sábado, 19 de novembro de 2022

#psicologia e a Bíblia

 

A psicologia é Bíblica?

John Coe

 

 

A resposta é sim, e não, dependendo de quatro maneiras diferentes de interpretar esta controversa pergunta. Mas antes de examinar estas quatro formas, vamos considerar as definições da palavra psicologia.

Definições: (1) Como tarefa, a psicologia tem a ver com a observação e a reflexão sobre as pessoas e suas complexas situações, com o propósito de entender a natureza humana e os seus componentes, crescimento, disfunção e sabedoria para viver; (2) Como um produto, a psicologia é o conjunto sistemático de informações que resultam de uma mente envolvida no entendimento da natureza humana, mudanças, etc. (por exemplo, a psicologia de Freud); (3) Como uma intervenção, a psicologia, ou psicoterapia, é o relacionamento entre o terapeuta e pessoas, que consiste de ouvir com empatia, entender, cuidar com afeto e, quando apropriado, interpretar verbalmente as disfunções, para auxiliar relacionamentos saudáveis, consciência, sabedoria e crescimento.

 

1.       uma psicologia contida na Bíblia? Interpretando a nossa pergunta original com este sentido, a resposta é, claramente, sim. Durante séculos, os teólogos falaram sobre antropologia do Antigo Testamento, a psicologia do Antigo testamento, a psicologia do novo Testamento, a psicologia de Paulo, etc. Os autores bíblicos, sob a inspiração do Espírito Santo, apresentam inúmeras observações e reflexões sobre a natureza da alma humana (Gn 2.7; Lv 24.17), o espírito (Is 29.24), o corpo (Is 31.3), a mente (Fp 2.3), o coração (Sl 90.12), a disfunção (Tg 1.8), o progresso (Ef 3.16-19), o processo de mudança (Rm 12.1, 2), e a sabedoria para viver, como apresenta o livro de Provérbios. Está claro que Deus, sendo o Criador da humanidade, tem uma psicologia abrangente e sistemática, e transmitiu muitas destas noções cruciais por intermédio das reflexões dos autores bíblicos inspirados.

 

2.   As psicologias são formadas separadamente da Bíblia Sagrada e das doutrinas bíblicas? Obviamente, as reflexões de Sigmund Freud e Carl Rogers não são bíblicas, no sentido de que as noções não estão incluídas na Bíblia. No entanto, se as suas teorias bíblicas, no sentido de serem consistenes com a Bíblia ou de estarem refletidas nela, é uma questão mais complexa. Por exemplo, podemos encontrar correlações entre a visão de Freud do “inconsciente” e da “repressão”, e a noção bíblica do “coração oculto” que insiste que sempre há mais nas profundezas de uma pessoa do que na superfície (Pv 14. 13), frequentemente devido à natureza enganadora do coração (Jr 17.9; Rm 1.18). Embora Freud tivesse algumas coisas sensatas e verdadeiras a dizer sobre a natureza dos motivos ocultos do coração, está claro que a sua visão materialista do “inconsciente” e a sua explicação casualmente determinista do funcionamento da mente não são bíblicas. Assim, as psicologias baseadas em observações e reflexões exteriores à Bíblia são uma mistura de ideias que devem ser criticadas uma a uma.

O benefício da investigação destas psicologias extrabíblicas é duplo: (1) Elas podem fornecer exemplos concretos para verdades bíblicas; (2) Elas podem auxiliar a elucidar elementos que os autores bíblicos expuseram apenas superficialmente (por exemplo, vícios e ira).

 

3.       É bíblico envolver-se na tarefa da psicologia, que envolve não somente a Bíblia, mas também a observação e a reflexão extrabíblicas? Os cristãos contemporâneas não chegaram a um consenso sobre isto. Alguns adeptos da posição de aconselhamento bíblico negam qualquer autorização bíblica para isto, ao passo que alguns integracionistas afirmam que existe um precedente bíblico para esta tarefa de fazer psicologia.

Os autores do livro de Provérbios eram homens sábios do Antigo Testamento, que tinham a única função de instruir Israel a viver bem em todas as áreas da vida, submissos a Deus, com base na sua sabedoria e experiência (Pv 1.1-6, 8, 9; 4.1; 6.20). A essência desta sabedoria envolve ter um relacionamento correto com Deus (PV 1.7), que é a fonte suprema de toda a sabedoria (Pv 2.6) e revelação, que é essencial para a saúde mental de um povo (Pv 29.18). Todavia, os homens sábios também insistiram que há uma importante fonte extrabíblica de sabedoria para viver, discernível pela observação e reflexão sobre o mundo natural (Pv 6.6, 30.24-28) e especialmente sobre as pessoas e suas complexas situações (Pv 24-30-34). Deus criou o mundo através da sua sabedoria (Pv 3.19-20), de modo que esta sabedoria está gravada na criação como a ordem natural das coisas (Pv 8.22-31). Pela observação destas leis da sabedoria, na natureza e na vida humana, é possível descobrir um conjunto de sábios princípios para semear e colher, de modo a evitar a tolice e viver uma vida boa, em submissão a Deus, e de acordo com a maneira criada da natureza humana (Pv 8.32-36).

Consequentemente, os sábios do Antigo Testamento fornecem precedentes bíblicos e justificativas para a ciência da psicologia. No caso dos provérbios bíblicos, Deus operou por meio das experiências dos sábios, para produzir observações inspiradas e princípios para a vida. Enquanto a sabedoria reunida nas Escrituras tem sanção e autoridade divinas, a obra continuada da igreja na psicologia está sujeita ao escrutínio das Escrituras, raciocínio e observação. Embora os incrédulos possam descobrir a sabedoria para a vida por meio da psicologia, somente o crente pode conhecer estes princípios e viver de acordo com eles, como é necessário no relacionamento com Deus.

 

4.       A psicoterapia é bíblica? Certamente, a intervenção da psicoterapia é bíblica, no sentido de que as escrituras encorajam a empatia, o entendimento sincero, e relacionamentos de carinho e interesse entre as pessoas. Isto é evidenciado na admoestação a respeito de “seguir a verdade em amor” (Ef 4.15, versão RA), nas instruções “uns aos outros” (Ef 4.32; Cl 3.12-14; 1 Ts 5.11,14), nos dons da igreja (Rm 12.4-8) e nas reflexões e conselhos para uma vida sábia, encontrados no livro de Provérbios (4.1-5). Contudo, o conteúdo daquilo que a psicoterapia transmite, como uma sabedoria, deve ser avaliado pelas Escrituras (Pv 21.30), pela verdade (Pv 8.7) e pela sua apropriação à situação (Pv 25.11).



sábado, 12 de novembro de 2022

# Distrações


Diferente do cristão que está travando uma acirrada luta contra o pecado, o crente que costuma ser enredado pelas distrações é, em geral, alguém que não necessariamente tem cedido ao pecado, mas perde o alvo ao distrair-se com coisas que talvez sejam até mesmo lícitas, mas roubam-lhe o foco de buscar intensamente o Senhor.

A Bíblia diz que, quando Moisés foi ao Egito com uma mensagem de libertação, o faraó aumentou o trabalho do povo para que este se esquecesse da adoração a Deus:

 

Disse também Faraó: O povo da terra já é muito, e vós o distraís das suas tarefas. Naquele mesmo dia, pois, deu ordem Faraó aos superintendentes do povo e aos seus capatazes, dizendo: Daqui em diante não torneis a dar palha ao povo, para fazer tijolos, como antes; eles mesmos que vão e ajuntem para si a palha. E exigireis deles a mesma conta de tijolos que antes faziam; nada diminuireis dela; estão ociosos e, por isso, clamam: Vamos e sacrifiquemos ao nosso Deus. Agrave-se o serviço sobre esses homens, para que nele se apliquem e não deem ouvidos a palavras mentirosas. (Êxodo 5:5-9 ARA).

 

Esse quadro, no meu entendimento, é uma ilustração da estratégia que Satanás tenta aplicar ainda hoje nos cristãos. Aliás, na tipologia bíblica, o faraó é uma figura do diabo, o nosso antigo tirano e opressor, de quem Deus nos libertou (Cl 1.13). Hoje em dia, há muitas pessoas que se envolvem tanto em seus trabalhos e negócios que não conseguem ter tempo sequer de se lembrar de buscar a Deus, que dirá da busca propriamente dita.

 

- Luciano Subirá - Até que nada mais importe. - p. 15


sábado, 5 de novembro de 2022

#preço a ser pago?

  

Muitos abraçam o evangelho pensando apenas naquilo que podem lucrar com sua decisão. Infelizmente, a negligência da igreja começa a partir da nossa própria pregação e ensino, em nossa apresentação do cristianismo, que tem se tornado, cada vez mais focada nos benefícios que as pessoas podem ter – em detrimento do preço que elas terão de pagar.

 

Preço? Você falou em preço a ser pago na vida cristã?

 

Eu não, quem falou foi Jesus! Ele é quem disse que temos que calcular o custo antes de começar a carreira cristã.

 

O conflito que esse conceito gera se deriva de uma visão incompleta dos princípios bíblicos. Ultimamente tenho ouvido muita gente afirmar que “quem entende a graça sabe que não há lugar para esforço na vida cristã”. O problema dos que fazem tal afirmação é que estão apenas com parte da verdade, não estão enxergando o quadro todo.

 

Quando chegamos a Cristo, recebemos uma salvação que é pela fé, e não por obras (Ef 2.8-9). Não há mérito algum em nós e nada que possamos fazer que nos qualifique a receber a salvação como se ela fosse algum tipo de recompensa. Isso é mais do que óbvio, e ninguém questiona essa verdade. Porém, uma coisa é dizer que nossos esforços não nos fazem merecedores – o que é fato – e outra é dizer que eles não são necessários e que não podem, em hipótese alguma, interagir com a graça. O próprio Cristo afirmou: ESFORCEM-SE para entrar pela porta estreita, porque eu lhes digo que muitos tentarão entrar e não conseguirão (Lc 13.24, NVI – grifo do autor). Se não há necessidade de esforço, por que Jesus exigiria isso de nós?

 

A graça não é uma obra unilateral da parte de Deus. O acesso à graça é por meio da fé (Rm). Se eu não crer, não acesso os depósitos da graça. Portanto, a graça não apenas age em nossa vida; ela reage ao nosso comportamento de fé. E essa fé não se expressa somente por meio de palavras (Rm 10.9, 10), mas também por meio de obras (Tg 2.17, 18).

 

As recomendações bíblicas sobre diligência, dedicação e esforço são abundantes no Novo Testamento. Embora elas não nos façam merecedores de Deus ou de seu reino, não significa em absoluto, que Deus e seu reino não mereçam nossa diligência, esforço e dedicação. Observe a instrução do apóstolo Pedro: Por isso mesmo, vós, reunindo TODA A VOSSA DILIGÊNCIA […]. Por isso, irmãos, procurai, COM DILIGÊNCIA CADA VEZ MAIOR,  confirmar a vossa vocação e eleição; portanto, procedendo assim, não tropeçareis em tempo algum (1Pe 1.10 – grifo do autor).


- Luciano Subirá - Até que nada mais importe. p. 37 -




sábado, 22 de outubro de 2022

# graça?

 Fico incomodado quando ministros fazem comentários como: “Não há diferença entre um cristão e um pecador; cristãos apenas foram perdoados”. Isso é uma heresia e faz duas coisas horríveis: primeiro, diminui o que Deus fez por nós através de Jesus e, segundo, nulifica sua promessa, mantendo seu povo cativo à corrupção deste mundo que é criada por desejos imorais. […]


Esses perpetradores ímpios, que estão disfarçados de pastores, líderes ou crentes, ensinam ou, mais provavelmente, modelam através de seu estilo de vida aquilo que identificam como “graça permissiva”, em vez da autêntica “graça habilitadora”. Ou seja, a graça permissiva que é ensinada não nos protege da Kriptonita (alusão simbólica ao pecado) nem nos capacita a nos afastarmos dela, mas nos permite viver com pouco ou nenhum limite. Isso prepara o caminho para que a sociedade dite o nosso estilo de vida, pois a graça está sendo reduzida meramente a um cobertor em vez de uma força habilitadora. Portanto, basicamente, crentes vulneráveis ficam livres para buscar os desejos de sua natureza decaída, como modelado pela sociedade, tornando-se então susceptíveis à kriptonita. Esse não é o propósito de Deus.




John Bevere. Kriptonita: destruindo o que rouba sua força.


sábado, 15 de outubro de 2022

#Cristo é o salvador?

 

Sabemos que essa provisão salvadora nos é oferecida pela graça e se recebe mediante a fé (Ef, 2.8, 9). Mas é importante ressaltar que a fé tem uma confissão – uma declaração verbal: Se, com a tua boca, CONFESSARES JESUS COMO SENHOR e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Porque com o coração se crê para a justiça e com a boca se confessa a respeito da salvação (Rm 10.9, 10 – grifo do autor).

Portanto, além de crer com o coração, é necessário confessar com a boca a fim de receber a salvação. E aí surge outra questão: confessar o quê? A igreja moderna passou a pregar que precisamos confessar Jesus como Salvador. Mas não isso que a Palavra de Deus diz. Ela diz que temos de confessar Jesus como Senhor!

Mas Cristo não é o nosso Salvador?

Sim, mas esse não é o objeto da nossa confissão; é o resultado.

A palavra “senhor” é fraca em nossa língua e cultura, mas na língua e cultura dos tempos bíblicos, não. Era uma palavra que expressava algo maior do que costumamos mensurar hoje em dia. A palavra grega traduzida por senhor no Novo Testamento é kurios, e de acordo com o léxico de Strong, significa: “aquele a quem uma pessoa ou coisa pertence, sobre o qual ele tem o poder de decisão; mestre, senhor; o que possui e dispõe de algo; proprietário; alguém que tem o controle da pessoa”. E, em relação aos governantes, poderia significar: “soberano, príncipe, chefe, o imperador romano”. Resumindo, era “um título de honra, que expressa respeito e reverência e com o qual servos tratavam seus senhores”.

Era esse o significado da palavra “senhor”. Quando um escravo se dirigia ao seu amo, seu dono, o chamava de senhor. Era o reconhecimento de que ele nada era ou possuía; que em tudo ele era propriedade de seu senhor. Depois de entender isso, precisamos entender por que a Bíblia nos manda confessar Jesus como Senhor (com esse significado). Por trás dessa confissão é que se encontra a resposta de por que o reino de Deus custa tudo o que temos.

O ato redentor de compra realizado por Jesus requer uma apropriação de fé e uma confissão que reconhece, que torna legítimo o ato de compra. Ao confessar que Jesus é o Senhor, estamos reconhecendo o direito que ele tem de ser nosso dono e a consequente condição de sermos sua propriedade. No momento em que nos curvamos ao senhorio de Cristo e o reconhecemos como nosso dono, estamos “desistindo” de possuir qualquer coisa ou mesmo de ser senhores de nós mesmos.

A única forma de entrar no reino de Deus é mediante esse reconhecimento. Portanto, não há duas opções de cristianismo; uma em que você entrega o que quer e quando quer e outra, mais abnegada, em que você entrega tudo. Só existe a última! E mais uma vez enfatizo: Deus não precisa ser Senhor sobre nossa vida e não necessita de nós como seus servos. Nós é que necessitamos estar debaixo de seu senhorio e da sua vontade!

Quando mudarmos a forma de olhar para esse Deus maravilhoso, sem questionar o que pode parecer um alto padrão de exigência, reconhecendo o seu caráter inquestionável e nos dispondo a viver a mais profunda rendição e busca, tudo será diferente.

 

Luciano Subirá - Até que nada mais importe.

 P, 40 e 41.



sábado, 8 de outubro de 2022

# Ética Cristã

Deus deseja que se faça o que é certo em concordância com seus próprios atributos morais. “Sede santos, porque eu sou santo”, foi o mandamento de Deus para Israel (Lv 11.45). “Sede, pois, perfeitos, assim como perfeito é o vosso Pai celestial” (Mt 5.48), Jesus disse aos seus discípulos. “É impossível que Deus minta” (Hb 6.18), assim, nós também não devemos mentir. “Deus é amor” (1Jo 4.16), e Jesus disse, “amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Mt 22.39). Em suma, a ética cristã baseia se na vontade de Deus, e Deus nunca deseja algo que seja contrário ao seu caráter moral imutável. A ética cristã é absoluta A partir do fato de que o caráter moral de Deus não muda (Ml 3.6; Tg 1.17), chega-se à conclusão de que as obrigações morais derivadas de sua natureza são absolutas. Isso significa que são obrigatórias a todas as pessoas e em todos os lugares.


sábado, 1 de outubro de 2022


 

Como é feliz a nação que tem o Senhor como Deus, o povo que ele escolheu para lhe pertencer!

Salmos 33:12


Lembre-se: cristão não compactua com ideologias contrárias a vontade de Deus. Vote com consciência, tendo em mente que não se trata de uma guerra política, mas de uma guerra espiritual. Os movimentos esquerdistas trazem em sua política tudo que contraria a palavra de Deus e, querem impor isso a você e sua família. Ore, repreenda satanás e seus representantes em nome de Jesus, e faça sua parte. Deus abençoe nossa nação!!