sexta-feira, 11 de junho de 2010

uma caricatura de pai - 2


Certa vez eu conversava com um homem que se mostrava exasperado com os problemas familiares, e indagou:

_ "O que mais posso fazer?"

Seu filho estava lhe dando sérios problemas. Esse homem acreditava que fora um bom pai e dera aos filhos tudo de que necessitavam. por isso, não conseguia entender a atitude do rapaz.

Após uma longa conversa, concluí que ele era um dos milhares de pais do mundo de hoje que foram derrotados pelas forças que eles deveriam ter controlado.

Aquele homem ignorava o poder da imagem. era responsabilidade dele exercer certo controle sobre as imagens que o filho via na televisão. Mas permitiu que o garoto assistisse a tudo que era exibido, e com isso deixou que outras forças introduzissem na mente dele uma imagem errada da figura de autoridade.

Essas caricaturas de homens criadas pela televisão acabaram se tornando o modelo masculino para nossos dias. Então, quando seu filho via no pai alguma falha, algum preconceitom ou fraqueza, ele o identificava com a imagem gravada em sua mente pela tevê. confundia a imagem do personagem com seu próprio pai, e assim tinha para com este a mesma atitude que a figura de autoridade mostrada naquele programa lhe inspirava: raiva ou desprezo.

Alguns pais se assustam com o comportamento dos filhos, a aí se conscientizam do enorme poder que a televisão exerce sobre eles. outros já sabem disso há muito tempo. É por esse motivo que alguns grupos estão combatendo com tanta veemência certos programas de tevê.

Não nos esqueçamos de que a mola mestra desses programas é o amor ao dinheiro - que é raiz de todos os males.

Quando alguém observa aos produtores desses programas que a influência da televisão sobre a mente dos espectadores é muito forte, eles não o admitem. Entretanto, esses mesmos homens cobram cerca de $300.000 dólares dos patrocinadores por um comercial de trinta segundos, com o argumento de que o anúncio convence o espectador a comprar o produto que vê na tela. Mas ou é uma coisa ou outra. A televisão tem ou não tem essa força?

Tem sim.

Homem que é Homem - Edwin Louis Cole - pag. 110, 111.

Nenhum comentário:

Postar um comentário