terça-feira, 25 de dezembro de 2018

Obrigado Deus Pai.

Obrigado Deus... a dois mil anos atrás o Sr enviou seu filho Jesus para nos possibilitar a salvação, e salvação pela graça. Não por obras ou merecimento, nem por sabedoria ou conhecimento... pela graça, somente pela graça, através de seu filho Jesus Cristo. Não entendo esse amor, muito acima de minhas capacidades, mas eu o aceito.
Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim.
Jair Tomaz



sábado, 22 de dezembro de 2018

editorial

Se você sente que está preso em uma tragédia, o meu conselho é: dê a Jesus total controle editorial da sua vida. Você tem que parar de tentar escrever a sua própria história. E você precisa aceitar Jesus não somente como Senhor e Salvador, mas também como Autor. Se você permitir que ele comece a escrever a história dEle por meio da sua vida, dará a tragédia um final de conto de fadas. Eu não estou prometendo uma vida sem dor ou sofrimento ou perda, mas estou prometendo um final diferente.

Mark Batterson

sábado, 8 de dezembro de 2018

Arte da Retórica

A devoção à retórica e a habilidade humana alimentam o orgulho, e qualquer coisa que exalte a sabedoria humana diminui a importância da cruz de Cristo, porque a pregação da cruz reforça a verdade de que os crentes dependem inteiramente de Deus para tudo. A sabedoria humana não é o caminho para a vida (1Cor 1.18-25), tampouco Deus chama os que são sábios, fortes e das altas classes (1.26-31). Paulo renuncia à arte da retórica na pregação do evangelho, para que a fé dependa de Deus, e não da força e da sabedoria dos seres humanos (2.1-5). O que incomoda Paulo é que a devoção a vários ministros anula a cruz de Cristo, que é o centro por excelência do evangelho. Os coríntios estavam encantados com Paulo ou com Apolo e haviam se esquecido de que é Deus quem dá o crescimento (3.7). O problema por trás do enaltecimento de vários ministros humanos é o orgulho (1.29, 31; 3.21; 4.6, 7). Ao exaltar os ministros humanos, os coríntios haviam se esquecido de Deus! Eles se satisfaziam com muito pouco, porque se orgulhavam de ministros humanos e haviam se esquecido de que tinham algo maior, isto é, Deus e Cristo. Por terem Deus e Cristo, eles tinham todas as coisas, inclusive ministros humanos (3.21-23). Quando fica sabendo das divisões na igreja, Paulo percebe que esta havia abandonado o núcleo da mensagem que lhe fora dada: a cruz de Cristo e a centralidade de Deus em todas as coisas. Isso, por sua vez, é sinal de que tais temas eram o fundamento da pregação de Paulo.


Teologia de Paulo - Thomas R. Schreiner


sábado, 1 de dezembro de 2018

...

"Combato o bom combate da fé. Tomo posse da vida eterna, para o qual eu fui chamado e faço uma boa confissão na presença de muitas testemunhas."

Jair Tomaz



sábado, 24 de novembro de 2018

Coincidências...

[...] os sumerianos criam que um grande dilúvio havia ocorrido num remoto período de sua história. O relato do Gênesis não é imaginação gratuita de Moisés. Além disso, embora não tenhamos espaço para abordar todas as versões do Dilúvio, é importante dizer que não se trata (como alguns minimalistas fazem supor) de uma mera lenda mesopotâmica ecoada pelo autor bíblico. Essa mesma história de uma inundação universal permeia dezenas de culturas fora da Mesopotâmia. Estudos antropológicos estão repletos de relatórios sobre cerimônias religiosas ligadas a esse acontecimento, que podem ser vistas em tradições milenares da Índia, China, Egito e México. Tribos africanas e índios (tanto americanos quanto andinos e brasileiros) também demonstravam conhecer o fato de que um dia o mundo esteve submerso sob as águas, e isso antes de qualquer contato com missionários ou detentores da tradição bíblica?

Escavando a Verdade - Rodrigo P. Silva

sábado, 17 de novembro de 2018

Se...

O ateísmo que eu adotara por tanto tempo vergou sob o peso da verdade histórica. Era um resultado surpreendente e radical, certamente não o que eu previra quando embarquei nesse processo investigativo. Mas era, na minha opinião, uma decisão forçada pelos fatos.
tudo isso me levou à pergunta: "E daí?". Se isto é verdade, que diferença faz? Havia várias implicações óbvias.

  • Se Jesus é o Filho de Deus, seus ensinos são mais que meras ideias corretas de um mestre sábio; são posições divinas sobre as quais posso com confiança edificar minha vida.
  • Se Jesus estabelece o padrão da moralidade, posso agora ter um fundamento inabalável para minhas escolhas e decisões, em vez de baseá-las na areia movediça dos interesses próprios e do egocentrismo.
  • Se Jesus ressuscitou, ele ainda está vivo hoje e disponível para que eu o encontre pessoalmente.
  • Se Jesus derrotou a morte, ele pode abrir a porta da vida eterna para mim também.
  • Se Jesus tem poder divino, ele tem  capacidade sobrenatural de me guiar, ajudar e transformar enquanto eu o sigo.
  • Se Jesus conhece pessoalmente a dor da perda e do sofrimento, ele pode me consolar e encorajar em meio à turbulência que ele avisou que seria inevitável em um mundo corrompido pelo pecado.
  • Se Jesus me ama como diz, ele tem meus melhores interesses em mente. Isso significa que nada tenho a perder e tudo tenho a ganhar ao me confiar a ele e a seus propósitos.
  • Se Jesus é quem afirma ser (e lembre-se de que nenhum líder de qualquer religião importante jamais disse ser Deus), como meu Criador ele merece por direito minha lealdade, obediência e adoração.

Lembro de ter escrito essas implicações em meu bloco de anotações e depois ter me reclinado na cadeira. Eu chegara ao ponto culminante de minha peregrinação de quase dois anos. Finalmente estava na hora de encarar a pergunta mais premente de todas; "E agora?"


Lee Strobel - Em defesa de Cristo


sábado, 10 de novembro de 2018

...



Por muito tempo busquei o sentido das coisas, a lógica, a racionalidade... e quanto mais buscava mais obscuro tudo se tornava... nada faz sentido. Foi então que aceitei que só em Deus as coisas tem sentido... meu olhos se abriram e tudo então sentido fez...

31/05/2018 

"Porque a sabedoria deste mundo é loucura diante de Deus; pois está escrito: Ele apanha os sábios na sua própria astúcia. E outra vez: O Senhor conhece os pensamentos dos sábios, que são vãos. Portanto ninguém se glorie nos homens."


Jair Tomaz
olheparaacruz@hotmail.com



sábado, 3 de novembro de 2018

O objeto da fé...

... é tudo aquilo em que cremos. Para os cristãos evangélicos, isso engloba tudo que Deus revelou na Bíblia. Esse objeto de fé é expresso por proposições que nos permitem entrever não a fé, mas o objeto da fé. Os atos litúrgicos e morais, por exemplo, são proposições que exprimem em que cremos. Entretanto, não são os objetos derradeiros da fé, são apenas objetos secundários. O objeto derradeiro da fé é apenas um: a Palavra de Deus, o próprio Deus. As proposições são o "mapa", a estrutura da fé. Deus é o objeto real da fé e também o Autor da fé - o que revela as doutrinas objetiva em que cremos, bem como Aquele que inspira o coração do ser humano que escolhe livremente acreditar nelas.

É errado parar no nível das proposições e não deixar nossa fé alcançar o Deus vivo, bem como denegrir as proposições, considerando-as dispensáveis ou até mesmo nocivas à fé viva. Sem um relacionamento real com o Deus vivo, as proposições são inúteis, porque o objeto delas é apontar para além de si e revelar Deus. ("Um dedo é útil para apontar para a lua, mas ai daquele que confunde o dedo com a "lua", diz um sábio provérbio). Entretanto, sem as proposições, não podemos permitir que outros vislumbrem o Deus em quem acreditamos e o que cremos a respeito dele.

Manual de Defesa da Fé.

sábado, 27 de outubro de 2018

Crônica de um desastre anunciado.

A impossibilidade teológica da utopia humana.
Todo texto tem que estar em seu contexto, sob pena de ser contrário a teologia cristã e anti-bíblico. Crença é pessoal, todos somos livres para crer em qualquer coisa, seja na ciência, no horóscopo, na leitura de mãos, no espiritismo, etc., etc., mas a crença ter que ter um fundamento, uma base para se apoiar, caso contrário você crê é em si mesmo. Por exemplo, o horóscopo começou com pessoas que, na falta de contato com Deus (após a queda) passaram a acreditar que os astros eram uma forma de divindade e portanto interfeririam em nossas vidas. O espiritismo veio de uma pessoa que falou com um "espírito guia" que explicou como era a ligação e influência do mundo espiritual (demônios que aproveitaram a falta de Deus na vida da pessoa).
Eu creio no deus judaico-cristão que tudo criou, que enviou seu filho Jesus para nos salvar, remir e redimir. Esse Deus deixou uma maneira do homem o conhecer e relacionar-se com Ele, a Bíblia. A partir daqui temos alguns desdobramentos: 
  •  é possível crer em outro deus? Sim, como já coloquei é possível cer no que quiser, já ter uma fundamentação mínima é outra coisa.
  • é possível crer só em parte  da Bíblia? Com coerência não! Citando Agostinho: "Se você crê somente naquilo que gosta no evangelho e rejeita o que não gosta, não é no evangelho que você crê, mas, sim, em si mesmo."
Qual a fundamentação do cristão? A Bíblia, toda, evidentemente texto dentro do contexto. Ora, ou eu creio na Bíblia toda ou em nada, afinal o contrário é ilógico, incoerente (interna e externa), contra fundamentos teológicos, históricos... contrário a vontade de Deus expressa na Bíblia.
Caminhemos mais um pouco.                                                                           A base do cristianismo é a Bíblia, a base da salvação é o Jesus encarnado (homem e Deus), que passou pelo que nós passamos, viveu a vida dentro da vontade de Deus Pai, pregou as boas novas, morreu crucificado em nosso lugar, ressuscitou ao terceiro dia, viveu mais 40 dias, apareceu a mais de 500 pessoas, ascendeu aos céus (com o corpo físico) e está a direita do Pai (direita significava posição de autoridade reconhecida). Bem, se eu não creio na Bíblia, qual o fundamento para que eu diga que sou cristão? Nenhum.                                                                                                                            
  •  Ok Jair, mas eu creio que Deus deixou uma alegoria, no caso a Bíblia, como exemplo de como alcançar a salvação.
Deus é perfeito, onisciente, onipresente, onipotente, portanto não mente. Baseado nessa constatação e, somado os outros vários fatores como história, antropologia, arqueologia, etc., etc., que validam a Bíblia (tanto Antigo Testamento como o Novo testamento) e a existência de Jesus (e o que ele disse ser), a posição de crer na Bíblia como alegoria deixada por Deus não tem o menor fundamento ou sentido. Tentemos de novo:
  •  Eu só creio no Novo Testamento.
O raciocínio é o mesmo: se Jesus existiu, ou era louco ou era o filho de Deus. Não há outra alternativa (assunto para outro texto). Se Jesus era Deus Filho, não mentiria, e Jesus não só confirmou o Antigo Testamento como disse que Ele (Jesus) veio para tirar o fardo da "lei", isto é, Jesus nos salva, nos cura, nos capacita a amá-lo e através desse amor nos capacita a fazer a vontade dEle. Portanto não há a menor possibilidade de se dizer cristão e não crer na Bíblia, como também não é possível crer só em parte. A Bíblia afirma isso. Só Jesus salva, só Jesus nos transforma,  só Jesus nos capacita a amá-lo e a fazer a vontade dEle por amor, fazer o que é necessário... tudo vem DELE, por Ele, para Ele.

Jair Tomaz - olheparaacruz@hotmail.com 

sábado, 20 de outubro de 2018

...

A religião não é o lugar em que o problema da egolatria do homem se resolve automaticamente. Pelo contrário, é onde a batalha definitiva entre a arrogância humana e a graça de Deus tem lugar. À medida que orgulho humano pode vencer a batalha, a religião pode se tornar - e de fato se torna - um dos instrumentos do pecado humano. Mas uma vez que o eu de fato se encontre com Deus, e assim consiga se render a algo além dos próprios interesses, a religião é capaz de propiciar a única possibilidade de uma libertação muita necessária e rara da nossa preocupação comum com o próprio eu.
Timothy Keller



sábado, 13 de outubro de 2018

...

Pois bem, Deus é soberano sobre toda a vida e tem o direito de tirá-la se o quiser. De fato, nós temos a tendência de esquecer que Deus tira a vida de cada ser humano. Isso é chamado de morte. A única questão é quando e como, coisas que devemos deixar para Ele resolver.
N. Geisler 


sábado, 6 de outubro de 2018

...


Deus é bom... tudo o que Ele faz é bom! Não é bom porque eu penso que é bom, é bom porque emana dEle! Seria muita presunção nossa acreditar que alguma forma de argumentação em contrário de nossa parte pudesse ou fizesse o mínimo arranhão que fosse na perfeição divina.

 Jair Tomaz




sábado, 29 de setembro de 2018

História

A despeito dos preconceitos e dos equívocos teológicos dos evangelistas, eles documentaram muitos incidentes que meros inventores teriam escondido - a competição dos apóstolos por uma posição mais elevada no Reino, sua fuga depois que Jesus foi preso, a negação de Pedro, o fato de Jesus não realizar milagres na Galiléia, as referências de alguns ouvintes à sua possível loucura, sua incerteza inicial quanto a missão, suas confissões de ignorância quanto ao futuro, seus momentos de amargura, seu grito de desespero na cruz - ninguém que lê essas cenas pode duvidar da realidade da figura por trás delas. Que alguns homens simples pudessem, em uma geração, inventar uma personalidade tão poderosa e atraente, tão altaneira e ética, e uma visão de fraternidade humana tão inspiradora, seria um milagre mais inacreditável do que qualquer outro documento nos evangelhos. Após dois séculos da alta crítica, os contornos da vida, do caráter e do ensinamento de Cristo permanecem razoavelmente claros e constituem o fator mais fascinante na história do homem ocidental.

Will Durant - historiador 



sábado, 15 de setembro de 2018

Pra onde iremos?

"Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém dele comer, viverá eternamente; e o pão que eu darei pela vida do mundo é a minha carne." João 6.51

Pra onde iremos nós?
Só Tu tens a vida eterna
 
Tu és o Pão que desceu do Céu
Fonte de vida, O Deus Emanuel

Com Tua glória sobre mim
Enche-me de Ti até transbordar

Eu nunca vou me saciar
Enche-me de Ti até transbordar

Tu és o Pão do Céu
O Deus Emanuel
Enche-me, enche-me até transbordar

Tu és o Pão do Céu
O Deus Emanuel
Enche-me, enche-me


Pra onde iremos? - Gabriela Rocha



sábado, 8 de setembro de 2018

três perguntas

[...] quero compartilhar o cerne do que aprendi naqueles meses de pesquisa, para que você também possa ver que o cristianismo não é um mito, nem fantasia ilusória de alguns sonhadores religiosos, nem um embuste forjado sobre mentes simplórias. É uma verdade, sólida como a rocha firme. E garanto que, quando você reconhecer por si mesmo essa verdade, estará no limiar de encontrar as respostas a essas três perguntas: quem eu sou? Qual o meu propósito? Qual o meu destino?


Josh McDowell - Mais que um carpinteiro



sábado, 1 de setembro de 2018

sua origem é em Deus.


Em mateus 7:21-23 encontramos nosso Senhor repreendendo aqueles que profetizam e expulsam demônios e fazem muitas coisas grandiosas em seu nome. Por que foram censurados? porque o seu ponto de partida foi o ego. Eles mesmos faziam coisas em nome do Senhor. Esta é a atividade da carne. Por isso nosso Senhor declarou-os malfeitores e não seus obreiros. Ele enfatiza que só a pessoa que faz a vontade do seu Pai entrará no reino dos céus. Só isso constitui obediência à vontade de Deus, isto que se origina com Deus. Não temos de procurar trabalho para fazer, mas temos de ser enviados por Deus para trabalhar. Quando entendermos isto, realmente experimentamos a realidade da autoridade do reino dos céus.

W. Nee - Autoridade Espiritual 




sábado, 25 de agosto de 2018

Formação Espiritual.



Comecemos com as práticas, o comportamento visível. A formação espiritual em Cristo é voltada para a obediência explícita a Cristo. A linguagem da Grande Comissão em Mateus 28 deixa claro que nosso objetivo, a a descrição de nossa incumbência como povo de Cristo, é levar discípulos a "obedecer a tudo o que lhes ordenei" (Mt 28:20). Isso, é evidente, pressupõe que nós mesmos estamos vivendo em obediência, tendo aprendido como obedecer a Cristo. Apesar da dinâmica interior ser de amor por Cristo, ele não deixou dúvida de que o resultado seria a obediência a tudo que ele ordenou. "Quem tem os meus mandamentos e lhes obedece, esse é o que me ama. Aquele que me ama será amado por meu Pai, e eu também o amarei e me revelarei a ele" (Jo 14:21).


Dallas Willard



sábado, 18 de agosto de 2018

tornem-se meus imitadores...




Não estamos falando de perfeição, nem de trabalhar para merecer o dom da vida que Deus concede. Nossa preocupação é somente com a maneira pela qual ingressamos nessa vida. É verdade que ninguém é capaz de se tornar merecedor da salvação ou da plenitude de vida da qual ela é a raiz e parte natural, mas todos devem agir para que ela lhes pertença. Quais são as ações do coração, os desejos e as intenções que nos dão acesso à vida em Cristo? O exemplo de Paulo nos instrui. Ele pode dizer, quase de uma só vez: "Eu não sou perfeito" (cf. Fp 3:12) e "Façam como eu faço" (cf. Fp 4:9). Suas fraquezas - quaisquer que fossem - ainda o acompanhavam, mas ele vivia voltado para o futuro por meio de sua intenção de alcançar o alvo: Cristo. Estava decidido a ser como Cristo (Fp 3:10-14) e, ao mesmo tempo, estava certo da graça que o sustentaria para levar a cabo sua decisão. Assim, podia dizer para todos: "Sigam-me. Eu sei para onde estou indo!" ("Tornem-se meus imitadores, como eu o sou de Cristo" - 1Cor 11:1).



Dallas Willard - A Grande Omissão.




sábado, 4 de agosto de 2018

Capacitação divina...




A graça nunca é a permissão divina para fazer o que é errado;

A graça é a capacitação divina para fazer o que é certo, o que é correto, o que devemos fazer...

Pio Carvalho



sábado, 28 de julho de 2018

Coincidências?!


Marco de pedra da Babilônia

A Doutrina de Amenemope

PROVÉRBIOS 22. Estruturado em 30 capítulos de tamanhos variados, a Doutrina de Amenemope é um texto egípcio que data provavelmente da época de Ramessés. O texto está muito bem preservado em papiro, no Museu Britânico, como também em diversos fragmentos de outras coleções. Nesse texto, Amenemope instrui seu jovem filho a respeito da conduta e da mentalidade apropriadas ao homem ideal. Esse homem deve ser generoso, satisfeito com o que possui, reservado e capaz de se controlar. Deve também respeitar os superiores e demonstrar reverência para com seu deus.

Os estudiosos encontraram paralelos interessantes entre a Doutrina de Amenemope e o livro de Provérbios, especialmente os capítulos 22 e 23. O capítulo 1 da obra de Amenemope começa com uma instrução similar à encontrada em Provérbios 2.2: dar ouvidos à sabedoria e inclinar o coração para o discernimento (cf. 22.17). Ambos os textos advertem contra a expansão de um campo pela remoção das pedras que demarcam o limite de uma propriedade (Amenemope, VII, 11-14; Pv 22.28; 23.10). Ambos advertem contra a exploração do pobre (Amenemope, IV,4-5; Pv 22.22), a associação com pessoas de temperamento violento (Amenemope, XI 12-14; Pv 22.24, 25), a glutonaria à mesa de um oficial (Amenemope, XXIII, 13-20; Pv 23.1-3) e comer a comida de um avarento (Amenemope, XV, 9-12; Pv 23.6-8). Ambos os textos ressaltam a tendência que a riqueza tem de criar asas e voar como um pássaro (Amenemope, X 4-5; Pv 23.4-5), afirmam que a boa reputação é mais importante que as riquezas (Amenemope, XVI, 11-12; Pv 22.1), que a pessoa talentosa servirá aos governantes (Amenemope, XXVII, 15-17; Pv 22.29) e que a melhor atitude para com o pobre é a generosidade (Amenemope, XVI, 5-10; Pv 22.9). De fato, alguns estudiosos acreditam que a divisão em 30 capítulos de Amenemope é um reflexo da versão original hebraica de Provérbios 22.20.

É bem provável que o escritor desses provérbios tenha incorporado elementos da sabedoria de outras fontes, como Amenemope, enquanto compilava seu trabalho, mas isso não anula a inspiração divina do texto bíblico. O compilador de Provérbios pode ter feito uso de elementos da literatura sapiencial estrangeira que demonstravam a justiça e a moralidade apropriadas, embora mantendo o princípio de que a verdadeira sabedoria sempre começa com "o temor do Senhor" (1.7).



Bíblia de Estudo Arqueológica



sábado, 21 de julho de 2018

Pluralismo Religioso.

 

“Suicídio” religioso


O conceito de pluralismo religioso, o qual afirma que todas as religiões são igualmente verdadeiras, também se autorrefuta.



Se todas as religiões são verdadeiras, então, segue-se que o cristianismo é verdadeiro. No entanto, uma das verdades do cristianismo afirma que as outras religiões são falsas. Ou o cristianismo é verdadeiro e as outras religiões são falsas ou alguma outra visão de mundo é verdadeira e o cristianismo é falso. Em qualquer um dos casos, não é possível que todas as religiões sejam verdadeiras.



Uma objeção comum à noção de inspiração bíblica diz o seguinte: A Bíblia foi escrita somente por homens. Trata-se de um livro repleto de ideias humanas e todas as ideias humanas possuem falhas. Portanto, a Bíblia é um livro cheio de falhas.



Se todas as ideias humanas possuem falhas, então, a ideia de que todas as ideias humanas possuem falhas também é uma ideia falha, o que configura uma contradição. A objeção se autodestrói.



C. S. Lewis cita um exemplo que ilustra esse mesmo problema. Em resposta à alegação freudiana e marxista de que todos os pensamentos são, em sua origem, psicológica ou ideologicamente marcados, Lewis escreve:

“Se eles afirmam que todos os pensamentos são assim marcados, então, obviamente, devemos lembrá-los que o freudismo e o marxismo são sistemas de pensamento da mesma forma que o são a teologia cristã ou o idealismo filosófico. O freudiano e o marxiano acham-se no mesmo barco em que todos nós estamos, e não podem nos criticar como se estivessem do lado de fora. Fazendo isso, cortam o galho sobre o qual eles mesmos estão sentados. Se, em contrapartida, eles disserem que o estar marcado não precisa invalidar o pensamento deles, tampouco, portanto, precisa invalidar o nosso. Nesse caso, eles salvam o galho em que estão, mas também salvam o nosso.” (God in the dock, p. 300)


O hinduísmo como uma visão religiosa também parece transigir com noções contraditórias. Ele sustenta que a realidade como a conhecemos é uma ilusão, uma ideia que se chama Maya dentro da perspectiva hinduísta. Somos todos parte dessa ilusão e não existem identidades individuais verdadeiras.



Minha pergunta é: se sou parte dessa ilusão, como eu poderia saber disso? Como eu conseguiria possuir o verdadeiro conhecimento de que não existo ou possuir qualquer espécie de conhecimento se não sou real? Os indivíduos em um sonho sabem que não passam de fantasmas? Charlie Brown sabe que ele é um personagem de desenho animado?



O conceito hindu de que o mundo é uma ilusão contradiz a ideia de que eu posso ter o conhecimento que me diz que não sou uma mera ilusão, o que torna o conceito hindu um pensamento que se autorrefuta.


A maneira mais comum de escapar desse problema é a reivindicação de que a lei da contradição é uma noção ocidental e não se aplica ao pensamento oriental, como o hinduísmo. As noções contraditórias são igualmente verdadeiras no pensamento deles. Mas esse estratagema não é menos autodestrutivo. Se as noções contraditórias são igualmente verdadeiras na religião oriental, então a visão contrária – a de que as contradições de fato devem ser levadas em conta –, tem de ser aplicada também.


Gregory Koukl


 

sábado, 14 de julho de 2018

Pressa, correria, ansiedade...


"Parem de lutar! Saibam que eu sou Deus!"

"Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus."

"Fiquem quietos! Saibam, de uma vez por todas, que Eu sou Deus!"





jairtomaz@olheparaacruz.com.br



sábado, 30 de junho de 2018

Ato de fé




É infrutífero falar da contraposição entre razão e a fé.


A razão é ela mesma uma questão de fé.


É um ato de fé asseverar que nossos pensamentos têm alguma relação com a realidade.




Gilbert Keith (G. K.) Chesterton





sábado, 23 de junho de 2018

Pense

Quando os críticos da Bíblia perguntam: "Como você pode crer na Bíblia, estando ela crivada de erros?", o que você responde? Muitos cristãos arremessam isso direto para a fé; apegam-se tenazmente a sua crença, não importando quanto possa haver de evidência em contrário. Entretanto, isso não só contraria as escrituras como também é uma insensatez.


A Bíblia declara: "Portai-vos com sabedoria [...] para saberdes como deveis responder a cada um" (Cl 4.5-6). Pedro instou aos crentes: "Santificai a Cristo, Como Senhor, em vosso coração, estando sempre preparados para responder a todo aquele que vos pedir razão da esperança que há em vós, fazendo-o, todavia, com mansidão e temor" (1Pe 3.15-16).

De fato, Jesus ordenou: "Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento" (Mt 22.37). Uma parte desse amor que devemos a Cristo é encontrar respostas para aqueles que questionam a Palavra de Deus. Pois, como disse Salomão: "Ao insensato responde segundo a sua astultícia, para que não seja ele sábio aos próprios olhos" (Pv 26.5)

A verdade é capaz de se manter sobre os seus dois pés. Jesus disse: "Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará" (Jo 8.32). Nada temos a temer quanto à verdade. Jesus disse ao Pai: "A tua palavra é a verdade" (Jo 17.17). A Bíblia resistiu à crítica dos maiores céticos, agnósticos e ateístas por todos esses séculos, e ela pode resistir aos fracos esforços nesse sentido feitos pelos críticos incrédulos de hoje. Contrariamente a muitas outras religiões atuais que apelam a sentimentos místicos ou a uma fé cega, o cristianismo diz: "Pense antes de agir".



Norman Geisler




sábado, 16 de junho de 2018

Como a arqueologia confirma a Bíblia?

sábado, 9 de junho de 2018

"eu creio em Deus, mas..." (ensaio 1)




"eu creio em Deus, mas creio num Deus do meu jeito sabe... eu sei que Ele cuida de mim e tento ser bom. É isso."


Ouvi está frase em um pequeno grupo de colegas, em meio a um debate sobre A existência de Deus. 


Algumas considerações: inicialmente, parafraseando Agostinho, se você crê em um Deus que satisfaça as tuas condições ou as tuas vontades, não é em um Deus que você acredita mas em você mesmo, seja de maneira inconsciente ou não. Um deus, e aqui não estou me referindo ainda ao Deus cristão, que esteja ao seu dispor e diga somente o que você quer ouvir, está mais para um deus mitológico do que para um Deus real, algo que satisfaça o senso de moral mas que não interfira de maneira alguma em sua vontade... enfim é algo que você criou apenas para sentir-se moralmente bem, ainda que esse conceito de moral também seja algo que você mesmo definiu.

Bem, criar um deus que satisfaça a necessidade individual não é uma novidade, mas tem aumentado exponencialmente nesses tempos de pós-modernismo, onde o relativismo é frontalmente contra a ideia de verdade objetiva, principalmente se for uma verdade "moral". No entanto, embora esse conceito satisfaça o fator emocional, ele é ilógico e perigoso.

Onipotência, onisciência e onipresença, três princípios básicos para Deus. Se não tiver todo conhecimento é limitado, portanto não é Deus. Seguindo o mesmo raciocínio ser onipresente é indispensável, pois não seria lógico um deus que tem todo conhecimento não estar, de alguma maneira, "presente" em todos os lugares (é, não ficaria bem ter que marcar hora com um deus). Onipotência, ora, é um deus então seu poder é logicamente ilimitado. Não é o que desejamos ou imaginamos, é uma entidade divina, que embora deseje o nosso bem (sim, um deus deseja o bem da humanidade) tem seus princípios e objetivos, e esses princípios e objetivos não vão satisfazer nossas crenças ou vontades, afinal, é Deus não um reflexo de nosso ego. Ok, então a sua conclusão é que você não crê em Deus. Mas, se você admite que Deus não existe, então seus princípios morais são relativos, são frutos do que você crê que é certo, mas, e sempre há um mas, Hitler acreditava que estava certo, e então? O filósofo Ravi Zacharias fala sobre esse ponto com maestria:







jairtomaz@olheparaacruz.com.br





sábado, 2 de junho de 2018

Interação Direta

A vida no Espírito se manifesta, no exterior, de duas maneiras. Os dons do Espírito nos permitem realizar algumas funções específicas - como servir, curar ou liderar o culto -, com efeitos que superam, de forma clara, nossas capacidades. Esses dons cumprem propósitos de Deus no meio de seu povo, mas não indicam, necessariamente, a condição de nosso coração.



O fruto do Espírito, em contrapartida, é indicador seguro de um caráter transformado. Quando aprendemos a deixar que o Espírito cultive a vida de Jesus dentro de nós, temos atitudes e inclinações mais profundas semelhantes às de Jesus. Paulo confessou: "Fui crucificado com Cristo. Assim, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim" (Gl 2:19-20). O resultado de Cristo viver em nós por meio do Espírito é fruto: "amor, alegria, paz, domínio próprio" (Gl 5:22-23; cf. também Jo 15:8).

Tanto os dons quanto o fruto são o resultado, e não a realidade da presença do Espírito em nossa vida. O que nos transforma à semelhança de Cristo é nossa interação direta e pessoal com Cristo por meio do Espírito. O Espírito torna Cristo presente pra nós e nos aproxima de sua semelhança. Ao contemplarmos desse modo "a glória do Senhor [...] estamos sendo transformados com glória cada vez maior, a qual vem do Senhor, que é o Espírito" (2Co 3:18).



Dallas Willard - A Grande Omissão



sábado, 26 de maio de 2018

fugindo...






Uns idolatram pessoas...

outros idolatram animais...

muitos idolatram a natureza...

uns tentando se esconder com medo da verdade...

outros fugindo das dores e decepções que a vida os infringiu...

mas onde estiver o teu tesouro, ai estará também o teu coração!
 
Todos tentando em vão preencher "o vazio"...
mas este vazio só Deus pode preencher! 


"Ame o Senhor, o seu Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo o seu entendimento."


"Ame o seu próximo como a si mesmo."


"Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim.  Se vós me conhecêsseis a mim, também conheceríeis a meu Pai;" 


jairtomaz@olheparaacruz.com.br


 

sábado, 19 de maio de 2018

A importância da apologética



 Em minha opinião, a igreja está realmente falhando com esses jovens. Em vez de fornecer a eles um bom treinamento na defesa da fé cristã, nós ficamos envolvidos em lhes proporcionar experiências de louvor carregadas de emoção, ficamos nos preocupando com suas necessidades e em entretê-los. Não é a toa que eles se tornam presas fáceis para um professor que racionalmente ataca a sua fé. No segundo grau e na faculdade, os estudantes são bombardeados com todo tipo de filosofia não cristã combinada com um avassalador relativismo e ceticismo. Temos que preparar nossos jovens para essa guerra. Como temos coragem de enviá-los desarmados para essa zona de guerra intelectual? Os pais devem fazer mais do que apenas levar seus filhos à igreja e ler histórias da Bíblia para eles. Pais e mães precisam ser bem treinados em apologética para que sejam capazes de explicar aos seus filhos, desde pequenos e cada vez com maior profundidade, porque cremos naquilo que cremos. Honestamente falando, acho difícil de entender como casais cristãos, nesses tempos em que vivemos, podem correr o risco de trazer filhos ao mundo sem terem recebido um bom treinamento em apologética como parte de seu ofício de pais.

Em guarda - Willian Lane Craig



sábado, 12 de maio de 2018

A Bíblia contém erros?




"Por que você crê na Bíblia? É um livro antigo, cheio de erros e contradições". Todos nós já ouvimos isto muitas vezes. Contudo, muitos cristãos evangélicos conservadores discordam desta declaração. Eles defendem uma doutrina chamada infalibilidade das Escrituras.

O ponto de início da nossa discussão é uma definição de infalibilidade e erro. Por infalibilidade, queremos dizer que, quando todos os fatos são conhecidos, a Bíblia - em seus manuscritos originais e interpretada de modo apropriado - provará ser verdadeira, e nunca falsa, em tudo o que afirma, quer com relação à doutrina, ética ou às ciências sociais, físicas ou da vida. Três aspectos nesta definição são dignos de nota. Em primeiro lugar, existe o reconhecimento de que nós não possuímos toda a informação para demonstrar a verdade da Bíblia. Muitas informações foram perdidas devido a passagem do tempo. Elas simplesmente não mais existem. Outras informações esperam por escavações arqueológicas. Em segundo lugar, a infalibilidade é definida em termos da verdade que muitos filósofos hoje em dia interpretam como sendo uma propriedade de sentenças, e não de palavras. Isto quer dize que todas as sentenças, ou afirmações, indicativas da Bíblia são verdadeiras. Com base nesta definição, portanto, um erro na Bíblia exigiria que ela fizesse uma falsa declaração. Finalmente, toda informação contida na Bíblia, qualquer que seja o assunto, é verdadeira. Isto é, ela registra com exatidão eventos e conversas, incluindo as mentiras de homens e Satanás. Ela ensina verdadeiramente Sobre Deus, a condição humana, e o céu e o inferno.

A crença na infalibilidade se apoia em pelo menos quatro linhas de argumentação: a bíblia, a história, a epistemologia e a do terreno escorregadio.

O argumento bíblico é obtido do que a Bíblia tem a dizer sobre si mesma, e é o mais importante. Este argumento pode ser formulado de uma maneira circular e de uma não-circular. É circular, quando alguém afirma que a Bíblia diz é inspirado e inequívoco, e que é verdade, porque é encontrado em uma escritura inspirada e inequívoca. Não é circular, quando são feitas declarações que podem ser comprováveis fora do documento. Isto é possível, porque a Bíblia faz declarações históricas e geográficas que podem ser confirmadas independentemente. A  infalibilidade resulta do que a Bíblia tem a dizer sobre a sua inspiração. É o sopro de Deus (2 Tm 3.16) e o resultado da orientação do espirito Santo sobre os autores humanos (2 Pe 1.21). É um livro humano-divino. Além disto, o reconhecimento de um profeta no Antigo Testamento requer nada menos do que a total honestidade (Dt 13.1-5; 18.20-22). A comunicação escrita de Deus pode ter um padrão inferior a esse? Deve-se observar que tanto a forma oral de comunicação como a escrita envolvem o elemento humano. Isto mostra que o envolvimento humano não indica necessariamente a presença de erro. A Bíblia ensina a sua própria autoridade, também. Mateus 5.17-20 ensina que os céus e terra passarão antes que o menor detalhe da lei deixe de cumprir-se. João 10.34,35 ensina que as escrituras não podem ser anuladas. Além disto, a maneira como as Escrituras usam as Escrituras respalda a sua infalibilidade. Às vezes, os argumentos nas escrituras se baseiam em uma única palavra (Sl 82.6; Jo 10.34,35), no tempo de um verbo (Mt 22.32), ou no número de um substantivo (Gl 3.16). Finalmente, o caráter de Deus está por trás da sua palavra, e Ele não mente (Nm 23.19; 1 Sm 15.29; Tt 1.2; Hb 6.18).

Um segundo argumento é o histórico. Embora haja os que discordam, a infalibilidade tem sido a perspectiva cristã padrão ao longo da história. Agostinho escreve: "Eu aprendi a dedicar este respeito e esta honra somente aos livros canônicos das Escrituras: estes livros são os únicos sobre os quais eu posso crer firmemente que os autores estavam completamente isentos de erros". Lutero diz: "Todos, na verdade, sabem que, às vezes, eles (os pais) erraram, como os homens erram; por isto, eu estou pronto a confiar neles, somente quando eles provam suas opiniões com base nas Escrituras, que nunca erra". John Wesley tem uma opinião similar: "Na verdade, se houvesse algum engano no livro, poderia igualmente haver mil. Se há alguma falsidade nesse livro, ela não vem do Deus da verdade".

Um terceiro argumento é o epistemológico (baseado no que sabemos, e como sabemos). Uma maneira útil de formular este argumento é reconhecer que, se a Bíblia não é inteiramente verdade, então qualquer parte dela pode ser falsa. Isto é particularmente problemático quando algumas das mais importantes informações que a Bíblia transmite não podem ser confirmadas por meio de fatos independentes. Ela ensina sobre um Deus invisível, anjos e céu. A infalibilidade requer que as afirmações da Bíblia que podem ser comprovadas sejam apresentadas como verdadeiras, sempre que toda informação relevante esteja disponível. Os que criticam a veracidade integral da Bíblia apontam vários supostos erros. Mas nestes casos, a passagem em questão pode ter sido mal interpretada pelo crítico, ou nem todos os fatos relevantes foram esclarecidos. Durante o século XX, numerosas declarações da Bíblia, que eram consideradas equivocadas, foram provadas como verdadeiras, com a ajuda de novas informações. Sendo assim, por que alguém deveria crer no que não é possível verificar? Somente uma Bíblia infalível assegura-nos de que o que lemos é verdade.

O quarto argumento é o terreno escorregadio (neste caso, não uma falácia). O argumento afirma que a infalibilidade é tão fundamental que o que admitem a ocorrência de erros na Bíblia logo abrirão mão de outras doutrinas essenciais, como a divindade de Cristo e/ou a expiação substitutiva. A negação da infalibilidade leva a maior erro doutrinário. Isto não acontece em todos os casos, mas é demonstrável como uma tendência.

Cada um desses argumentos foi alvo de críticas. Todavia, uma objeção comum e fundamental a eles afirma que esta doutrina não tem sentido, uma vez que é verdade apenas com respeito a originais que não existem (os manuscritos originais). Mas é mesmo sem sentido? Não, se satisfizermos duas condições: (1) nós possuímos um número suficiente de cópias de alta qualidade dos originais, e (2) existe uma disciplina sofisticada de crítica textual aplicada ao uso destas cópias na determinação do que o original deve ter dito. Estas condições são satisfeitas, no caso da Bíblia.

A questão fundamental é o ensinamento da Bíblia sobre a sua própria infalibilidade. E para os que são céticos, a ciência, a arqueologia e a história confirmaram esta afirmação repetida vezes.


Paul D. Feinberg