sexta-feira, 20 de maio de 2011

Submissão



Jesus submeteu-se à vontade de Deus


No Getsêmani, Jesus enfrentou um momento decisivo ao ESVAZIAR-SE e submeter-se totalmente à vontade de Deus.
No calor da batalha, sua natureza humana clamou: “Meu Pai, se for possível, afasta de mim este cálice”. Embora fosse Filho de Deus, Cristo teve de enfrentar sofrimento e tentação como ser humano.
“Durante os seus dias de vida na terra, Jesus ofereceu orações e súplicas, em alta voz e com lágrimas, àquele que o podia salvar da morte, sendo ouvido por causa de sua reverente submissão. Embora sendo Filho, ele aprendeu a obedecer por meio daquilo que sofreu” (Hb 5.7,8).
Enquanto esteve nesta terra, Jesus foi obediente à vontade do Pai. Ele esvaziou-se e voluntariamente abriu mão dos atributos divinos. Não deixou de ser Deus, mas DESPIU-SE de toda a sua glória (Fp 2.5-7).
Jesus assumiu a forma humana. De todas as maneiras foi feito “semelhante a seus irmãos”. Ele foi tentado à nossa semelhança “porém, sem pecado” (Hb 2.17;4.15)
Como ser humano, Jesus tinha vontade própria. Mas, durante toda a sua vida, submeteu-se aos propósitos de Deus. No início de seu ministério, durante o batismo no rio Jordão, entregou-se à vontade do Pai. Toda a sua vida estava centrada neste único objetivo: realizar a vontade de Deus. Na estrada para Jerusalém, mostrou-se determinado a cumprir os desígnios do Pai.
No Getsêmani, travou-se uma batalha intensa no íntimo de Jesus. De um lado, Ele sabia ter vindo ao mundo com o propósito de sofrer e morrer, provar a morte no lugar da humanidade e levar sobre si o terrível peso dos pecados de todo o mundo. Por outro lado, sabia que em breve iam prendê-lo e açoitá-lo, amarrá-lo a um poste e surrá-lo com tiras de couro com peças de metal e de ossos afiados na ponta até que sua pele estivesse dilacerada. Sabia que o esbofeteariam e que lhe arrancariam a barba até o seu semblante ficar inteiramente desfigurado. Sabia que não cometera pecado e, no entanto, levaria sobre si toda a iniquidade do mundo – ódio, inveja, mentiras, estupro, assassinato, perversão sexual, lascívia, ganância – e teria de enfrentar a ira de Deus e ser afastado do Pai ao ser julgado por esses pecados. Sabendo disso, a sua porção humana rogou que Ele fosse poupado de beber o cálice do sofrimento.
Entretanto, até mesmo essa sua petição ao Pai baseava-se na vontade de Deus. Ele disse: “Pai, SE QUERES”. Ele não desejava opor-se ao propósito de Deus, mesmo diante da morte.
Três vezes Cristo pediu para ser poupado, e nas três vezes submeteu-se à vontade de Deus. Jesus não estava pensando em si mesmo, nas posses que deixaria para trás ou na terrível dor que deveria experimentar em breve. Ele estava TOTALMENTE SUBMISSO à vontade do Pai.
Na terceira vez que orou, Jesus venceu Satanás e os poderes das trevas. o momento decisivo foi quando, ciente da dor e do sofrimento que o aguardavam, Jesus reafirmou o seu compromisso dizendo: "Não seja como eu quero, mas sim como tu queres”. Ele se ESVAZIOU totalmente de seus desejos, abriu mão da própria vida e submeteu-se a Deus.
Durante aquela intensa agonia e luta espiritual no Getsêmani, Deus não abandonou Jesus. Seus olhos estavam sobre o seu Filho e, por causa da disposição deste em humilhar-se e submeter-se por completo ao plano de Deus, o pai ouviu o seu clamor e enviou um anjo para confortá-lo naquela hora final (Lc 22.43).
Jesus então se pôs de pé e acordou os discípulos. Agora estava pronto para enfrentar o inimigo. Não havia como retroceder. Ele se colocara em posição para conquistar a maior vitória que o mundo já viu!
Jesus conhecia a vontade de Deus.
Ele abriu mão da própria vontade.
Ele estava disposto a obedecer ao Pai até a morte.
Quando Judas, os principais sacerdotes e os soldados romanos chegaram para prendê-lo, Jesus não fugiu. Não estava com medo e não resistiu à prisão. Pedro sacou a espada e cortou a orelha do servo do sumo sacerdote, porém Jesus repreendeu o discípulo: “Guarde a espada! Acaso não haverei de beber o cálice que o Pai me deu?” (Jo 18.11).
Cristo não se rebelou nem deu as costas ao plano de Deus. Continuou trilhando a estrada até o calvário!


Bíblia de Estudo – Editora Central Gospel – págs. 1216 e 1217

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