segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Confrontar em amor...




   Os conflitos são, geralmente, sintomas de uma brecha que começou a surgir no passado. Discordâncias entre cônjuges aparecem inúmeras vezes na Bíblia. A descrição poética de Salomão desse desentendimento com a esposa inexperiente demonstra a diferença de sentimentos, a comunicação truncada e o curto espaço de tempo para se aprender a viver juntos em amor. Abraão e Sara brigaram porque ela não podia ter filhos (GN 16.5); Jacó e Raquel Também (Gn 30.1-2). A esposa de Jó discordou de sua reação à enfermidade (Jó 2.9-10). O profeta Malaquias denunciou os sacerdotes que haviam rompido e não restabelecido seus votos matrimoniais (Ml 2.14-16).

   As discordâncias são comuns, mas a Bíblia também apresenta a orientação para resolvê-las. Paulo e Pedro oferecem pistas para se prevenir e se acertar atritos domésticos. Aos casais discordes de Corinto, Paulo escreveu: "Deus vos tem chamado à paz" (1Co 7.15). Este é o objetivo supremo. Pedro admoestou as esposas que vivenciavam relacionamentos pouco amistosos com maridos incrédulos e ganhá-los com espírito manso e tranqüilo (1Pe 3.1-4).

   A natureza humana não mudou. A competição e a contestação só levam a consequências desagradáveis. O amor, por outro lado, "sofre... crê... espera... suporta tudo" (1Co 13.7). Jesus nos ensinou a tirar a trave dos olhos antes de tentar tirar o argueiro dos olhos dos outros (Mt 7.3-5).

   A misericórdia é parte vital para diminuir as tenções. O espírito tolerante, perdoador e paciente atenua os confrontos (Mq 6.8). A sensibilidade no momento adequado também recupera o calor do afeto. Não devemos deixar os problemas se transformarem em amargura. O Novo Testamento adverte quanto a não deixar que o sol se ponha sobre a nossa ira (Ef 4.26). Mesmo que o problema não seja resolvido, o processo de paz foi iniciado.

   Finalmente, devemos perdoar. A calma cai sobre nós quando deixamos Cristo controlar nossas mágoas. Ele deu o exemplo de perdão (1Pe 2.23) e só ele pode nos dar forças para enterrar a vingança e restaurar a harmonia nos relacionamentos. Os cristãos devem ser pacificadores (Mt 5.9).

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