quarta-feira, 23 de maio de 2012

Nele não há pecado.


O coração de Cristo

O coração de Jesus era puro. O Salvador era adorado por milhares de pessoas, mas ainda assim contentava-se com uma vida simples. Ele recebeu o cuidado de mulheres (Lc 8.1-3) e nunca foi acusado de ter pensamentos impuros; foi desprezado por aqueles a quem criara, mas mostrou-se disposto a perdoá-lo antes mesmo que clamassem por misericórdia. Pedro, que viajou com Jesus durante três anos e meio, descreveu-o como um “cordeiro imaculado e incontaminado” (1 Pe 1.19). Após sua convivência com Jesus, João concluiu: “e nele não há pecado” (1 Jo 3.5).

Jesus possuía um coração sereno. Os discípulos inquietavam-se sobre a necessidade de alimentar a muitos, mas Jesus não. Ele agradeceu a Deus pelo problema. Os discípulos gritaram de medo durante a tempestade, Jesus não. Ele dormiu o tempo todo. Pedro puxou sua espada para lutar com os soldados, mas Jesus não. Ele levantou sua mão para curar. Seu coração estava em paz. Quando seus discípulos o abandonaram, Ele ficou amuado e quis voltar para casa? Quando Pedro o negou, Jesus perdeu a paciência? Quando os soldados cuspiram em sua face, soprou fogo neles? Nem pensar! Ele estava em paz. Ele os perdoou. Recusou-se a ser guiado pela vingança.

Também recusou-se a ser dirigido por qualquer outra coisa que não fosse seu chamado supremo. Havia um propósito em seu coração. A maioria das pessoas nada almejam em particular e é só isto que conseguem. Jesus possuía um único objetivo – salvar a humanidade dos seus pecados. Ele poderia resumir sua vida em uma única sentença: “Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o que se havia perdido” (Lc 19.10). Jesus estava tão concentrado em sua missão que soube quando dizer “Ainda não é chegado a minha hora” (Jo 19.30). Mas Ele não estava concentrado a ponto de se tornar inconveniente.

Ao contrário, como eram agradáveis seus pensamentos! As crianças não podiam resistir a Jesus. Ele encontrava beleza nos lírios, alegria na adoração e possibilidades nos problemas. Ele passava dias entre multidões de pessoas enfermas e ainda sentia pena delas. Ele passou mais de três décadas entre a sujeira e o lamaçal de nossos pecados e ainda enxergou beleza em nós a ponto de morrer por nossas transgressões.

Porém, o maior atributo de Jesus era este: seu coração era espiritual. Seus pensamentos refletiam um relacionamento íntimo com o Pai. “Crede-me que estou no Pai, e o Pai, em mim”, afirmou Ele (Jo 14.11). seu primeiro sermão tem início com as palavras “O Espírito do Senhor é sobre mim” (Lc 4.18). Ele foi “conduzido pelo Espírito” (Mt 4.1) e “cheio do Espírito Santo” (Lc 4.14). Ele retornou do deserto “pela virtude do Espírito” (Lc 4.14).



Jesus recebeu suas instruções de Deus. Ele tinha o hábito de adorar (Lc 4.16). Era sua prática memorizar as Escrituras (Lc 4.4). Lucas diz que Jesus “retirava-se para os desertos e ali orava” (Lc 5.16). Seus momentos de oração o orientavam. Certa vez, ao retornar de um período de oração, Ele anunciou que era tempo de ir para outra cidade (Mc 1.38). Outro momento de oração resultou na escolha dos discípulos (Lc 6.12,13). Jesus era guiado por uma mão invisível. “Porque tudo quanto ele (Deus) faz, o Filho o faz igualmente” (Jo 5.19). No mesmo capítulo, Ele afirma: “Eu não posso de mim mesmo fazer coisa alguma; como ouço, assim julgo” (Jo 5.30).

O coração de Jesus era espiritual.

fonte: Simplesmente como Jesus - Max Lucado

Nenhum comentário:

Postar um comentário