sexta-feira, 16 de setembro de 2011

brilho, esplendor e luminosidade



A glória como brilho, esplendor e luminosidade


Isso me leva ao outro sentimento da palavra glória – glória como brilho, esplendor e luminosidade. Nós devemos brilhar como o sol; fomos criados para receber a Estrela da Manhã. Acredito que estou começando a ver o que isso significa. De uma certa forma, é claro que Deus já nos deu a Estrela da Manhã: você pode ir e curtir o presente de muitas alvoradas fantásticas se acordar cedo o suficiente. O que mais, você poderia perguntar, nós queremos? Ah, mas nós desejamos tantas coisas mais – algo a que os livros sobre estética dão pouca atenção. Os poetas e as mitologias sabem tudo sobre esse assunto.

Não desejamos simplesmente ver a beleza, embora, Deus sabe, isso já seja um prêmio suficiente. O que desejamos é alguma outra coisa que dificilmente conseguiremos expressar em palavras – desejamos ser unidos com a beleza que podemos ver, passar para dentro dela, recebê-la dentro de nós, nadar nela, nos tornar parte dela. É essa a razão por que nós enchemos o ar, a terra e a água com deuses e dessas, ninfas e elfos – embora não consigamos, ainda assim essas projeções podem nos fazer apreciar nelas mesmas aquela beleza, aquela graça e aquele poder de que a natureza é a imagem. Eis por que os poetas nos contam que a “beleza que nasce do murmúrio” passará a face humana; mas isso não acontecerá. Ou, pelo menos, ainda não, porque, se levarmos a sério o imaginário das Escrituras, se acreditarmos que Deus irá realmente nos dar a Estrela da Manhã um dia e fazer com que nós vislumbremos o esplendor do Sol, então poderemos supor que tanto os mitos antigos quanto a poesia moderna, tão falsos quanto a história, possam estar tão perto da verdade quanto as profecias. No presente momento, estamos do lado de fora do mundo, do lado errado da porta. Nós discernimos o frescor da manhã, mas isso não nos torna frescos e puros. Não temos como nos misturar com e esplendor que vemos. Porém cada página do Novo Testamento sussurra o rumor de que isso não será assim para sempre. Se Deus quiser, um dia seremos autorizados a entrar.

C S Lewis – O peso da glória

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Recomeçar


   "Quando Gregor Samsa despertou, certa manhã, de um sono agitado, viu-se metamorfoseado num monstroso inseto". Assim, incrivelmente e sem qualquer explicação, Franz Kafka inicia uma de suas obras mais famosas, "A Metamorfose", que só recentemente me atrevi a ler. Gostei.
  

   O enredo conta o drama de uma família que perdeu sua coluna de sustentação, o jovem Samsa, sujeito trabalhador e dedicado, arrimo de família, orgulho de pai e mãe, e principal incentivador da irmã mais nova. Transformado numa espécie de barata, nunca mais saiu do quarto, onde vivia sob o sofá, pelas paredes e olhando a janela, como que esperando a morte chegar. E chegou. Contudo, a família adaptou-se à tragédia e reinventou-se.

   Também metamorfoseou-se. Encontrou alternativas vitais, organizou-se, dinamizou-se e seguiu em frente. O antigo "pilar" virou um "peso". Quando morreu, aliviou a todos, os quais puderam tocar suas vidas com alegria maior que aquela que tinham antes. Inimaginável.

   O livro é uma crítica social que toca, dentre outros pontos, na nossa capacidade de continuar vivendo, apesar de tudo. Nenhuma tragédia, nenhuma adversidade, nenhum revés ou o que quer que seja, exceto a morte, deve ser recebido como desfecho, impedimento, fim de linha, impossibilidade. Sempre é possível superar perdas, decepções ou dissabores. Sempre é possível recomeçar.

   Poucas mensagens são tão inspiradoras e fundamentais. A vida não é uma carreira estável e sempre ascendente, isenta de interpéries ou acidentes de percurso. Pelo contrário. E todos sabemos isto. Inclusive, por experiência própria.

   A diferença entre pessoas não consiste em que umas passam por dramas particulares, enquanto outras nunca sofrem dificuldade alguma.

   Não. A diferença está em que umas seguem em frente, enquanto outras optam pela estagnação, a desistência e a deserção. Felizes são os que caem e levantam.

   Pobres, os que ficam caídos.

   Preciso de sabedoria para quando precisar recomeçar, o que certamente se me exigirá, cedo ou tarde. Sabedoria e fé, acrescente-se.

   Afinal, esta é uma das propostas básicas da confissão cristã: "se alguém está em Cristo é nova criatura; as coisas antigas passaram e tudo se fez novo" (2 Coríntios 5.17); "como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida" (Romanos 6.4); "aquele que está assentado no trono disse: eis que faço novas todas as coisas" (Apocalipse 21.5).

   Mais sábio e mais confiante, crerei, em detrimento do que quer que me tenha afetado, que o futuro permanece em aberto e convidando à novidade de vida. Como disse Tim Hansel: "a boa notícia é esta: que a melhor fase da vida ainda está pela frente".

   Preciso de sabedoria para quando precisar soerguer-me, pois não estou e jamais estarei (não nesta vida!) livre das quedas.

   Sabedoria e coragem, portanto. Afinal, não levanta somente quem ainda encontra forças e motivos, mas também quem supera o medo de uma nova queda ou novo golpe. "O que não nos mata nos torna mais fortes", diz o ditado.

   "Por amor de Deus, somos entregues à morte todos os dias e fomos considerados como ovelhas para o matadouro; mas em todas estas coisas somos mais que vencedores", disse o apóstolo Paulo (Romanos 8.36, 37). "No mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo", disse Jesus (João 16.33).

   É contra elas e apesar delas, na certeza da vitória final, que saímo da cama todos os dias.


   A não ser que em nossas veias corra sangue de barata...



   Pr Marcelo Gomes - 1ª Igreja Presbiteriana Independente de Maringá

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Confrontar em amor...




   Os conflitos são, geralmente, sintomas de uma brecha que começou a surgir no passado. Discordâncias entre cônjuges aparecem inúmeras vezes na Bíblia. A descrição poética de Salomão desse desentendimento com a esposa inexperiente demonstra a diferença de sentimentos, a comunicação truncada e o curto espaço de tempo para se aprender a viver juntos em amor. Abraão e Sara brigaram porque ela não podia ter filhos (GN 16.5); Jacó e Raquel Também (Gn 30.1-2). A esposa de Jó discordou de sua reação à enfermidade (Jó 2.9-10). O profeta Malaquias denunciou os sacerdotes que haviam rompido e não restabelecido seus votos matrimoniais (Ml 2.14-16).

   As discordâncias são comuns, mas a Bíblia também apresenta a orientação para resolvê-las. Paulo e Pedro oferecem pistas para se prevenir e se acertar atritos domésticos. Aos casais discordes de Corinto, Paulo escreveu: "Deus vos tem chamado à paz" (1Co 7.15). Este é o objetivo supremo. Pedro admoestou as esposas que vivenciavam relacionamentos pouco amistosos com maridos incrédulos e ganhá-los com espírito manso e tranqüilo (1Pe 3.1-4).

   A natureza humana não mudou. A competição e a contestação só levam a consequências desagradáveis. O amor, por outro lado, "sofre... crê... espera... suporta tudo" (1Co 13.7). Jesus nos ensinou a tirar a trave dos olhos antes de tentar tirar o argueiro dos olhos dos outros (Mt 7.3-5).

   A misericórdia é parte vital para diminuir as tenções. O espírito tolerante, perdoador e paciente atenua os confrontos (Mq 6.8). A sensibilidade no momento adequado também recupera o calor do afeto. Não devemos deixar os problemas se transformarem em amargura. O Novo Testamento adverte quanto a não deixar que o sol se ponha sobre a nossa ira (Ef 4.26). Mesmo que o problema não seja resolvido, o processo de paz foi iniciado.

   Finalmente, devemos perdoar. A calma cai sobre nós quando deixamos Cristo controlar nossas mágoas. Ele deu o exemplo de perdão (1Pe 2.23) e só ele pode nos dar forças para enterrar a vingança e restaurar a harmonia nos relacionamentos. Os cristãos devem ser pacificadores (Mt 5.9).

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

A alegria de Deus



Experimentar a alegria de Deus


A felicidade pode ser definida como uma sensação de contentamento espiritual que a acompanhará em vitórias, perigos ou angústias da vida, dando-lhe equilíbrio, serenidade, paz de espírito e tranquilidade (Mt 5.3-12). A felicidade pode ou não estar relacionada com os acontecimentos de sua vida. Em muitas ocasiões, os acontecimentos externos afetam nossas atitudes. Contudo, a felicidade é, também, um ato de vontade (Sl 144.15). Muitas coisas que "acontecem" na vida são motivo para nos sentirmos infelizes, mas temos o poder, por intermédio de Cristo, de reagir como quisermos a isso. A felicidade é uma opção positiva potencial.

Jesus mostra algumas características que geram felicidade (humildade, justiça, misiricórdia, espírito apaziguador; Mt 5.8-11). O cristão não deve se preocupar em fazer, mas em SER e VIVER! O comprometimento total com o senhor resultará numa reação cristã instintiva aos acontecimentos, à medida que ocorrem. Você deve apropriar-se das ferramentas que Deus colocou à sua disposição (a Palavra dele e o Espírito Santo) para buscar a felicidade (Pv 3.13; 29.18). Quando a fé e a conduta do cristão estão equilibradas, resultam em felicidade.

Felicidade é desfrutar de tudo o que o Senhor lhe deu e não lamuriar pelas coisas que lhe foram tiradas ou recusadas (Mt 6.33-34). Felicidade é confiar na onisciência e na soberania de Deus. Você deve acreditar que, em cada "acontecimento", Deus vai operar para o seu bem (Rm 8.28). A felicidade vem da obediência e da fé no Senhor.



Fonte: Bíblia Editora Mundo Cristão - Pág. 807

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Mas sentir o próprio Deus...


  "É sempre chocante encontrar vida quando pensamos estar sós. "Venha ver!", gritamos, "está vivo". É exatamente nesse ponto que muitos recuam. Acreditar em um "Deus impessoal" - tudo bem. Em um Deus subjetivo, que vive na mente das pessoas - melhor ainda. Em alguma energia gerada pela interação entre as passoas, em algum poder avassalador que podemos deixar fluir - o ideal. Mas sentir o proprio Deus, vivo, puxando do outro lado da corda - é outra coisa.
  Há um momento em que as crianças que estão brincando de polícia e ladrão, de repente, ficam quietas e uma sussurra no ouvido da outra: "Você ouviu aqueles passos no corredor?"
  Chega uma hora em que as pessoas que ficam brincando com a religião ("a famosa busca do homem por Deus"), de repente, voltam atrás: "Já pensou se nós o encontrassemos mesmo? Não é essa a nossa intenção! E, o pior de tudo, já pensou se ele nos achasse?"

  C S Lewis

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Um dom do Criador



Sexualidade – Um dom do Criador


        Embora a palavra “sexo” não apareça na bíblia, a linguagem bíblica descreve o plano de Deus para o comportamento sexual humano, inclusive para a geração de uma descendência e para o prazer sexual no casamento. O sexo foi planejado pelo Criador como um presente especial, que permite ao marido e à esposa expressarem sua unidade em amor íntimo e exclusivo e compartilhar do plano dele para a procriação. Os impulsos sexuais são dados por Deus como um meio de atingir o êxtase natural mais elevado que o corpo humano pode experimentar. Eles são destrutivos apenas quando estão fora de controle ou são mal utilizados.

        Existem passagens que valorizam o sexo e que o celebram com alegria (Gn 18.22; 26.8; Ct 4.1-16); outras recomendam abstinência da atividade sexual (Ex 19.15; 1Sm 21.4-5). Os desvios sexuais são claramente condenados: homossexualismo (lv 18.22; Rm 1.26-27; 1Co 6.9-10); bestialidade (Ex 22.19; Lv 18.23); incesto (Lv 18.6-18; 1Co 5.1-13); estupro (Dt 22.23-29); prostituição (Pv 7.1-27; 29.3). qualquer relacionamento sexual íntimo fora dos limites de fidelidade impostos pelo pacto de casamento monogâmico é condenado como imoralidade sexual (Ex 20.14; Dt 22.22; 1Co 6.9-10). A alternativa é o dom do celibato (Mt 19.12; 1Co 7.7). Os cristãos devem exercitar o domínio próprio para superar os impulsos sexuais inadequados, não pelo ascetismo (Gl 5.16; 1Tm 4.1-5), mas pelo poder do Espírito Santo.

        Alguns fatos a respeito do sexo devem ser lembrados:

1.    O sexo é uma dádiva de deus (Gn 2.18). Satanás nada pode oferecer à sexualidade senão distorção e vazio. A discussão franca sobre sexo não é errada em si mesma, mas se torna errada quando essas discussões se dão fora do contexto divinamente determinado.
2.   O sexo entre um homem e uma mulher é diferente do sexo entre os animais (Gn 2.19-20). A sexualidade humana tem um propósito específico além da procriação.
3.   A relação sexual é uma união total e, portanto, poderosa e misteriosa (Gn 2.21-23). Deus fez dois de um, e os dois não estão completos enquanto não estiverem reunidos. (A exceção a esse conceito seria quando Deus concede o dom do celibato).
4.   O sexo é regulamentado e intencional (Gn 2.24-25). Deus mesmo estabeleceu os limites (Mt 19. 4-6). Qualquer coisa aquém desse compromisso total e exclusivo entre marido e esposa é frustrante e destrutivo.
5.   Deus aprova os relacionamentos em que marido e esposa atendem suas necessidades físicas no relacionamento sexual (Pv 5.15,18-19). Tanto o marido como a esposa têm necessidades sexuais que devem ser atendidas no casamento (!Co 7.3), e cada um deve atender as necessidades do outro e não as próprias.

Os objetivos da intimidade sexual são os seguintes:

·        Conhecimento (Gn 4.1);
·        União (Gn 2.24);
·        Consolo (Gn 24.67);
·        Procriação (Gn 1.28);
·        Relaxamento e diversão (Ct 2.8-17; 4.1-16); e
·        Defesa conta a tentação (1Co 7.2-5).

Ao marido é ordenado que encontre satisfação (Pv 5.19) e alegria (Ec 9.9) com a esposa e que se preocupe em atender a suas necessidades exclusivas (dt 24.5; 1Pe 3.7). a esposa é responsável pela disponibilidade (1Co 7.3-5), preparação e planejamento (Ct 4.9), interesse (v. 16; Ct 5.2) e sensibilidade às singulares necessidades masculinas (Gn 24.67).


Bíblia de Estudo – Editora Mundo Cristão – Pág. 853

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Quem você é na verdade?




O médico e o Monstro

Resgate

É uma fita dupla face que não vai colar
A vida dupla é o teu disfarce
Pra se enganar

É o Doutor e o Monstro
Jekyll and Hyde

Quem você é na verdade
Da pra saber
Qual a sua identidade
sem se esconder

É o Doutor e o Monstro
Jekyll and Hyde

Só conhecendo a verdade pra se libertar
O amor de Jesus é o remédio
Que vai te curar

Tudo que você sonhava
Numa poção
Uma dose inesperada
Pra escravidão

É o Doutor e o Monstro
Jekyll and Hyde

Nessa experiencia a cobaia é você
que triste resultado
vai ter

Para se separar o joio deixe crescer
para o encontro com a verdade
um deles tem que morrer