias o amor de muitos esfriará, o que significa que as pessoas serão egoístas, voltadas para si próprias. As pessoas estarão tão preocupadas com seus próprios problemas que até quando pensarem no chamado de Deus para suas vidas pensarão em termos de autopromoção e realização pessoal ao invés de servir o próximo. Eu desafio você a “nadar contra a corrente”. Pergunte: para quem eu posso ser uma benção hoje?

        Quem precisa de um telefonema meu? Convide aquela mãe solteira para jantar com sua família. Ofereça uma carona depois do culto para aquela família que mora longe. Convide os filhos daquela família mais pobre quando levar seus filhos ao cinema e pague os ingressos, o refrigerante e as pipocas. Ao invés de forçar seus filhos a estudar inglês, espanhol, balé, judô, piano, computação, natação e guitarra, porque não oferece um curso para aquela criança que tem talento e precisa de alguém como você para incentivá-la? Sirva aqueles que você não teria nenhuma motivação de impressionar. Aqueles que não podem pagar você de volta. Veja amigo, por que deus revelaria a você o seu GRANDE CHAMADO se você não é disposto a servir nas pequenas coisas? Não espere até amanhã. Comece hoje mesmo a por em prática o que deus tem falado ao seu coração! Deus te guarde!

Paulo Costa

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Estou Construindo Uma Catedral



Dois pedreiros estavam assentando tijolos. Alguém que passava perguntou a um deles:
- Que é que o senhor está fazendo?
- Estou levantando uma parede.
- E o senhor? - perguntou ao outro.
- Eu estou construindo uma catedral.
Os dois eram operários. Usavam a mesma ferramenta. Utilizando-se do mesmo material. A obra que faziam era a mesma. Mas um apenas construía, enquanto o outro construía uma catedral.
Na vida acontece o mesmo. Uns simplesmente vivem; outros sonham. Estes vivem, aqueles vegetam.

A vida tem o sentido que lhe damos. Pode ser aventura e pode ser rotina. Excitante ou insípida. Vulgar ou nobre. Vida ou vidinha, segundo o nosso estilo de vivê-la.
Até nas coisas banais. Eis um jardim: alamedas, canteiros, flores, pássaros, cor, perfume.
Para alguns aquilo é jardim e para outros um mero quarteirão a mais na cidade grande.

Jesus sempre esteve entre os primeiros: "Olhai as aves do céu, que nem semeiam, nem segam, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai Celestial as alimenta... Olhai os lírios do campo, como eles crescem; não trabalham nem fiam" (Mateus 6:26, 28).
Para cada um de nós Deus tem sempre um poema para ser lido na página de um dia antes da página de outro dia. Pode ser um sorriso de criança, uma bênção de mãe, um sussurro de prece, um fumo de chaminé, um apito de fábrica, uma caçarola fervendo, um canteiro de verdura, um pôr-do-sol. Que felicidade de pobre também é felicidade... quando ele sabe ser rico de felicidade.

Faz-nos pensar na história do matuto1.
Conversavam os dois, ele e um jovem enamorado. Noite de luar.
- Que noite linda - diz o moço num suspiro.
- Linda, sim, pra caçar tatu, resmunga o outro, cuspindo pro lado.
Moral da história: enquanto uns levantam paredes, outros constroem catedrais.

1 Matuto: Indivíduo que vive no campo e cuja personalidade revela rusticidade de espírito; caipira.

Pastor Rubens Lopes