A mídia brasileira desenvolve um esforço incansável em sua campanha para tentar emplacar a idéia de que os crimes de ódio contra homossexuais, ou seja, crimes “homofóbicos”, teriam alcançado “níveis alarmantes” a ponto de se tornarem um dos principais problemas – senão o principal – a serem combatidos pela sociedade. A estratégia tem como objetivo final a criação de leis restritivas às opiniões contrárias à ideologia homossexual.
Homofobia, uma palavra que, em princípio significa apenas “medo do igual”, em tempos recentes tem ocupado um crescente espaço nos meios de comunicação como um termo mais ideológico e político do que descritivo, calculadamente planejado de modo a ser vago e flexível o suficiente para rotular toda e qualquer iniciativa de oposição à cultura homossexual, que encontra enorme apoio na mídia, na esfera governamental e empresarial. Sendo assim, debaixo do termo homofobia, é possível designar desde um simples questionamento da pertinência do “casamento homossexual” até uma agressão física que um gay sofra na rua, independentemente da causa.
Porém, mesmo com toda a elasticidade do termo, a mídia não pode se valer apenas de números, uma vez que os números, incluindo os apresentados por entidades que apoiam a causa homossexual, não são capazes de demonstrar que homossexuais sejam mais vítimas de crimes violentos do que a média da população geral. Tampouco os dados levantados oferecem embasamento para demonstrar que os crimes contra homossexuais sejam de fato motivados por “homofobia” e não por outras causas, tais como comportamento de risco ou violência comum.
Para compensar essa falta de dados concretos que sustentem a campanha, alguns meios de comunicação estão apelando para transformar qualquer oportunidade que surgir em um novo “crime de ódio homofóbico”. Exemplo disso é a notícia veiculada ontem, 29/08/11, pela revista Veja Online com o título “Homofobia motiva mais uma agressão na Avenida Paulista”.
A matéria é confusa e nebulosa, fala de uma dupla de amigos que foi atacado por um grupo pouco depois de saírem de uma casa noturna. “Vimos um grupo de seis pessoas do outro lado da rua e fomos perguntar o que estava acontecendo. Aí eles já começaram a nos bater” diz uma das vítimas, sem deixar claro na matéria por que teriam ido até o grupo.
Ao verificar no conteúdo da matéria o que havia para embasar o título tão incisivo, constatamos que a conclusão se baseou apenas na análise subjetiva da própria vítima, ao dizer que tinha certeza de ser uma agressão homofóbica porque o grupo teria gritado “sai daqui, seu veadinho” para eles. As vítimas afirmam que nem gay são. Mesmo assim, tomaram o tradicional palavrão, costumeiramente usado mais como vocativo do que como ofensa propriamente dita, como um ataque pessoal.
Ao verificar no conteúdo da matéria o que havia para embasar o título tão incisivo, constatamos que a conclusão se baseou apenas na análise subjetiva da própria vítima, ao dizer que tinha certeza de ser uma agressão homofóbica porque o grupo teria gritado “sai daqui, seu veadinho” para eles. As vítimas afirmam que nem gay são. Mesmo assim, tomaram o tradicional palavrão, costumeiramente usado mais como vocativo do que como ofensa propriamente dita, como um ataque pessoal.
A não ser que o uso da expressão “viadinho” seja objetivamente um caso de “homofobia” – o que só seria possível de se afirmar apelando-se ao extremo para a versatilidade do termo homofobia – a revista está incorrendo, por razões meramente ideológicas, em conclusões que extrapolam em muito o limite razoável permitido pelos fatos apresentados.
Fonte: www.outramente.org
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